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Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 102 – 12 de Abril de 2009  

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(Parte 13)
 

Damos continuidade ao estudo da obra Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Quem era Margarida e que risco ela corria?

R.: Margarida era uma jovem mulher que, debaixo de um processo obsessivo rigoroso, estava sendo constrangida ao retorno à pátria espiritual, a mando de Gregório, a quem ela fora ligada em anterior existência. O risco de morrer era iminente. (Libertação, cap. VIII, pp. 107 e 108.)

B. Que tipo de ajuda concernente a Margarida foi solicitada a Gregório?

R.: Gúbio pediu-lhe que adiasse a execução de seus propósitos de vingança, concedendo à jovem um intervalo benéfico que a poupasse da morte. (Obra citada, cap. VIII, pp. 109 e 110.)

C. Gregório atendeu ao pedido que lhe foi feito?

R.: Sim. Vencido pela insistência de Gúbio, após longos minutos de reflexão, ele ergueu os braços e asseverou: "Não creio nas possibilidades do tentame; todavia, concordo com a providência a que recorres. Não interferirei". Em seguida, chamou um auxiliar de nome Timão, a quem determinou situasse Gúbio e seus pupilos junto da falange que operava no caso de Margarida. (Obra citada, cap. VIII, pp. 110 a 112.)

Texto para leitura

53. Não se atiram pérolas aos porcos - Gúbio, que a tudo ouvira com paciência, redarguiu dizendo a Gregório saber perfeitamente que o Se­nhor Supremo nos aproveita em sua obra divina segundo as nossas ten­dências e possibilidades. Não estando habilitado a apreciar o trabalho dos Juizes, conhecia, contudo, os sofrimentos que povoavam aqueles sítios e tinha segura convicção de que o amor, instalado naqueles corações, redimiria todos os pecados. Indagou, então: "Se gastássemos nos cometimentos divinos do Cordeiro as mesmas energias que se despen­dem a serviço dos dragões, não alcançaríamos, mais apressadamente, os objetivos do supremo triunfo?" Gregório ouviu-o, contrariado, e repli­cou: "Como pude escutar-te, calado, tanto tempo? somos aqui julgadores na morte de todos aqueles que malbarataram os tesouros da vida. Como inocular amor em corações enregelados? Não disse o Cordeiro, certa vez, que não se deve lançar pérolas aos porcos? Para cada pastor de rebanho na Terra, há mil porcos ostentando as insígnias da carne". O sacerdote perguntou, depois, que, se o amor conquistasse a Terra, de um dia para outro, onde acomodar os milhões de consciências de lobos, leões, tigres e panteras (pela extrema analogia que ainda guardam com essas feras), almas essas que habitam formas humanas aos milhares de milhares? Que seria dos Céus se não vigiassem os infernos? As palavras de Gregório foram seguidas de estrepitosa e sarcástica gargalhada, mas Gúbio não se perturbou, dizendo: "Ouso lembrar que, se nos lançássemos todos a socorrer as misérias, a miséria se extinguiria; se educássemos os ignorantes, a treva não teria razão de ser; se amparássemos os de­linquentes, oferecendo-lhes estímulos à luta regenerativa, o crime se­ria varrido da face da Terra.” (Cap. VIII, pp. 105 e 106) 

54. O apelo em favor de Margarida - Gregório irritara-se muito com a altivez de Gúbio, mas ao mesmo tempo se admirava da coragem com que o Instrutor de André a ele se dirigia. Aproveitando o momento psicoló­gico favorável, Gúbio referiu-se a Matilde: "Declarou-nos Matilde, a nossa benfeitora, que a tua nobreza não se esvaiu e que as tuas eleva­das qualidades de caráter permanecem invioladas, não obstante a direção diferente que imprimiste aos passos; por isto mesmo, identifi­cando-te o valor pessoal, chamo-te de ‘respeitável' nos apelos que te dirijo". A cólera de Gregório pareceu amainar-se: "Não acredito em tuas informações, mas sê claro nas rogativas. Não disponho de tempo para falas inúteis". Gúbio referiu-se então à jovem Margarida, amea­çada naquele momento de loucura e morte, sem razão de ser. Gregório, ao ouvir o nome da jovem, modificou-se visivelmente. Inquietação in­disfarçável passou a dominá-lo e sua estranha auréola revelou tonali­dades mais escuras, enquanto dureza singular revelava em seus olhos e lábios infinita amargura. Margarida, que se empenhava em viver no corpo, faminta de redenção, estava sendo constrangida ao retorno à pá­tria espiritual, a mando de Gregório. Era, porém, necessário ajudá-la. Sua existência atual envolvia largo serviço salvador. Desposara antigo associado de luta evolutiva que não era também estranho ao coração de Gregório e em seu lar organizaria, com a ajuda de benfeitores devota­dos, formoso ministério de trabalho iluminativo. Era por isso que ele, Gúbio, vinha, em nome de Matilde, apelar para que fosse suavizada a vindita cruel, a benefício de Margarida. (Cap. VIII, pp. 107 e 108) 

