34. A luta na
Inglaterra
contra o
Espiritismo não
foi menos vivaz
que nos Estados
Unidos, mas os
convertidos não
recearam dar
afirmação nítida
e franca de sua
mudança de
idéias.
Curiosamente, um
dos céticos mais
tenazes, que
fizera grande
campanha contra
a nova doutrina,
acabou
convertendo-se,
depois de quinze
anos: O dr.
Georges Sexton.
(P. 37)
35. Dez anos
antes desta obra
de Delanne, uma
agremiação
intitulada
“Society for
Psychical
Research” abriu
um grande
inquérito sobre
as aparições. A
Sociedade
publicou
regularmente o
relatório de
seus trabalhos
nos “Proceedings”,
e editou um
livro:
“Phantasms of
the Living”, que
relata mais de
200 casos de
aparições bem
averiguadas.
(PP. 37 e 38)
36. A notícia
dos fenômenos
misteriosos que
se produziam na
América suscitou
na França viva
curiosidade e,
em pouco tempo,
a experiência
das mesas
girantes atingiu
um grau
extraordinário.
(P. 38)
37. Em 1857, o
Barão de
Guldenstubbé
publicou um
livro, “La
Réalité des
Esprits”, onde
se encontram
relatadas as
primeiras
experiências de
escrita direta
obtidas na
França. O livro
não teve, porém,
grande sucesso.
(PP. 38 e 39)
38. Quando
surgiu, no mesmo
ano, “O Livro
dos Espíritos”,
de Kardec, essa
publicação
atiçou a guerra,
e o público
soube, com
espanto, que o
que tinha sido
considerado até
então como
distração
encerrava as
mais profundas
deduções
filosóficas. (P.
39)
39. De todas as
partes elevou-se
uma gritaria
contra Kardec.
Jornais,
revistas e
academias
protestaram,
mas, honra seja
feita, não se
viram na França
as cenas de
violência que
tinham acolhido
o Espiritismo na
América. (P. 39)
40. Duas
correntes de
opiniões se
formaram
nitidamente.
Para uns, o
fenômeno não
tinha nenhuma
realidade. Tal
foi a opinião da
Academia e dos
srs. Babinet e
Chevreul. Para
outros, os
deslocamentos da
mesa e suas
respostas eram
devidos a uma
ação magnética,
sem participação
de Espíritos.
(P. 39)
41. As pesquisas
levaram grande
número de
experimentadores
a concluir que,
nos movimentos
das mesas, havia
algo mais que
pura ação
física.
Admitiu-se,
então, a
existência de
forças psíquicas
que poderiam
agir sobre a
matéria e dois
horizontes se
descortinaram.
Os filósofos
espiritualistas
concluíram a
favor das
comunicações das
almas de pessoas
falecidas,
enquanto os
religiosos
atribuíam os
fatos a Satanás.
(P. 40)
42. Auguste
Vacquerie
relatou, então,
as experiências
que fez em
companhia da
sra. de Girardin
em casa de
Victor Hugo, em
Jersey,
atestando, no
seu depoimento,
sua crença nos
Espíritos
batedores. (P.
41)
43. Delanne
menciona
declarações
pró-Espiritismo
de Victor Hugo,
Victorien Sardou
e Eugène
Bonnemère e diz
que Camille
Flammarion,
Théophile
Gautier ,
Maurice Lachâtre
e dr. Paul
Gibier foram
espíritas. (PP.
41 e 42)
44. O movimento
estava então, na
França, mais
florescente do
que nunca.
(N.R.: Este
livro é de
1893.) (P.
42)
45. Existia em
Paris regular
quantidade de
pequenos Centros
espíritas e duas
Sociedades
abriam suas
portas ao
público: a
Federação
Espírita e a
Sociedade de
Espiritismo
Científico. As
principais
cidades da
França contavam
com uma
organização de
propaganda bem
estabelecida e
havia diversos
jornais
espíritas,
dentre eles a
“Revista
Espírita”. A
recrudescência
do movimento
Delanne atribui
ao Congresso
Espírita de
Paris, realizado
em 1889. (P. 43)
46. Na Alemanha,
Delanne cita os
trabalhos do dr.
Kerner, que foi
levado a
constatar
fenômenos
espíritas em
1840, ao
ministrar seus
cuidados à sra.
Hauffe, mais
conhecida sob o
nome de
Vidente de
Prévorst.
(PP. 43 e 44)
47. No mesmo
país destacam-se
as experiências
realizadas pelo
célebre
astrônomo
Zöllner,
professor na
Universidade de
Leipzig, com o
médium Slade. O
famoso astrônomo
relata em sua
obra o curioso
fenômeno de
penetração de
uma matéria por
outra matéria,
pela ação de
inteligências
desencarnadas,
imaginando para
tanto a
existência de
uma quarta
dimensão da
matéria. Seu
testemunho foi
confirmado por
Fechner, pelo
professor Ulrici
e pelo célebre
fisiologista
Weber. (P. 44)
48. Outras
sumidades do
campo
científico, que
aderiram ao
Espiritismo, são
mencionadas, a
seguir, por
Delanne: o
professor
Butlerof e o
conselheiro
Alexander
Aksakof, ambos
da Rússia; e os
professores
Ercole Chiaia e
Lombroso, da
Itália, devendo
notar-se que em
1893, ano desta
obra, Lombroso
não havia ainda
aderido às teses
espíritas. (PP.
45 e 46)
49. A Bélgica é
descrita por
Delanne como
tendo um
movimento
espírita ardente
e organizado
como na França;
mas é a Espanha
que o autor
considera como
sendo o país
onde o número de
espíritas é,
proporcionalmente,
maior que em
qualquer outro
lugar, e onde
existiam jornais
e Sociedades
espíritas bem
organizadas em
todas as cidades
importantes. (P.
46)
50. Pode-se
dizer – afirma
Delanne – que o
Espiritismo
possui
partidários
convictos em
todo o mundo. E
relaciona
diversos
periódicos
publicados na
América latina,
como as revistas
“Reformador”, do
Rio de Janeiro,
e “Constancia”,
de Buenos Aires.
Segundo ele, o
Paraná possuía à
época três
periódicos
espíritas. (P.
47)
51. Concluindo,
diz ele que,
como foi visto,
milhões de
pessoas adotam
as crenças
espíritas. O
movimento
nascido na
América em 1848
propagou-se,
pois, com
inaudita
rapidez, e 150
jornais ou
revistas
instruem o
público sobre as
teorias novas.
Delanne arrola,
então, as quatro
razões pelas
quais é
impossível que
os fatos
espíritas sejam
resultado de
fraude ou de
ilusão:
1a.
porque eles têm
sido estudados
por sábios
eminentes, aptos
para se
pronunciarem,
com conhecimento
de causa, sobre
a validade das
experiências;
2a.
porque as
experiências têm
sido analisadas,
grande número de
vezes, por
observadores
independentes,
céticos a
princípio, e o
resultado obtido
tem sido
idêntico em
todos os países;
3a.
porque esses
fenômenos
oferecem, em
todas as
latitudes, os
mesmos
caracteres
fundamentais,
donde resulta
que são devidos
à mesma causa;
4a.
porque, enfim,
esses fenômenos
e sua
autenticidade
são tais que é
impossível
negá-los sem um
exame
aprofundado.
(PP. 48 e 49)
52. As
experiências da
sra. de Girardin
em casa de
Victor Hugo, em
Jersey, são
descritas por
Delanne,
conforme relato
de Auguste
Vacquerie em seu
livro “Les
Miettes de l’Histoire”.
(PP. 51 a 54)
(Continua na
próxima edição.)