Numa
roda de
amigos,
em
encontro
recente
num
clube
londrinense,
alguém,
reportando-se
ao
falecimento
repentino
de um
colega,
extravasou
seu
inconformismo
e sua
incompreensão
com
relação
à morte,
manifestando
a idéia
– mais
comum do
que se
pensa –
de que a
morte
ceifa os
indivíduos
exatamente
quando
estes
chegam a
um
período
da vida
em que
se
encontram
mais
maduros,
mais
experientes
e mais
preparados.
O
sentimento
de perda
em
momentos
assim,
quando
nos
despedimos
dos
entes
queridos,
é
compreensível
e
obviamente
aceitável.
O homem
que não
entende
a vida
não
pode,
evidentemente,
entender
a morte
e, por
não
compreendê-la,
acaba
emitindo
pensamentos
como o
exposto,
em que
se
patenteiam
claramente
dúvidas
quanto à
competência
e à
sabedoria
de Deus.
A mesma
incompreensão
no
tocante
à vida
podemos
encontrar
no
pensamento
de
pessoas
de
destaque
na
cultura
do
mundo,
como o
historiador
americano
Jacques
Barzun,
94 anos
de
idade,
um dos
fundadores
da
disciplina
de
história
cultural
e autor
de uma
obra
notável,
“Da
Alvorada
à
Decadência”,
lançada
algum
tempo
atrás em
nosso
país
pela
Editora
Campus.
Em
entrevista
recente,
o
professor
Barzun
afirmou
que
gostaria
de ter
vivido
no
século
XIX, a
partir
de 1830,
um
período
que se
autonomeou
Era do
Progresso
e que
foi, sem
contestação,
um tempo
de
grande
inventividade
em toda
a Europa
e de
luta
contra
os
resquícios
da
monarquia
e do
velho
sistema
de
classes.
A
doutrina
da
reencarnação,
defendida
por
pensadores
brilhantes
como
Pitágoras,
Sócrates
e Platão
e
cultuada
por boa
parte
das
religiões
orientais,
traria a
um e a
outro o
esclarecimento
necessário
à
solução
de suas
dúvidas,
que, no
fundo,
se
radicam
no mesmo
ponto.
Se o
companheiro
londrinense
entende
que
deveríamos
viver no
corpo
muito
mais do
que
normalmente
vivemos,
o
professor
gostaria
de haver
nascido
e vivido
antes.
Tranqüilizem-se,
porém.
Ensina o
Espiritismo
que
ambos os
desejos
são
satisfeitos
pelo
Criador,
pois
tanto
Jacques
Barzun
viveu ou
pode ter
vivido
na Era
do
Progresso,
quanto o
colega
que
partiu
volverá
ao corpo
em nova
experiência
reencarnatória.
E Deus é
tão
sábio e
previdente,
que o
falecido,
em vez
de
carregar
um fardo
pesado e
incômodo
por
séculos
sem
conta,
poderá
dispor
de um
corpo
novo e
reviver
inúmeras
vezes a
época da
meninice
e o
período
da
juventude,
fases
essas
que
todas as
pessoas
mais
velhas
geralmente
lembram
com
saudade.
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