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Clássicos do Espiritismo
Ano 2 - N° 101 – 5 de Abril de 2009

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Alma é Imortal

 Gabriel Delanne

(Parte 20)

Damos continuidade ao estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Segundo as ciências físicas, que diferenças existem entre os estados sólido e gasoso de uma substância qualquer, como a água?

R.: Os tecidos dos vegetais e dos animais são formados basicamente de combinações variadas de quatro gases: o hidrogênio, o oxigênio, o carbono e o nitrogênio, aos quais se adicionam fracas quantidades de corpos sólidos em número muito reduzido. Segundo a ciência, todos os corpos têm suas moléculas animadas de duplo movimento: de translação ou oscilação em torno de uma posição mediana e de libração ou de rotação em torno de um ou de muitos eixos. Esses movimentos se efetuam sob a influência da lei de atração. Nos sólidos, as moléculas se encontram dispostas segundo um sistema de equilíbrio ou de orientação estável; nos líquidos, acham-se em equilíbrio instável, e aí está a diferença entre os dois estados. (A Alma é Imortal, págs. 214 a 221.)

B. De que é formada a atmosfera espiritual da Terra?

R.: A atmosfera espiritual da Terra é formada pelos fluidos mais próximos da materialidade. (Obra citada, págs. 227 a 232.)

C. Podemos dizer que, apesar de intangíveis e invisíveis aos nossos olhos, os fluidos são tão reais quanto o ar que nos circunda?

R.: Sim. É preciso - diz Delanne - que o público, ao ouvir-nos falar de fluidos, se habitue a não ver nessa expressão um termo vago, destinado a mascarar a nossa ignorância. Estamos todos constantemente mergulhados numa atmosfera invisível, intangível aos nossos sentidos, mas tão real quanto o próprio ar. (Obra citada, págs. 233 a 237.)

Texto para leitura 

210. Abrindo este capítulo, Delanne diz que seu objetivo é mostrar que os principais ensinos do Espiritismo decorrem de estudos minuciosos, harmônicos com as concepções modernas e constituindo uma filosofia religiosa de imponente realidade. Dito isso, ele  passa a reportar, de forma reduzida, as informações contidas no cap. VI, “Uranografia geral”, de “A Gênese”, de Allan Kardec, a respeito do espaço, do tempo e da matéria. (Págs. 212 e seguintes)

211. A par dos textos extraídos d’ A Gênese, o autor consignou nesta obra algumas informações interessantes sobre o assunto: I) Tales de Mileto reconheceu a esfericidade da Terra e a causa dos eclipses. II) Pitágoras ensinava o movimento diurno da Terra sobre seu eixo e seu movimento anual em torno do Sol, e ligou os planetas e os cometas ao sistema solar. III) Segundo Sir Charles Lyell, que empregou os métodos usados em Geologia, mais de 300 milhões de anos transcorreram depois da solidificação das camadas superficiais do globo terrestre. (Págs. 214 a 216)

212. As ciências físicas admitem  - diz Delanne - que todos os corpos têm suas moléculas animadas de duplo movimento: de translação ou oscilação em torno de uma posição mediana e de libração (balanço) ou de rotação em torno de um ou de muitos eixos. Esses movimentos se efetuam sob a influência da lei de atração. (Pág. 220)

213. Nos sólidos, as moléculas se encontram dispostas segundo um sistema de equilíbrio ou de orientação estável; nos líquidos, acham-se em equilíbrio instável; nos gases, encontram-se em movimento de rotação e em perpétuo conflito umas com as outras. (Págs. 220 e 221)

214. Todos os corpos da Natureza se acham submetidos a essas leis: seja a asa de uma borboleta, a pétala de uma rosa, o rosto de uma donzela, o ar, o mar, ou o solo, tudo vibra, gira, se balança ou se move. Repouso é, na Natureza, palavra carente de sentido. (Pág. 221)

215. Fechando o capítulo, Delanne disserta sobre as famílias químicas e lembra que todos os tecidos dos vegetais e dos animais são formados basicamente de combinações variadas de quatro gases apenas: o hidrogênio, o oxigênio, o carbono e o nitrogênio, aos quais se adicionam fracas quantidades de corpos sólidos em número muito reduzido. (Págs. 221 a 224)

216. Em suma, diz Delanne, a ideia de uma matéria única, donde necessariamente tudo o mais derivaria, é também admitida pelos sábios, e os Espíritos que a preconizaram estão, pois, de acordo com a ciência contemporânea. (Pág. 225)

217. Delanne de novo se reporta ao cap. VI de “A Gênese”, de Allan Kardec, parte do qual ele transcreve. Um fluido etéreo, dizem os Espíritos, enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é a matéria cósmica primitiva, geratriz do mundo e dos seres. A Natureza  – assevera Delanne –  jamais está em oposição a si mesma, e uma só é a divisa no brasão do Universo: Unidade. (Pág. 227)

218. Escapa ao homem o poder de criar qualquer parcela de energia, ou destruir a que existe. Transformar um movimento em outro é tudo o que está ao seu alcance. Assim, não se pode criar a energia e firmado está que ela não se destrói. (Pág. 228)

219. Pertence ao médico J. R. Mayer, de Heilbronn, a Colding e ao físico Joule o mérito de haverem demonstrado que nem uma só fração de energia se perde e que é invariável a quantidade total de energia de um sistema fechado. (Pág. 228)

220. Para dissertar sobre o mundo espiritual, Delanne se vale de parte do cap. XIX, “Os fluidos”, de “A Gênese”, em que Allan Kardec mostra que os fluidos mais próximos da materialidade compõem a atmosfera espiritual da Terra e é desse meio que os Espíritos encarnados ou desencarnados extraem os elementos necessários às suas existências. (Pág. 231).

221. A solidificação da matéria mais não é -  segundo a obra citada - do que um estado transitório do fluido universal, que pode volver ao seu estado primitivo, quando deixarem de existir as condições de coesão. (Pág. 232)

222. É preciso - diz Delanne - que o público, ao ouvir-nos falar de fluidos, se habitue a não ver nessa expressão um termo vago, destinado a mascarar a nossa ignorância. Que todos fiquem bem persuadidos de que estamos constantemente mergulhados numa atmosfera invisível, intangível aos nossos sentidos, mas tão real quanto o próprio ar. (Pág. 233)

223. Se estudando a matéria gasosa, chegamos a imaginar certos estados transcendentes, que não se dirá do estado radiante, em que os átomos se movem a velocidades fantásticas? E tudo isso dentro dos limites da matéria conhecida! (Pág. 235)

224. Nas primeiras idades da ciência, parecia que as forças eram separadas e que o número delas se multiplicava ao infinito. Pouco a pouco, porém, se reconheceu que efeitos diferentes podem derivar de uma causa única. Newton identificou a gravidade e a atração, observando na queda da maçã e na manutenção do astro em sua órbita efeitos de uma mesma causa: a gravitação universal. Ampère demonstrou que o magnetismo é apenas uma forma de eletricidade. (Págs. 236 e 237) (Continua no próximo número.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita