65. Um fato
observado pelos
pesquisadores é
que os
movimentos da
mesa são muitas
vezes produzidos
intencionalmente
e que as
pancadas que se
ouvem não são
devidas ao
acaso, mas, sim,
dadas com a
intenção
evidente de
manifestarem uma
vontade. Crookes
relata várias
experiências em
que esse fato é
verificado de
forma nítida.
(PP. 73 e 74)
66. O juiz
Edmonds confirma
essa tese e
menciona a
respeito um caso
muito
interessante em
que o Espírito
respondeu
perguntas que
ele havia
redigido, mas
não havia ainda
retirado do
bolso. (P. 74)
67. Uma
experiência
relatada por
Wallace alia-se
na mesma tese da
inteligência do
fenômeno. (PP.
75 e 76)
68. O
engenheiro-chefe
das linhas
telegráficas da
Inglaterra,
Cromwell Varley,
relatou perante
a Comissão da
Sociedade
Dialética de
Londres as cinco
razões pelas
quais acreditava
piamente que
eram os
Espíritos os
agentes das
manifestações
psíquicas. Uma
delas era porque
ele os vira
distintamente,
em diversas
ocasiões. Outra
razão é o fato
de terem eles
respondido até a
questões mentais
que ele
formulara, sem
disso dar
conhecimento a
ninguém. (PP. 76
e 77)
69. Delanne diz
que a principal
objeção oposta
pelo clero à
tese espírita
baseia-se na
idéia de que é
Satanás que se
reveste de
múltiplas formas
para enganar as
pessoas e
desviá-las da
Igreja. A isso,
o autor responde
com dois
argumentos: I) A
existência de
Satanás é
puramente
hipotética. Ora,
se devemos
escolher entre
duas crenças, é
mais racional
admitir-se, após
uma verificação,
que são os
Espíritos que se
manifestam, pois
que eles nos dão
provas da sua
existência; II)
Se se acredita
em Satanás, é
preciso convir
que ele age de
um modo bastante
ilógico,
conduzindo
materialistas à
crença em uma
vida futura e
ensinando-lhes o
amor ao próximo,
o desprendimento
das coisas deste
mundo, a
repressão dos
vícios e a
prática das
virtudes. Ora,
agindo assim,
ele se combate a
si mesmo, não
sendo de boa
lógica
atribuir-lhe
tais ações.
(PP. 77 e 78)
70. Na
Inglaterra, dez
anos atrás, foi
fundada a
Society for
Psychical
Research,
com o objetivo
de compilar e
examinar
minuciosamente
os fatos
designados com o
nome de
telepáticos. Nos
relatórios dessa
Sociedade,
publicados
semestralmente,
sob o título de
“Proceedings”,
pode-se contar
1.653
experiências
dessa ordem,
resultando das
provas obtidas
que a
transmissão do
pensamento é um
fato
incontestável.
Delanne descreve
os processos
utilizados pela
Sociedade. (PP.
79 e 80)
71. Lombroso
repetiu com
Pickmann as
experiências dos
sábios ingleses,
e na América do
Norte uma
Sociedade de
investigações
psíquicas
fundada em 1885
chegou, como
ele, aos mesmos
resultados,
firmando porém
uma conclusão
importante: que
o estado céptico
do agente (o
operador) é
desfavorável à
transmissão
telepática. (P.
80)
72. Com base nas
experiências
realizadas,
Delanne mostra
que as três
experiências
espíritas
referidas por
Russell Wallace
não podem ser
atribuídas à
mera telepatia e
que somente a
tese espírita é
que pode
explicá-las.
(PP. 80 a 82)
73. Na
seqüência, o
autor apresenta
várias provas
nas quais se
reconhece ser
impossível que a
inteligência que
se manifesta
seja a dos
assistentes. Uma
das experiências
foi extraída do
livro “Spirit
Identify”, do
sr. Oxon,
eminente
professor de
Oxford.
(N.R.: Oxon é
pseudônimo
utilizado pelo
Sr. Stainton
Moses.)
(PP. 82 e 83)
74. Três outros
casos narrados
por Crookes e
pelo Sr. Oxon
mostram que o
agente da
manifestação é
alguém estranho
ao grupo de
experimentadores,
tais as
informações
contidas nas
mensagens. (PP.
84 a 88)
75. A
transmissão do
pensamento, que
é o cavalo de
batalha dos
contraditores, é
invocada muitas
vezes para
explicar a
resposta que o
médium dá a uma
questão mental.
Ora, quando a
comunicação
revela fatos
completamente
desconhecidos
dos assistentes,
não se pode
atribuir isso a
uma transmissão
qualquer do
pensamento. (P.
85)
76. Delanne
relata ainda os
casos do
alfaiate
esmagado
(Berlim, 1883) e
do Capitão
Wheatcroft
(Cambridge,
l857), que
constituem
provas
rigorosas,
perfeitamente
documentadas, da
comunicação dos
Espíritos. (PP.
88 a 93)
77. Como já
visto, os
próprios
Espíritos
indicaram um
meio de
comunicação mais
rápido que pela
mesa: o próprio
médium toma um
lápis e deixa a
mão
completamente
passiva, que
passa a
escrever. (P.
94)
78. Delanne
relata então
como a
mediunidade
escrevente se
desenvolveu no
dr. B. Cyriax,
de Berlim. (PP.
94 a 97)
79. William
Crookes, falando
da jovem Kate
Fox, diz que
enquanto ela
escrevia
automaticamente
uma mensagem
para um dos
assistentes,
outra
comunicação,
sobre outro
assunto, lhe era
dada para outra
pessoa, por meio
do alfabeto e
das pancadas. E,
durante todo o
tempo, a
senhorita Fox
conversava com
uma terceira
pessoa, sobre
outro assunto.
(P. 97)
80. O caráter
automático da
escrita, diz
Delanne, é, sem
dúvida, muito
importante para
julgar-se da
boa-fé do
médium; mas,
neste caso, o
verdadeiro
característico
da mediunidade
está nas provas
de identidade
fornecidas pelo
Espírito que se
manifesta. (P.
97)
81. Após
transcrever uma
poesia atribuída
ao Espírito de
Alfred de
Musset, Delanne
fala da
possibilidade de
haver
mistificação por
parte dos
Espíritos que se
comunicam,
asseverando que
o investigador
imparcial não se
deterá ante
esses
resultados,
senão para
constatar que os
Espíritos são,
na verdade,
entes humanos e
que o número de
mistificadores e
dos imbecis não
diminui na
erraticidade.
(PP. 99 a 101)
82. Em “Choses
de l’Autre
Monde”, Eugène
Nus fornece uma
prova evidente
da inteligência
do fenômeno,
quando a mesa, a
seu pedido,
formulou
diversos
conceitos em
frases de apenas
doze palavras.
Delanne as
transcreve. (PP.
101 e 102)
83. Uma produção
nova e curiosa
da mesa foi
haver ditado
música. Uma
pancada
significava a
nota dó, duas
pancadas, a nota
ré, e assim por
diante.
Inicialmente, a
mesa dizia
quantas notas
compunham a
melodia. Em
seguida, ditava
as notas, que
eram grafadas em
cifras. Depois,
dividia os
compassos,
designando, uma
após outra, a
quantidade de
notas que cada
compasso devia
conter. Os
acidentes eram
indicados a
seguir, assim
como o tom e,
enfim, o título.
(PP. 102 e 103)
84. Findo o
ditado, Bureau
executava a
melodia em um
órgão alugado
para esse fim. A
mesa, sobre a
qual as mãos se
mantinham
colocadas,
indicava o
movimento,
batendo o
compasso e
retificando os
erros, quando
existiam.
Terminada a
audição, se
estava
satisfeita com o
trabalho, a
inteligência
manifestava a
sua aprovação
dando várias
pancadas no
soalho; se não
gostava, erguia
a tripeça e a
deixava imóvel.
(P. 103)
85. Às vezes,
diz Delanne, os
Espíritos
escrevem eles
mesmos a música,
em lugar de
ditá-la. (P.
103)
86. Crookes,
falando de suas
experiência a
esse respeito,
diz que entre os
notáveis
fenômenos
produzidos sob a
influência do
médium Home os
mais frisantes
são: 1e
- a
alteração do
peso dos corpos;
2o -
a execução de
árias por
instrumentos de
música
(geralmente pelo
acordeão), sem
intervenção
direta do homem.
(P. 104)
(Continua na
próxima edição.)