WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Usando o tempo
“O verdadeiro
homem de bem é
aquele que
pratica a lei de
justiça,
de amor
e de caridade em
sua maior pureza”
(O Evangelho
segundo o
Espiritismo,
Cap. XVII, item
3, Allan
Kardec).
Engana-se o
homem ao
acreditar que
para ser justo,
bom e caridoso é
preciso dispor
de recursos
financeiros ou
patrimoniais. Na
verdade, a
caridade para
ser legítima
precisa contar
com a doação de
nós mesmos e
para tanto basta
que tenhamos uma
grande dose de
boa vontade,
fazendo bom
proveito das
nossas horas.
Usando o tempo,
podemos grafar
frases de
otimismo e
esperança,
endereçando a
alguém que, em
dificuldades,
aguarda uma
palavra de
consolo para
prosseguir
vencendo as
lutas de cada
dia.
Usando o tempo,
podemos nos
recolher em
cômodo tranquilo
para dirigir uma
prece ao irmão
que colhe dores
e provações,
ajudando-o com
vibrações a
navegar pelas
águas revoltas
dos problemas
que enfrenta.
Usando o tempo,
podemos deixar
um pouco o nosso
lazer dos finais
de semana para
visitar uma
criatura doente
que, num leito
hospitalar, pode
estar vivendo
aflitivos
quadros
provacionais,
possibilitando
que encontre
algum momento de
alívio.
Usando o tempo,
podemos dormir
alguns minutos
menos em cada
noite para nos
dedicarmos à
leitura e ao
estudo de textos
edificantes que
nos promoverão
reforma íntima e
acesso à verdade
que liberta,
conforme ensinou
Jesus.
Usando o tempo,
podemos, nas
horas de folga,
confeccionar
alguns trabalhos
manuais, como
tricô, crochê,
bordados e
outros tipos de
artesanatos para
oferecer a quem
deles necessite,
sem
possibilidades
de adquiri-los.
Usando o tempo,
podemos montar
enxovais para
recém-nascidos,
contando com a
colaboração de
amigos, para
doação a
gestantes, que
aflitas, sentem
a chegada dos
filhos sem
possibilidades
de recebê-los
com o mínimo
necessário.
Usando o tempo,
podemos afagar
uma criança
abandonada que,
vivendo na
carência
afetiva, projeta
um futuro
sombrio,
oferecendo a ela
momentos de
ternura e
fraternidade
para que conheça
também o lado
humano da vida.
Usando o tempo,
podemos visitar
uma casa de
repouso, onde
idosos ignorados
pela família
aguardam o final
da existência,
levando-lhes um
abraço amigo ou
um gesto de
carinho,
minimizando os
padecimentos
oriundos da
solidão.
Usando o tempo,
podemos fazer
uma coleta de
gêneros
alimentícios,
junto a pessoas
fraternas, para
ofertar a
famílias pobres,
que
momentaneamente
são vitimadas
pelo monstro
voraz da fome,
mantendo-as na
esperança de
dias melhores.
Usando o tempo,
podemos
conversar com
jovens viciados
no consumo de
tóxicos,
alertando-os dos
perigos que
emanam das
drogas, na
destruição do
corpo e como
componente de
degradação
moral.
Usando o tempo,
podemos falar do
Evangelho de
Jesus aos
corações
agredidos pelo
desespero,
objetivando
mostrar-lhes
novos caminhos e
outras direções.
Usando o tempo,
podemos ser
infinitamente
úteis,
entendendo com
profundidade o
ensinamento do
Cristo, quando
disse: “o filho
do homem não
veio para ser
servido, mas
para servir”.