ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(Parte
19)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A Alma é
Imortal, de Gabriel
Delanne, conforme
tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Delanne resumiu em
número de oito os
princípios gerais da
Doutrina dos Espíritos.
Quais são esses
princípios?
R.: Eis os princípios
gerais do Espiritismo
que Delanne arrolou, com
base nos ensinos que os
Espíritos transmitiram a
Kardec: I) Existe uma
causa eficiente e
diretora do Universo: a
sublimada inteligência
que, pela sua vontade
onipotente, imutável,
infinita e eterna,
mantém a harmonia do
Cosmos. II) A alma, a
força e a matéria são
igualmente eternas; não
podem aniquilar-se. III)
O princípio espiritual é
a causa de todos os
fenômenos intelectuais
que se dão nos seres
vivos. No homem, esse
princípio se torna a
alma. IV) É-nos
desconhecida a natureza
da alma, mas certamente
ela não é a resultante
das funções cerebrais,
pois que subsiste após a
morte do corpo. V) Da
análise de suas
faculdades ressalta que
a alma é simples, isto
é, indivisível, e que
suas faculdades ela as
desenvolve por uma
evolução incessante que
tem por teatro,
alternadamente, o espaço
e o mundo terrestre. VI)
A alma é dotada de
livre-arbítrio
proporcional ao número
de suas encarnações,
dependendo a sua
responsabilidade do grau
do seu adiantamento
moral e intelectual.
VII) Assim como o mundo
físico tem a regê-lo
leis imutáveis, o mundo
espiritual é regido por
uma justiça infalível,
de sorte que as leis
morais têm sanção
absoluta após a morte.
VIII) Como o Universo
não se limita ao globo
que habitamos, as
futuras existências do
princípio pensante podem
desenvolver-se nesses
diferentes sistemas de
mundos. (A Alma é
Imortal, págs. 206 e
207.)
B. Quais são os
elementos ou princípios
constitutivos do homem?
R.: O homem é formado da
reunião de três
princípios: 1o,
a alma ou Espírito,
causa da vida psíquica;
2o, o corpo,
envoltório material, a
que a alma se associa
temporariamente durante
sua passagem pela Terra;
3o, o
perispírito, substrato
fluídico que serve de
liame entre a alma e o
corpo, por intermédio da
energia vital. Em
qualquer grau que se
encontre na animalidade,
o Espírito está sempre
intimamente associado ao
perispírito, cuja
eterização corresponde
ao seu adiantamento
moral. (Obra citada,
págs. 208 e 209.)
C. Qual é, segundo
Delanne, o caráter
distintivo da Doutrina
Espírita?
R.: A dedução rigorosa é
o caráter distintivo da
Doutrina Espírita. “Em
vez de forjar seres
imaginários para
explicar os fatos
mediúnicos - afirma o
autor -, o Espiritismo
deixou que o fenômeno se
revelasse por si mesmo.”
(Obra citada, pág.
210.)
Texto para leitura
202. Eis, sucintamente,
os princípios gerais em
que nos apoiaremos,
extraídos da obra de
Allan Kardec, que
magistralmente resumiu
em seus livros todos os
ensinos dos Espíritos
que o assistiram: I)
Existe uma causa
eficiente e diretora do
Universo: a sublimada
inteligência que, pela
sua vontade onipotente,
imutável, infinita e
eterna, mantém a
harmonia do Cosmos. II)
A alma, a força e a
matéria são igualmente
eternas; não podem
aniquilar-se. III) O
princípio espiritual é a
causa de todos os
fenômenos intelectuais
que se dão nos seres
vivos. No homem, esse
princípio se torna a
alma. IV) É-nos
desconhecida a natureza
da alma, mas certamente
ela não é a resultante
das funções cerebrais,
pois que subsiste após a
morte do corpo. V) Da
análise de suas
faculdades ressalta que
a alma é simples, isto
é, indivisível, e que
suas faculdades ela as
desenvolve por uma
evolução incessante que
tem por teatro,
alternadamente, o espaço
e o mundo terrestre. VI)
A alma é dotada de
livre-arbítrio
proporcional ao número
de suas encarnações,
dependendo a sua
responsabilidade do grau
do seu adiantamento
moral e intelectual.
VII) Assim como o mundo
físico tem a regê-lo
leis imutáveis, o mundo
espiritual é regido por
uma justiça infalível,
de sorte que as leis
morais têm sanção
absoluta após a morte.
VIII) Como o Universo
não se limita ao globo
que habitamos, as
futuras existências do
princípio pensante podem
desenvolver-se nesses
diferentes sistemas de
mundos. (Págs. 206 e
207)
203. O homem é formado
da reunião de três
princípios: 1o,
a alma ou Espírito,
causa da vida psíquica;
2o, o corpo,
envoltório material, a
que a alma se associa
temporariamente durante
sua passagem pela
Terra; 3o, o
perispírito, substrato
fluídico que serve de
liame entre a alma e o
corpo, por intermédio da
energia vital. Em
qualquer grau que se
encontre na animalidade,
o Espírito está sempre
intimamente associado ao
perispírito, cuja
eterização corresponde
ao seu adiantamento
moral. (Pág. 208)
204. Segundo o ensino
dos Espíritos, o
perispírito é extraído
do fluido universal e
sua constituição lhe
permite atravessar todos
os corpos com mais
facilidade do que a que
tem a luz para
atravessar o vidro, ou o
raio X para atravessar
os diferentes
obstáculos. (Pág.
209)
205. A velocidade do
deslocamento da alma
parece superior à das
ondulações luminosas,
diferindo destas, porém,
pelo fato de que nada a
detém. (Pág. 209)
206. O perispírito se
nos afigura
imponderável, pelo que a
ação da gravidade parece
inteiramente nula sobre
ele; mas disso não se
deve concluir que,
desprendido do corpo,
possa o Espírito
transportar-se a todas
as partes do Universo. O
espaço é pleno de
matérias variadas, em
todos os estados de
rarefação, de modo que,
para o Espírito, existem
certos obstáculos
fluídicos de tanta
realidade, quanta pode
ter para o homem a
matéria tangível.
(Pág. 209)
207. Nos seres muito
evolvidos o perispírito
carece, no espaço, de
forma absolutamente
fixa; mas, regra geral,
predomina no corpo
fluídico a forma humana.
(Pág. 209)
208. Depois de
esclarecer que os dados
gerais constantes deste
capítulo foram tirados
da obra de Kardec - a
mais completa e a mais
racional que possuímos
sobre o Espiritismo -
Delanne diz que a
dedução rigorosa é o
caráter distintivo desta
doutrina. “Em vez de
forjar seres imaginários
para explicar os fatos
mediúnicos - afirma o
autor -, o Espiritismo
deixou que o fenômeno se
revelasse por si mesmo.”
(Pág. 210)
209. Fechando o
capítulo, Delanne
observa que é forçoso
concluir, à vista dos
fatos, que o perispírito
é formado de uma matéria
diferente: invisível,
imponderável e dotado de
tal sutileza, que coisa
alguma lhe é
impenetrável, caracteres
que pareciam em absoluta
contradição com os que a
Física de sua época
ensinava como sendo os
da matéria. (Pág.
211)
(Continua no próximo
número.)