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Clássicos do Espiritismo
Ano 2 - N° 102 – 12 de Abril de 2009  

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Alma é Imortal

 Gabriel Delanne

(Parte 21)

Damos continuidade ao estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. O calor aumenta ou diminui o movimento das moléculas que formam os corpos materiais?

R.: Aumenta. Aquecer um corpo significa aumentar-lhe o movimento interno, isto é, o movimento de suas moléculas. Sob a influência do calor, as moléculas - afastando-se cada vez mais - fazem com que os corpos passem do estado sólido ao líquido e, em seguida, ao gasoso. Persistindo o calor, os gases se dilatam indefinidamente, e aí está o princípio que rege os veículos movidos a vapor. (A Alma é Imortal, págs. 237 a 239.)

B. Por que razão os fluidos do mundo espiritual são sempre imponderáveis?

R.: A velocidade das moléculas será tanto maior quanto mais leve for o gás, ou seja, quanto menos matéria contiver na unidade de volume. Os fluidos do mundo espiritual caracterizam-se por movimentos cada vez mais rápidos das moléculas e dos átomos, e é isso que os torna imponderáveis. (Obra citada, págs. 239 a 245.)

C. A força centrífuga tem por efeito diminuir ou aumentar o efeito da gravidade?

R.: A gravidade é uma propriedade secundária, não ligada intimamente à substância, o que permite conceber com certa facilidade como a matéria pode vir a ser imponderável. Basta-lhe desenvolver uma força suficiente para contrabalançar a atração terrestre. Os corpos que giram em torno de um centro, como a Terra gira sobre si mesma, desenvolvem uma força que é denominada força centrífuga, que tem por efeito diminuir o efeito da gravidade. Se a Terra girasse dezessete vezes mais depressa, isto é, se fizesse sua rotação em 1 hora e 24 minutos, a força centrífuga se tornaria grande bastante para destruir a ação da gravidade, de modo que um corpo colocado no equador deixaria de pesar. (Obra citada, págs. 246 e 247.)

Texto para leitura 

225. Nos dias atuais, uma grandiosa concepção veio mudar de novo a face da ciência: a de que todas as forças da Natureza se reduzem, na verdade, a uma só. A energia ou a força (são sinônimos os dois termos) pode assumir todas as aparências, sendo, alternativamente, calor, eletricidade, luz e dar origem às combinações e decomposições químicas. (Pág. 237)

226. Aquecer um corpo significa aumentar-lhe o movimento interno, isto é, o movimento de suas moléculas. Ora, desde o átomo invisível até o corpo celeste, tudo se acha sujeito a movimento, tudo gravita numa órbita imensa ou infinitamente pequena. Em geral, a aceleração do movimento das moléculas lhes aumenta as órbitas e as afasta uma das outras, ou, por outras palavras, aumenta o volume dos corpos. (Págs. 237 e 238)

227. Sob a influência do calor, as moléculas - afastando-se cada vez mais - fazem com que os corpos passem do estado sólido ao líquido e, em seguida, ao gasoso. Persistindo o calor, os gases se dilatam indefinidamente, e aí está o princípio que rege os veículos movidos a vapor. (Pág. 238)

228. À medida que a matéria passa do estado sólido ao estado líquido, o volume aumenta; depois, do estado líquido ao gasoso, a dilatação se torna ainda maior, de sorte que a matéria se rarefaz, na proporção em que o movimento molecular se pronuncia. Um litro d’ água, por exemplo, dá 1.700 litros de vapor, isto é, ocupa um volume 1.700 vezes superior ao que ocupava no estado líquido. Nessas condições, as atrações mútuas entre as moléculas diminuem e o movimento oscilatório das mesmas se torna mais rápido. (Págs. 238 e 239)

229. A velocidade das moléculas será tanto maior quanto mais leve for o gás, ou seja, quanto menos matéria contiver na unidade de volume. Assim, enquanto a velocidade média por segundo, à temperatura do gelo em fusão (zero grau), é de 485 metros para as moléculas do ar, ela alcança 1.848 metros por segundo no caso das moléculas do hidrogênio. (Pág. 239)

230. Ora, se acompanharmos a ciência em suas induções, será perfeitamente possível conceber um estado em que a matéria se ache tão rarefeita que o seu movimento molecular a liberte da atração terrestre. O éter dos físicos atende a essa concepção. (N.R.: A espuma quântica da Física moderna corresponderia, segundo o professor Antônio Carlos Tôrres Teixeira, de Leopoldina-MG, ao conceito espírita de fluido cósmico universal.) (Pág. 240)

231. De acordo com o Espiritismo, os Espíritos possuem um corpo fluídico que nenhuma das formas de energia pode influenciar. Nem os frios intensos dos espaços interplanetários, nem a temperatura de muitos milhares de graus dos sóis qualquer influência exercem sobre a matéria perispirítica. (Pág. 241)

232. Os fluidos do mundo espiritual caracterizam-se - segundo Delanne - por movimentos cada vez mais rápidos das moléculas e dos átomos e, por isso, são sempre imponderáveis. (Pág. 245)

233. Encerrando este capítulo, o autor trata da questão da ponderabilidade e explica por que um pedaço de ferro apresenta pesos diferentes, conforme seja posto numa balança em Paris, no equador ou num dos pólos do globo. É que o peso de um corpo mais não é do que a soma das atrações exercidas pela Terra sobre cada uma das moléculas desse corpo. Ora, a atração decresce com muita rapidez segundo o afastamento do objeto em relação ao centro do planeta. Assim, um pedaço de ferro que pesasse 2 kg em Paris, no equador pesaria menos 5,70 gramas e no pólo mais 5,70 gramas. (Pág. 246)

234. A gravidade é, portanto, uma propriedade secundária, não ligada intimamente à substância, o que permite conceber com certa facilidade como a matéria pode vir a ser imponderável. Basta-lhe desenvolver uma força suficiente para contrabalançar a atração terrestre. (Pág. 247)

235. Os corpos que giram em torno de um centro, como a Terra gira sobre si mesma, desenvolvem uma força que é denominada força centrífuga, que tem por efeito diminuir o efeito da gravidade. No pólo ela é nula e máxima no equador. Calculou-se que se a Terra girasse dezessete vezes mais depressa, isto é, se fizesse sua rotação em 1 hora e 24 minutos, a força centrífuga se tornaria grande bastante para destruir a ação da gravidade, de modo que um corpo colocado no equador deixaria de pesar. (Pág. 247) (Continua no próximo número.)
 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita