WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)
Atividade na
Casa Espírita
O título deste
artigo é o mesmo
de uma palestra
proferida pelo
conferencista
baiano Divaldo
Pereira Franco.
Atividade na
Casa Espírita
tem por objetivo
servir de
parâmetro a
dirigentes e
colaboradores do
Centro Espírita,
a fim de que os
objetivos da
Casa Espírita
alcancem o
sucesso almejado
por dirigentes
do mundo visível
e invisível.
A benfeitora
espiritual
Joanna de
Ângelis, pela
mediunidade de
Divaldo, propõe
uma tríade ao
dirigente
espírita:
Espiritizar,
Qualificar e
Humanizar.
Espiritizar:
parece paradoxal
tocar no assunto
de espiritizar o
Centro Espírita,
mas há casas que
se rotulam como
Centro Espírita,
contudo, fogem a
Kardec,
trabalhando
distante das
diretrizes
ensinadas pelo
codificador.
O Centro
Espírita tem
como foco
principal
ensinar
Espiritismo;
todos os
assuntos,
inclusive os da
atualidade,
podem e devem
ser abordados no
Centro Espírita.
Entretanto,
importante
reforçar que
estes assuntos,
sejam eles quais
forem, devem ser
abordados
fazendo o
link com a
Doutrina
Espírita.
O Centro
Espírita não
deve se envolver
com terapias
alternativas,
com todo o
respeito que
estas merecem.
Terapias
alternativas
devem ser
praticadas por
quem estudou e
pesquisou para
praticá-las, em
ambientes
independentes do
Centro Espírita.
Como exemplo,
citamos o caso
do dirigente de
um centro que se
denominava
espírita, que
começou a
promover, em
“seu centro”,
sessões de
cromoterapia.
Resultado: os
freqüentadores
nada entendiam
do significado
do Espiritismo,
confundindo-o
com a
cromoterapia.
Enxergavam no
Centro Espírita
tão-somente uma
casa de
recuperação.
Imediatistas,
queriam a breve
cura para seus
males, pouco
preocupando-se
em estudar as
obras de Kardec,
que,
saliente-se,
atingem a causa
das mazelas
humanas ao
ensinar que os
males resultam
de nossa
invigilância
para com as leis
que regem a
vida.
Nada contra a
cromoterapia ou
qualquer outra
terapia
alternativa,
contudo, que não
seja realizada
no Centro
Espírita, para
que não se perca
o foco do que
ensina o
Espiritismo. Por
isso, como
assevera Joanna
de Ângelis, é de
suma importância
espiritizar o
Centro Espírita.
Qualificar:
vivemos a época
da qualidade
total, o Centro
Espírita não
pode ficar
distante dessa
realidade. O
colaborador do
Centro Espírita,
inserido dentro
do contexto da
instituição,
deve estar bem
preparado para
receber os
freqüentadores,
aperfeiçoando-se
constantemente
para bem servir.
Aliás, a
qualificação do
trabalhador
espírita
demonstra
solidariedade e
respeito ao ser
humano. Quanto
mais preparado
estiver o
trabalhador
espírita, mais
útil será ao
semelhante.
Se vou
dedicar-me ao
atendimento
fraterno, irei
fazer cursos,
trocar
experiência com
companheiros
mais calejados
que atuam nessa
área, enfim,
aperfeiçoar-me
para oferecer
qualidade às
pessoas que
procuram o
Centro Espírita.
Por isso, como
ensina Joanna de
Ângelis, é de
vital
importância a
qualificação do
trabalhador
espírita.
Humanizar:
o Centro
Espírita precisa
ser uma casa que
exala instrução
e amor,
esclarecimento e
conforto. Daí a
necessidade de
sua humanização,
do carinho ao
receber os
freqüentadores,
da tolerância
para com as
dificuldades
alheias, da
intensa luta que
deve-se imprimir
contra o
automatismo que
muitas vezes
caracteriza as
relações
humanas. Não
somos robôs,
somos seres
humanos,
Espíritos
imortais, com
sentimentos,
anseios,
dificuldades,
carências,
conquistas...
O olho no olho,
o abraço
fraterno, a
conversa amena
fazem parte
dessa
humanização.
Lembro-me de
famoso escritor
espírita que ao
ver a fila
grande de
pessoas que
pediam seu
autógrafo passou
a acelerar o
procedimento das
assinaturas. Uma
senhora, fã da
literatura
daquele
escritor, ao ver
a rapidez com
que ele
assinava,
pediu-lhe:
“Senhor, por
favor, se não
for pedir muito,
gostaria que
olhasse um pouco
em meus olhos”.
O escritor,
então, caiu em
si. Compreendeu
que estava sendo
autômato nas
relações com o
ser humano.
Humildemente
decidiu rever
seus conceitos,
e a partir de
então tornou-se
mais humano no
trato com as
pessoas que o
procuravam
dentro e fora do
Centro Espírita.
Por isso, como
aconselha Joanna
de Ângelis, é de
grande
importância que
o servidor
espírita
humanize sua
relação com o
semelhante,
dentro e fora do
Centro Espírita.
Vale a pena
pensar e
refletir no que
propõe a notável
orientadora
espiritual de
Divaldo Franco,
porquanto, são
ensinamentos de
grande valia
para o dirigente
espírita que
quer melhorar
ainda mais o
ambiente e os
trabalhos que
são oferecidos
pela instituição
que está
temporariamente
sob sua
coordenação.
Pensemos nisso.