CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Da
pluralidade dos
mundos habitados
Das duas, uma:
ou nos lançamos,
por intermédio
do que nos
descortinam os
pilares lógicos
da Codificação
Espírita, a
patamares
superiores de
compreensão do
que é o Universo
em dimensões
cada vez mais
avançadas,
muitas das
quais, inclusive
e por ora,
inimagináveis em
expressão e
contexto de vida
- ou contrapomos
novos e
perigosos
dogmas, petrificados na
seiva estrita da
letra, por sobre
outros dogmas de
cunho religioso
e filosófico,
cujos efeitos
estagnadores
quanto nocivos à
evolução humana
são gravemente
sentidos até aos
dias de hoje no
planeta Terra!
Através da
Codificação de
Allan Kardec, a
Espiritualidade
nos deu a
conhecer a ponta
de vertiginoso
iceberg de
conhecimentos
importantes para
o avanço da
humanidade
submersa nos
níveis
obstrutivos da
materialidade
terrestre.
Descerrou-nos
esplendoroso
portal de
passagem para as
realidades
maiores e
indizivelmente
mais amplas, que
em tudo
sobrepujam as
noções
estratificadas
do que logrou
alcançar, até
hoje, o limitado
arcabouço de
mensuração
empírica do qual
por ora dispõe a
ciência
cartesiana. Em
nenhum momento,
todavia,
pretendeu esta
mesma
Espiritualidade,
em quaisquer
excertos do
corpo das
principais obras
da Doutrina,
delimitar todo o
conhecimento da
Vida, ou a
verdade última
acerca de tudo
que a ela se
refere. Ao
contrário, foi
em termos claros
que deixou
tácita toda a
vasta estrada
ainda a ser
desbravada
durante o nosso
aprendizado
multimilenar!
Daquela feita,
pois, mencionou
a pluralidade
dos mundos
habitados sem
descerrar-nos,
ao tempo do
Codificador,
minúcias
subjacentes ao
tema, porque se
faz evidente que
a envergadura de
tudo que a isto
se refere não
caberia, de si,
na capacidade de
alcance das
mentalidades
daquelas
gerações
passadas, quanto
menos ainda no
corpo destas
magníficas obras
- divisoras de
águas
incontestes para
o pensamento e
progresso
espiritual
humano; de forma
alguma, contudo,
estagnadas ou
definitivas como
informativo
final, na
longeva
estrada da
qual obteremos
fecundo quão
inédito
aprendizado do
noticiário da
vida espiritual
e inerente aos
incontáveis
mundos, a nos
aguardar em
tempo certo como
a única e
absoluta
certeza, após o
período de nossa
passagem
vertiginosa pela
etapa corpórea!
No que pese à
pluralidade dos
mundos
habitados,
portanto, que se
libertem a tempo
das armadilhas
paralisadoras do
dogma e da
ortodoxia os
irmãos dos
movimentos
espiritualistas
demasiadamente
zelosos dos
novos aspectos
surpreendentes
relatados, a
respeito da
questão, pelas
gerações
sucessivas de
trabalhadores
reencarnados,
que, obedientes
à importante
missão conjunta
e de magnitude
insuspeitada da
lavra de
mentores e de um
sem-número de
amigos das
paragens
invisíveis,
comparecem à
atualidade para
contar-nos das
sublimidades
minuciosas das
cidades,
colônias,
estações e
mundos que,
vibrando
escalonadamente
em padrões de
energia aquém ou
além da
materialidade
mais grosseira,
constituem
réplicas
melhoradas,
surpreendentes
ao nosso mais
prodigioso poder
imaginativo -
antes matrizes
depuradas, nos
casos das
estâncias mais
evoluídas! - de
tudo com o que
temporariamente
convivemos nos
palcos físicos
terrenos.
Pois, se para
grande número de
estudiosos,
médiuns e
simpatizantes
dos
conhecimentos
espíritas já se
torna um
lugar-comum a
verdade da
intimidade da
vida em níveis
de energia de
diferenciados
patamares
vibratórios,
manifestando-se,
a partir disso,
em dimensões
infindas de
materialidade,
até aos cumes
etéreos do
imponderável,
qual espanto
ainda a estes
haveria de
causar a
descrição
inebriante das
edificações
e cidades
densamente
povoadas, de
hábitos e
contextos vitais
superiores aos
dos acanhados
padrões da
crosta - sejam
em Marte, em
Alvorada, em
Elysium ou em
Nosso Lar?!
Amigos! Só há um
lema a ser
adotado para
que, neste zelo
excessivo, não
sepultemos a
alvorada
gloriosa do
espírito humano,
suscitada pelo
entoar radiante
da Codificação,
em mortalhas de
asfixia
semelhantes às
sedimentadas ao
redor do que
outrora nos fora
o autêntico
farol legado há
dois milênios
por Jesus, para
a
nossa libertação
permanente dos
enganos na
trajetória
ascendente! A
recordação, a
qualquer época,
do que o Mestre
da Judéia, de
resto sabedor da
herança eterna
dos nossos
destinos,
enunciou às
mentalidades
infantis do seu
tempo, hoje mais
amadurecidas,
todavia em
marcha
infinita, e
sempre
necessitadas
deste alerta
indelével contra
as armadilhas
traiçoeiras da
arrogância, das
vaidades e do
orgulho
improdutivos e
desejosos de
ostentar ao
mundo a pretensa
verdade
definitiva:
"Tenho
ainda muito que
vos dizer, mas
vós não o podeis
suportar agora;
quando vier,
porém, o
Espírito da
verdade, ele vos
guiará a toda a
Verdade"
(João,
16).
“Há
várias moradas
na Casa de meu
Pai”
(João 14, 2).