ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(Parte
20)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A Alma é
Imortal, de Gabriel
Delanne, conforme
tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Segundo as
ciências físicas, que
diferenças existem entre
os estados sólido e
gasoso de uma substância
qualquer, como a água?
R.: Os tecidos dos
vegetais e dos animais
são formados basicamente
de combinações variadas
de quatro gases: o
hidrogênio, o oxigênio,
o carbono e o
nitrogênio, aos quais se
adicionam fracas
quantidades de corpos
sólidos em número muito
reduzido. Segundo a
ciência, todos os corpos
têm suas moléculas
animadas de duplo
movimento: de translação
ou oscilação em torno de
uma posição mediana e de
libração ou de rotação
em torno de um ou de
muitos eixos. Esses
movimentos se efetuam
sob a influência da lei
de atração. Nos sólidos,
as moléculas se
encontram dispostas
segundo um sistema de
equilíbrio ou de
orientação estável; nos
líquidos, acham-se em
equilíbrio instável, e
aí está a diferença
entre os dois estados.
(A Alma é Imortal, págs.
214 a 221.)
B. De que é formada a
atmosfera espiritual da
Terra?
R.: A atmosfera
espiritual da Terra é
formada pelos fluidos
mais próximos da
materialidade. (Obra
citada, págs. 227 a
232.)
C. Podemos dizer que,
apesar de intangíveis e
invisíveis aos nossos
olhos, os fluidos são
tão reais quanto o ar
que nos circunda?
R.: Sim. É preciso - diz
Delanne - que o público,
ao ouvir-nos falar de
fluidos, se habitue a
não ver nessa expressão
um termo vago, destinado
a mascarar a nossa
ignorância. Estamos
todos constantemente
mergulhados numa
atmosfera invisível,
intangível aos nossos
sentidos, mas tão real
quanto o próprio ar.
(Obra citada, págs. 233
a 237.)
Texto para leitura
210. Abrindo este
capítulo, Delanne diz
que seu objetivo é
mostrar que os
principais ensinos do
Espiritismo decorrem de
estudos minuciosos,
harmônicos com as
concepções modernas e
constituindo uma
filosofia religiosa de
imponente realidade.
Dito isso, ele passa a
reportar, de forma
reduzida, as informações
contidas no cap. VI,
“Uranografia geral”, de
“A Gênese”, de
Allan Kardec, a respeito
do espaço, do tempo e da
matéria. (Págs. 212 e
seguintes)
211. A par dos textos
extraídos d’ A
Gênese, o autor
consignou nesta obra
algumas informações
interessantes sobre o
assunto: I) Tales de
Mileto reconheceu a
esfericidade da Terra e
a causa dos eclipses.
II) Pitágoras ensinava o
movimento diurno da
Terra sobre seu eixo e
seu movimento anual em
torno do Sol, e ligou os
planetas e os cometas ao
sistema solar. III)
Segundo Sir
Charles Lyell, que
empregou os métodos
usados em Geologia, mais
de 300 milhões de anos
transcorreram depois da
solidificação das
camadas superficiais do
globo terrestre.
(Págs. 214 a 216)
212. As ciências físicas
admitem - diz Delanne -
que todos os corpos têm
suas moléculas animadas
de duplo movimento: de
translação ou oscilação
em torno de uma posição
mediana e de libração
(balanço) ou de rotação
em torno de um ou de
muitos eixos. Esses
movimentos se efetuam
sob a influência da lei
de atração. (Pág.
220)
213. Nos sólidos, as
moléculas se encontram
dispostas segundo um
sistema de equilíbrio ou
de orientação estável;
nos líquidos, acham-se
em equilíbrio instável;
nos gases, encontram-se
em movimento de rotação
e em perpétuo conflito
umas com as outras.
