WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Multiplicar pães
"Quantos pães
tendes?
Informaram-se e
disseram-lhe:
Cinco pães e
dois peixes...
Então tomou os
cinco pães e os
dois peixes e,
com os olhos
erguidos para o
céu, pronunciou
a bênção, partiu
os pães e peixes
e dava-os aos
discípulos para
que servissem a
multidão...
Todos comeram
até saciarem.”
( Marcos: 30)
O episódio da
multiplicação
dos pães e
peixes, narrado
pelo Novo
Testamento, é,
incontestavelmente,
uma notável e
rica lição que
Jesus delegou à
humanidade para
servir de norte
e bússola às
nossas ações
quotidianas.
Naquele momento
histórico o
Cristo não
transferiu aos
seus discípulos
a tarefa de
socorrer a
multidão
faminta, que O
buscava sedenta
de consolo e
alimento. Apenas
solicitou que
informassem
quantos pães e
peixes tinham e,
após, procedeu à
multiplicação
dos dois
gêneros,
permitindo que
mais de cinco
mil pessoas se
alimentasse.
Sem dúvida, um
ensinamento
profundo e
valioso. Ele deu
solução ao
problema.
É óbvio que
ninguém, em sã
consciência e
plena lucidez de
raciocínio, se
proporá a sair
pela vida
fazendo
multiplicações
de pães ou
outros itens
alimentícios,
mas de forma
alguma estamos
impedidos de
multiplicar os
nossos talentos
e recursos, de
forma a
contribuir para
a melhoria do
mundo que
habitamos.
Multiplicando os
pães da
paciência
conseguiremos
conviver com as
mais adversas
situações e
suportar os mais
intrincados
problemas,
aqueles que
desafiam o
equilíbrio das
nossas emoções.
Multiplicando os
pães da
perseverança
haveremos de
caminhar com
coragem em
defesa dos
nossos ideais,
onde a
felicidade e a
paz, por certo,
figuram com meta
e objetivo.
Multiplicando os
pães da
tolerância
seguiremos
firmes na
compreensão das
diferenças que
nos cercam,
principalmente
no âmbito
familiar, onde
devemos entender
que cada
criatura traz
consigo a
própria
individualidade,
pensando e
reagindo de modo
próprio, como
nós fazemos
também.
Multiplicando os
pães do
altruísmo
teceremos a teia
das nossas ações
sempre voltadas
para o bem, onde
o ser humano, em
quaisquer
situações e
momento, será
eleito como a
preocupação
máxima e
interesse maior
das nossas
realizações.
Multiplicando os
pães da fé e da
confiança nunca
deixaremos de
acreditar
piamente que não
estamos
sozinhos, mesmo
que
aparentemente o
mundo nos
mantenha
isolados, pois
do olhar da
Providência
Divina ninguém
está alheio.
Multiplicando os
pães do amor
veremos todas as
criaturas do
caminho como
irmãos a serem
considerados
dignos
merecedores da
nossa
solidariedade e
respeito.
Multiplicando os
pães da alegria
contagiaremos
aqueles que
seguem conosco,
informando a
eles que o
otimismo e a
esperança são
conquistas que
não podem deixar
de residir no
íntimo dos
nossos corações.
Multiplicando os
pães do
silêncio,
saberemos como
conter a palavra
descortês e, às
vezes,
descuidada, que
se lançada
poderá destilar
o fiel da
crítica ou o
azedume do
comentário menos
feliz, além de
evitar, muitas
vezes, sérias
contendas ou
terríveis e
inoportunas
discussões.
Multiplicando os
pães da
humildade
teremos plenas
condições de
combater as
investidas
deletérias do
orgulho que
tanto
sofrimentos
causam no seio
social, e
segurar os
ataques
perigosos do
egoísmo, essa
chaga nefasta
que aprisiona os
nobres
sentimentos
humanos.
Nem sempre temos
condições de
realizar grandes
obras ou feitos,
mas, por certo,
temos absolutas
possibilidades
de fazer
pequenas coisas,
aquelas que
realmente somam,
formando a
atmosfera de uma
vida melhor para
todos.