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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 101 – 5 de Abril de 2009

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)

 

Renúncia com Jesus

“Renunciar por amor ao Cristo é perder as esperanças da Terra, conquistando as do Céu” (Emmanuel). (1)


Ao mesmo tempo em que Jesus recomenda aos homens a renúncia aos bens deste mundo, prometendo-lhes os do Céu, ele afirma (2):

“Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra”.

Para tirar-nos deste aparente paradoxo, só mesmo Allan Kardec (3):

“Enquanto aguarda os bens do Céu, tem o homem necessidade dos da Terra para viver. Apenas, o que Jesus recomenda ao homem, é que não ligue a estes últimos mais importância do que aos primeiros. Por aquelas palavras quis o Mestre dizer que até agora os bens da Terra são açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos que são brandos e pacíficos; que a estes falta muitas vezes o necessário, ao passo que outros têm o supérfluo. Promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no Céu, porque serão chamados filhos de Deus. Quando a Humanidade se submeter à Lei de Amor e Caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte ou pelo violento. Tal será a condição da Terra, quando, de acordo com a Lei do Progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado um mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus”. 

Mais adiante, as seguintes palavras de Jesus são registradas pelo Evangelista (4): 

“E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto e herdará a Vida Eterna”. 

Para elucidar esse aparente paradoxo de Jesus, socorramo-nos com a sabedoria de Emmanuel: “Neste versículo do Evangelho de Mateus, o Mestre Divino nos induz ao dever de renunciar aos bens do mundo para alcançar a Vida Eterna. Há necessidade, proclama o Messias, de abandonar pai, mãe, mulher e irmãos do mundo; no entanto, é necessário esclarecer como renunciar. 

Jesus explica que o êxito pertencerá aos que assim procederem por amor de Seu nome. À primeira vista, o alvitre divino parece contraditório contrassenso, pois, como podemos olvidar os sagrados deveres da existência, se o Cristo veio até nós para santificá-los? Nos tempos antigos, os discípulos precipitados não souberam atingir o sentido do texto. Numerosos irmãos de ideal recolheram-se à sombra do claustro, esquecendo obrigações superiores e inadiáveis. 

Fácil, porém, reconhecer como o Cristo renunciou: aos companheiros que O abandonaram aparece glorioso, na ressurreição; e não obstante as hesitações dos amigos, divide com eles, no cenáculo, os júbilos eternos. Aos homens ingratos que O crucificaram oferece sublime roteiro de salvação com o Evangelho e nunca Se descuidou um minuto das criaturas. 

Um dia, Ele renunciou ao Seu Jardim de Estrelas para encarnar nas sombrias estâncias de um planeta de provas e expiações. 

Observemos, portanto, o que representa renunciar por amor ao Cristo: é perder as esperanças da Terra, conquistando as do Céu. Isso se encontra insofismavelmente exarado no Evangelho de Mateus, capítulo seis, versículos dezenove e vinte, onde podemos ler: “Não ajunteis para vós tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam.Portanto, se os pais são incompreensíveis, se a companheira é ingrata, se os irmãos parecem cruéis, é preciso renunciar à alegria de tê-los melhores ou perfeitos, unindo-nos, ainda mais, a eles todos, a fim de trabalhar no aperfeiçoamento com Jesus. 

“Acaso não encontras compreensão no lar? Os amigos e irmãos são indiferentes e rudes? Permanece ao lado deles, mesmo assim, esperando para mais tarde o júbilo de encontrar os que se afinam perfeitamente contigo. Somente desse modo renunciarás aos teus, fazendo-lhes todo o bem por dedicação ao Mestre, e, somente com semelhante renúncia alcançarás a Vida Eterna”. 

Afiança Léon Tolstoi (5):  

“O segredo da felicidade humana reside na habilidade de saber renunciar na ocasião precisa. E aquele que sabe renunciar viverá em paz, enamorado sempre dos ideais superiores, inspirados no Amor Divino”.
 

Referências:

(1) Emmanuel/Xavier, F.C. in: “Caminho, Verdade e Vida”. Capítulo 154.

(2) Mateus, 5:5.

(3) Kardec, A. in: “O Evangelho segundo o Espiritismo”. Capítulo IX, item 5.

(4) Mateus, 19:29.

(5) Léon Tolstoi/Pereira, Y. in: “Ressurreição e Vida”. Capítulo VII, 2ª parte, § 4.  


 

 


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