(Págs. 220 e 221)
214. Todos os corpos da
Natureza se acham
submetidos a essas leis:
seja a asa de uma
borboleta, a pétala de
uma rosa, o rosto de uma
donzela, o ar, o mar, ou
o solo, tudo vibra,
gira, se balança ou se
move. Repouso é, na
Natureza, palavra
carente de sentido.
(Pág. 221)
215. Fechando o
capítulo, Delanne
disserta sobre as
famílias químicas e
lembra que todos os
tecidos dos vegetais e
dos animais são formados
basicamente de
combinações variadas de
quatro gases apenas: o
hidrogênio, o oxigênio,
o carbono e o
nitrogênio, aos quais se
adicionam fracas
quantidades de corpos
sólidos em número muito
reduzido. (Págs. 221
a 224)
216. Em suma, diz
Delanne, a ideia de uma
matéria única, donde
necessariamente tudo o
mais derivaria, é também
admitida pelos sábios, e
os Espíritos que a
preconizaram estão,
pois, de acordo com a
ciência contemporânea.
(Pág. 225)
217. Delanne de novo se
reporta ao cap. VI de
“A Gênese”, de Allan
Kardec, parte do qual
ele transcreve. Um
fluido etéreo, dizem os
Espíritos, enche o
espaço e penetra os
corpos. Esse fluido é a
matéria cósmica
primitiva, geratriz do
mundo e dos seres. A
Natureza – assevera
Delanne – jamais está
em oposição a si mesma,
e uma só é a divisa no
brasão do Universo:
Unidade. (Pág. 227)
218. Escapa ao homem o
poder de criar qualquer
parcela de energia, ou
destruir a que existe.
Transformar um movimento
em outro é tudo o que
está ao seu alcance.
Assim, não se pode criar
a energia e firmado está
que ela não se destrói.
(Pág. 228)
219. Pertence ao médico
J. R. Mayer, de
Heilbronn, a Colding e
ao físico Joule o mérito
de haverem demonstrado
que nem uma só fração de
energia se perde e que é
invariável a quantidade
total de energia de um
sistema fechado.
(Pág. 228)
220. Para dissertar
sobre o mundo
espiritual, Delanne se
vale de parte do cap.
XIX, “Os fluidos”, de
“A Gênese”, em que
Allan Kardec mostra que
os fluidos mais próximos
da materialidade compõem
a atmosfera espiritual
da Terra e é desse meio
que os Espíritos
encarnados ou
desencarnados extraem os
elementos necessários às
suas existências.
(Pág. 231).
221. A solidificação da
matéria mais não é -
segundo a obra citada -
do que um estado
transitório do fluido
universal, que pode
volver ao seu estado
primitivo, quando
deixarem de existir as
condições de coesão.
(Pág. 232)
222. É preciso - diz
Delanne - que o público,
ao ouvir-nos falar de
fluidos, se habitue a
não ver nessa expressão
um termo vago, destinado
a mascarar a nossa
ignorância. Que todos
fiquem bem persuadidos
de que estamos
constantemente
mergulhados numa
atmosfera invisível,
intangível aos nossos
sentidos, mas tão real
quanto o próprio ar.
(Pág. 233)
223. Se estudando a
matéria gasosa, chegamos
a imaginar certos
estados transcendentes,
que não se dirá do
estado radiante, em que
os átomos se movem a
velocidades fantásticas?
E tudo isso dentro dos
limites da matéria
conhecida! (Pág. 235)
224. Nas primeiras
idades da ciência,
parecia que as forças
eram separadas e que o
número delas se
multiplicava ao
infinito. Pouco a pouco,
porém, se reconheceu que
efeitos diferentes podem
derivar de uma causa
única. Newton
identificou a gravidade
e a atração, observando
na queda da maçã e na
manutenção do astro em
sua órbita efeitos de
uma mesma causa: a
gravitação universal.
Ampère demonstrou que o
magnetismo é apenas uma
forma de eletricidade.
(Págs. 236 e 237)
(Continua no próximo
número.)