Alguém
ainda se
lembra
do caso
Elizabeth
Butler-Sloss?
Seis
anos
atrás,
numa
sentença
que
certamente
ficou
assinalada
na
história
da
Inglaterra,
a juíza
Elizabeth
Butler-Sloss,
atendendo
à
vontade
de uma
mulher
tetraplégica,
determinou
que
fosse
interrompido
o
funcionamento
da
máquina
que a
mantinha
viva.
A
paciente,
então
com 43
anos,
encontrava-se
paralisada
do
pescoço
para
baixo em
conseqüência
da
ruptura,
no ano
anterior,
de um
vaso
sangüíneo,
e não
conseguia
respirar
sem a
ajuda de
aparelhos.
Os
médicos
que a
atendiam
afirmaram
que a
suspensão
do
funcionamento
dos
equipamentos
de
manutenção
feria de
forma
frontal
o código
de ética
médica;
por
isso,
manifestaram-se
contra o
pedido.
Deborah
Annetts,
diretora
da
Sociedade
de
Eutanásia,
considerou,
porém, a
sentença
judicial
como a
vitória
do bom
senso,
enquanto
os
oponentes
da
chamada
morte
piedosa
viram
nessa
decisão
um
precedente
perigoso.
Todos os
que
apóiam
decisões
como a
da juíza
inglesa
entendem
que
ninguém
pode
opor-se
à
efetiva
vontade
do
paciente.
Foi o
que a
Corte
britânica
fez.
Como
divulgado
na
época,
os
magistrados
teriam
ido até
o leito
hospitalar
para
ouvir a
enferma
pedir:
“Eu
quero
poder
morrer”.
Em
contraste
a tal
pensamento
opõe-se
uma
objeção
importante,
que é a
possibilidade
concreta
de que
problemas
como o
da
mulher
tetraplégica
possam
ser
resolvidos
com os
avanços
tecnológicos
que vêm
enriquecendo
de forma
crescente
os
tratamentos
médicos.
Um dos
objetivos
das
pesquisas
com
células-tronco
embrionárias
é
exatamente
esse, ou
seja,
possibilitar
uma
saída
médica
para um
problema
aparentemente
insolúvel.
É óbvio
que nada
se pode
fazer
quanto a
uma
pessoa
que
decide
matar-se,
supondo-se
que ela
possa
atentar
contra a
própria
vida sem
auxílio
externo.
O
suicídio,
diante
das leis
humanas,
esgota-se
no
próprio
ato.
Nenhum
tribunal
pode
punir o
suicida.
Cousa
diferente
se passa
quando
se
analisa
o
assunto
à luz da
justiça
divina,
fato que
escapa à
competência
dos
juízes
terrenos
e
penetra
a esfera
das
concepções
religiosas.
De
acordo
com a
lei
natural,
o
suicídio
não
passa,
numa
perspectiva
espírita,
de um
equívoco
que só
sofrimentos
traz
àquele
que o
busca,
sem
resolver
problema
algum.
A
eutanásia,
que,
felizmente,
não é
admitida
pela
legislação
brasileira,
é outro
equívoco
que uma
pessoa
equilibrada
jamais
aconselhará
a um
ente
querido.
Ninguém
– ensina
o
Evangelho
–
carrega
um fardo
superior
às
próprias
forças.
Interromper
a marcha
de uma
prova ou
expiação
anula os
seus
efeitos
e obriga
o
indivíduo
a
repeti-la.
Como não
queremos
tal
cousa
para
nós, é
injusto
propô-la
ou
permiti-la
àqueles
que nos
cercam.
Trata-se
simplesmente
de uma
medida
de bom
senso,
que os
materialistas,
evidentemente,
não
compreendem.
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