– Como devem
agir os pais
perante o jovem
que começa a
usar drogas?
Raul Teixeira:
Antes das
reprimendas e
desesperos, vale
uma pausa para
meditar nas
possíveis causas
dessa
desafortunada
escolha do
jovem.
A droga
representará uma
fuga para
aqueles
atormentados em
si próprios,
desassistidos no
lar, muitas
vezes vivendo em
gaiolas
douradas, onde
os pais sempre
lhes deram tudo
de material, sem
lhes oferecerem
o coração
compreensivo, os
ouvidos atentos,
os olhos
vigilantes.
Muitos saíam e
voltavam, sem
que seus pais
soubessem onde e
com quem
estavam, nas
fases de
estruturação do
caráter, quando
pesam
influências
exteriores às do
lar, mormente
quando as do lar
não primaram
pelo
acompanhamento,
pelo diálogo,
pela leitura
atenta dos
discursos
silenciosos dos
adolescentes.
Nesses casos,
que se abra mão
do orgulho
perturbador, que
se busque o
auxílio médico e
a ajuda
espiritual no
seu campo de
crença. Caso não
tenha um ponto
de apoio
espiritual
definido, que
lhe garante
sustento na fase
difícil, as
Instituições
Espíritas,
quando bem
orientadas pela
Codificação
Kardequiana,
muito lhes
poderá socorrer
por meio da
oração, da
fluidoterapia,
das técnicas
dialogais e da
desobsessão,
pois os casos de
adentramento nos
vícios de
quaisquer
naturezas acabam
por atrelar-se a
processos
obsessivos.
Verificar quanto
à possibilidade
de procurar a
inestimável
ajuda que os
grupos dos
Alcoólicos-Anônimos
(Al-Anon) ou dos
Narcóticos-Anônimos
(Nar-Anon)
costumam prestar
à sociedade, com
sua dinâmica de
envolver pais,
amigos e
familiares dessa
criatura
vitimada pela
infelicidade da
drogadicção.
Ante os filhos
assinalados pela
dependência
química, junto a
todas as
providências
médico-espirituais,
jamais desistam
do amor, do
envolvimento
afetivo e
maduro, lúcido e
bom, confiando
na Providência
de Deus e pondo
em Suas Mãos os
seres que vieram
para um destino
abençoado na
reencarnação, e
que, por um ou
por outro
motivo,
deixaram-se
arrastar pela
viciação.
Do livro
Desafios da
Educação, 1a
edição, questão
23, de Camilo,
psicografado por
J. Raul Teixeira
e publicado pela
Editora Fráter
Livros
Espíritas, de
Niterói-RJ.