55. Adiamento da sentença - Pesados minutos de expectação e silêncio caíram sobre todos. Gúbio, porém, longe de desanimar, disse a Gregó­rio: "Se ainda não consegues ouvir os recursos interpostos pela Lei do Cordeiro Divino que nos recomenda o amor recíproco e santificante, não te ensurdeças aos apelos do coração materno. Ajuda-nos a liberar Margarida, salvando-a da destrutiva perseguição. Não se faz imperioso o teu concurso pessoal. Bastar-nos-á tua indiferença, a fim de que nos orientemos com a precisa liberdade". Gregório replicou-lhe: "Quem lavra sentenças, despreza a renúncia. Entre os que defendem a ordem, o perdão é desconhecido. Determinavam os legisladores da Bíblia que os arrestos se baseassem no princípio da troca: ‘olho por olho e dente por dente’'. E já que te mostras tão bem informado acerca de Margarida, po­derás, em sã consciência, suprimir as razões que me compelem a decre­tar-lhe a morte?" Gúbio respondeu, entre aflito e entristecido: "Não discuto os motivos que te conduzem, todavia, ouso insistir na súplica fraterna. Auxilia-nos a conservar aquela existência valiosa e frutí­fera. Ajudando-nos, quem sabe? Talvez, pelos braços carinhosos da ví­tima de hoje poderias, tu mesmo, voltar ao banho lustral da experiên­cia humana, renovando caminhos para glorioso futuro".  "Qualquer ideia de volta à carne me é intolerável!" -- gritou Gregório, contrafeito. Mas Gúbio insistiu: "Sabemos, grande sacerdote, que sem a tua permissão, em vista dos laços que Margarida criou com a tua mente, poderosa e ativa, ser-nos-ia difícil qualquer atividade libertadora. Promete-nos independência de ação! Não te pedimos sustar a sentença, nem pre­tendemos inocentar Margarida. Quem assume compromissos diante das Leis Eternas é obrigado a encará-los, de frente, agora ou mais tarde, para resgate justo. Rogar-te-íamos, contudo, adiamento na execução de teus propósitos. Concede à tua devedora um intervalo benéfico, em homenagem aos desvelos de tua mãe e, possivelmente, os dias se encarregarão de modificar este processo doloroso". (Cap. VIII, pp. 109 e 110) 

56. Gregório atende ao pedido - Gregório, surpreso com o pedido, con­siderou, já menos contundente: "Tenho necessidade do alimento psíquico que só a mente de Margarida me pode proporcionar". Gúbio, então, alvi­trou: "E se reencontrasses o doce reconforto da ternura materna, sus­tentando-te a alma, até que Margarida te pudesse fornecer, redimida e feliz, o sublimado pão do espírito?" Gregório vacilou. Gúbio pediu-lhe neutralidade e liberdade para poderem agir a benefício da jovem... Gregório disse que era muito tarde e justificou-se dizendo que o caso de Margarida estava definitivamente entregue a uma falange de sessenta servidores, sob a chefia de duro perseguidor que odiava a família da moça. A solução cabal poderia ter sido alcançada em poucas horas, com sua desencarnação, mas ele não queria que ela lhe voltasse às mãos trazendo a revolta, o desespero e o fel de vítima. Ela deveria ser torturada como o torturara no passado; padeceria humilhações sem nome e desejaria a própria morte como valioso bem. Rendida pelo sofrimento dilacerante, a mente dela o receberia por benfeitor, amoroso e provi­dencial, envolvendo-o nas emissões de carinho que há muito ele vinha esperando... Era, pois, infrutífera qualquer tentativa liberatória. Os raciocínios dela estavam sendo conturbados, pouco a pouco, e o tra­balho de imantação para a morte estava quase concluído. Gúbio, porém, insistiu, propondo a permissão de Gregório para que ele e seus amigos se infiltrassem na equipe de perseguidores e ali, sem que os outros percebessem, prestassem o auxílio de que Margarida necessitava. "Concede!... concede!... Dá-nos a tua palavra de sacerdote! lembra-te de que, um dia, ainda que não creias, enfrentarás, de novo, o olhar de tua mãe!", rogou firme o Instrutor. Gregório, vencido pela insistência de Gúbio, após longos minutos de reflexão, ergueu os braços e asseve­rou: "Não creio nas possibilidades do tentame; todavia, concordo com a providência a que recorres. Não interferirei". Em seguida, chamou um auxiliar de nome Timão, a quem determinou situasse Gúbio e seus pupi­los junto da falange que operava no caso de Margarida. (Cap. VIII, pp. 110 a 112) (Continua no próximo número.)   


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita