Renúncia
com
Jesus
“Renunciar
por amor
ao
Cristo é
perder
as
esperanças
da
Terra,
conquistando
as do
Céu”
(Emmanuel).
(1)
Ao mesmo
tempo em
que
Jesus
recomenda
aos
homens a
renúncia
aos bens
deste
mundo,
prometendo-lhes
os do
Céu, ele
afirma
(2):
“Bem-aventurados
os que
são
brandos,
porque
possuirão
a
Terra”.
Para
tirar-nos
deste
aparente
paradoxo,
só mesmo
Allan
Kardec
(3):
“Enquanto
aguarda
os bens
do Céu,
tem o
homem
necessidade
dos da
Terra
para
viver.
Apenas,
o que
Jesus
recomenda
ao
homem, é
que não
ligue a
estes
últimos
mais
importância
do que
aos
primeiros.
Por
aquelas
palavras
quis o
Mestre
dizer
que até
agora os
bens da
Terra
são
açambarcados
pelos
violentos,
em
prejuízo
dos que
são
brandos
e
pacíficos;
que a
estes
falta
muitas
vezes o
necessário,
ao passo
que
outros
têm o
supérfluo.
Promete
que
justiça
lhes
será
feita,
assim
na Terra
como no
Céu,
porque
serão
chamados
filhos
de Deus.
Quando a
Humanidade
se
submeter
à Lei de
Amor e
Caridade,
deixará
de haver
egoísmo;
o fraco
e o
pacífico
já não
serão
explorados,
nem
esmagados
pelo
forte ou
pelo
violento.
Tal será
a
condição
da
Terra,
quando,
de
acordo
com a
Lei do
Progresso
e a
promessa
de
Jesus,
se
houver
tornado
um mundo
ditoso,
por
efeito
do
afastamento
dos
maus”.
Mais
adiante,
as
seguintes
palavras
de Jesus
são
registradas
pelo
Evangelista
(4):
“E todo
aquele
que
tiver
deixado
casas,
irmãos,
irmãs,
pai,
mãe,
mulher,
filhos
ou
terras,
por amor
do meu
nome,
receberá
cem
vezes
tanto e
herdará
a Vida
Eterna”.
Para
elucidar
esse
aparente
paradoxo
de
Jesus,
socorramo-nos
com a
sabedoria
de
Emmanuel:
“Neste
versículo
do
Evangelho
de
Mateus,
o Mestre
Divino
nos
induz ao
dever de
renunciar
aos bens
do mundo
para
alcançar
a Vida
Eterna.
Há
necessidade,
proclama
o
Messias,
de
abandonar
pai,
mãe,
mulher e
irmãos
do
mundo;
no
entanto,
é
necessário
esclarecer
como
renunciar.
Jesus
explica
que o
êxito
pertencerá
aos que
assim
procederem
por amor
de Seu
nome. À
primeira
vista, o
alvitre
divino
parece
contraditório
contrassenso,
pois,
como
podemos
olvidar
os
sagrados
deveres
da
existência,
se o
Cristo
veio até
nós para
santificá-los?
Nos
tempos
antigos,
os
discípulos
precipitados
não
souberam
atingir
o
sentido
do
texto.
Numerosos
irmãos
de ideal
recolheram-se
à sombra
do
claustro,
esquecendo
obrigações
superiores
e
inadiáveis.
Fácil,
porém,
reconhecer
como o
Cristo
renunciou:
aos
companheiros
que O
abandonaram
aparece
glorioso,
na
ressurreição;
e não
obstante
as
hesitações
dos
amigos,
divide
com
eles, no
cenáculo,
os
júbilos
eternos.
Aos
homens
ingratos
que O
crucificaram
oferece
sublime
roteiro
de
salvação
com o
Evangelho
e nunca
Se
descuidou
um
minuto
das
criaturas.
Um dia,
Ele
renunciou
ao Seu
Jardim
de
Estrelas
para
encarnar
nas
sombrias
estâncias
de um
planeta
de
provas e
expiações.
Observemos,
portanto,
o que
representa
renunciar
por amor
ao
Cristo:
é perder
as
esperanças
da
Terra,
conquistando
as do
Céu.
Isso se
encontra
insofismavelmente
exarado
no
Evangelho
de
Mateus,
capítulo
seis,
versículos
dezenove
e vinte,
onde
podemos
ler:
“Não
ajunteis
para vós
tesouros
na
Terra,
onde a
traça e
a
ferrugem
os
consomem,
e onde
os
ladrões
minam e
roubam;
mas
ajuntai
para vós
tesouros
no céu,
onde nem
a traça
nem a
ferrugem
os
consumem,
e onde
os
ladrões
não
minam
nem
roubam.Portanto,
se os
pais são
incompreensíveis,
se a
companheira
é
ingrata,
se os
irmãos
parecem
cruéis,
é
preciso
renunciar
à
alegria
de
tê-los
melhores
ou
perfeitos,
unindo-nos,
ainda
mais, a
eles
todos, a
fim de
trabalhar
no
aperfeiçoamento
com
Jesus.
“Acaso
não
encontras
compreensão
no lar?
Os
amigos e
irmãos
são
indiferentes
e rudes?
Permanece
ao lado
deles,
mesmo
assim,
esperando
para
mais
tarde o
júbilo
de
encontrar
os que
se
afinam
perfeitamente
contigo.
Somente
desse
modo
renunciarás
aos
teus,
fazendo-lhes
todo o
bem por
dedicação
ao
Mestre,
e,
somente
com
semelhante
renúncia
alcançarás
a Vida
Eterna”.
Afiança
Léon
Tolstoi
(5):
“O
segredo
da
felicidade
humana
reside
na
habilidade
de saber
renunciar
na
ocasião
precisa.
E aquele
que sabe
renunciar
viverá
em paz,
enamorado
sempre
dos
ideais
superiores,
inspirados
no Amor
Divino”.
Referências:
(1)
Emmanuel/Xavier,
F.C. in:
“Caminho,
Verdade
e Vida”.
Capítulo
154.
(2)
Mateus,
5:5.
(3)
Kardec,
A. in:
“O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo”.
Capítulo
IX, item
5.
(4)
Mateus,
19:29.
(5) Léon
Tolstoi/Pereira,
Y. in:
“Ressurreição
e Vida”.
Capítulo
VII, 2ª
parte, §
4.