WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Correio Mediúnico
Ano 2 - N° 56 - 18 de Maio de 2008
 

O Paraíso é possível

Caio F. Quinto   

Vocês se lembram da história ou ao menos a conhecem?

"Duas crianças estavam patinando num lago congelado da Alemanha. Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam despreocupadas. De repente, o gelo se quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, vendo seu amiguinho preso e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar o amigo. Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino: - Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis! Nesse instante, o gênio Albert Einstein que passava pelo local, comentou: - Eu sei como ele conseguiu. Todos perguntaram: - Pode nos dizer como? - É simples, respondeu Einstein. - Não havia ninguém ao seu redor, para lhe dizer que não seria capaz. Deus nos fez perfeitos e não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer algo, só depende de nossa vontade e perseverança. (Albert Einstein)

Conclusão: Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles."

Deve ser por causa da tal história do Paraíso que a humanidade até hoje se demora neste impasse. Não se sentem capacitadas para correr atrás dos seus melhores sonhos porque nalgum lugar alguém as fez desacreditar de si e dependentes da graça dos santos ou de Deus para que obtivessem o que almejam, esquecendo-se de que cada prédio só é levantado tijolo a tijolo via mão de obra humana, e não por passe de mágica extemporâneo ou sobrenatural...

Não dão o primeiro passo na resolução das suas diferenças porque, de tão imersas em desencantos e em contratempos num mundo onde o objetivo humano se solidificou em torno da competitividade exclusivista, foram ensinadas a declinar dos verdadeiros valores que fazem da vida e da convivência comunhão e prazer, para se consumirem na luta inglória do se valer só em função do ter!

Não valorizam mais a célula familiar porque esta mesma competitividade tornou pessoas em peças descartáveis, em relação às quais o amor conta pouco na hora da comodidade de se prescindir da tolerância buriladora de todos no agrupamento sagrado do lar, para lançá-las no eterno enredo burlesco de se prescindir da qualidade amadurecida da convivência em prol de uma busca inglória de emoções novas com pessoas novas, todavia tão humanas quanto as anteriores: com dilemas, problemas e árduo percurso evolutivo a resolver...

Ninguém se toca mais das necessidades e sofrimentos alheios, por todos se acharem demasiadamente ofuscados pelos seus problemas de ordem transitória, tidos como os piores possíveis, ignorando-se o vizinho ao lado a nos oferecer exemplo de estoicismo e de serenidade de dentro de agruras quiçá maiores, e de molde a tornar as nossas na essência mesma do que se entende como o Éden!

Crimes hediondos são perpetrados como frutos apodrecidos de uma sociedade que atirou ao lixo os seus melhores dons e virtudes, atribuindo significado último ao contexto material sedimentado sobre fatores efêmeros que, em se esvaindo, como ilusão fugaz, nos deixam a todos, no fim da trajetória física, de mãos vazias, tanto quanto assim viemos ter ao regaço materno no princípio da jornada em que mesmo o aconchego do vestuário mais singelo nos faltava!...

Conhecido autor do orbe já nos alertava, dando canal à mensagem valiosa da Voz:

O mundo ainda é um inferno porque vós sois monstros; no dia em que fordes anjos, o mundo será um paraíso

Assim, considerando a profunda autenticidade dos excertos aqui mencionados, lembremo-nos sempre:

Cabe-nos o mérito da conquista que, via esforço nobre e honrado, nos proporciona o alcance de cada um dos nossos melhores sonhos, tendo em conta que todo sonho deve se compatibilizar não somente com o nosso bem estar, mas com o da coletividade.
Harmonizar-se com o semelhante é assunto exclusivo nosso, de vez que no capítulo das diferenças individuais nada será conciliado se indefinidamente nos pusermos à espera de que o outro dê aquele primeiro passo que, provavelmente, também ele espera que lho ofertemos, mais das vezes com lídima razão. De sorte que a consolidação da paz no mundo não virá do céu, do além, de Deus, dos espíritos ou dos santos que - sim! - nos auxiliam, alertando do rumo cuja trajetória só poderá ser seguida com os nossos próprios passos!

Aquilo por que vale a pena se empenhar em qualquer quadrante da Vida universal nunca será o que o consumo e a passagem implacável das horas termina por nos retirar, inexoravelmente, da nossa falseada noção de "posse".

Exercitemos no núcleo sagrado da família a sedimentação dos nossos mais preciosos atributos como seres humanos, porque é daí que se irradiará a nossa contribuição para a sociedade e para o círculo mais amplo das nossas convivências; certo é, de resto, que se não nos cala mais fundo o sentimento fraternal para com os desafetos do ambiente consangüíneo, difícil será que tal proeza se realize para com desafetos alheios ao ninho familiar.

Ofereçamos fraternidade e interesse para com os dramas dos que nos cercam, ofertando-lhes na medida das nossas possibilidades compreensão e arrimo, porque o sentimento humano, em não se exercitando na realidade maior do apoio mútuo, estiolado, deságua em solidão pétrea, que vitimiza os assim ilhados no seu egoísmo, por tempo indeterminado, no abismo fundo da amargura e das angústias inconsoláveis.
Nenhuma moradia se nos faz atraente e limpa se nós mesmos não nos dedicarmos a decorá-la ao nosso gosto, limpá-la, perfumá-la, criar nos seus interiores o clima harmonioso de convivência que nos interessa e que, em todos os sentidos, refletirá não mais do que o perfil de seus habitantes.

Nenhum ser afeito ao pântano há de se rejubilar com o frescor das águas límpidas da nascente brilhando ao sol matutino, assim como jamais aos pássaros delicados aprazerá introduzir-se nas sombras pegajosas própria dos seres rastejantes nas profundidades do solo.

Conscientizemo-nos, em caráter definitivo, de que o Paraíso idealizado é obra nossa, e assunto exclusivo de edificação particular, não vindo agora, ou mais para frente, de cima, do outro, de milagres ou do que quer que seja se, por nós mesmos, não nos sintonizarmos na freqüência certa a que habitemos o remanso pré-existente em nosso próprio íntimo. Porque a partir daí, este se materializará, sem erros, nos cenários exteriores da nossa jornada!

Paraíso e Éden, e um mundo melhor, a qualquer tempo, meus amigos, dependerão apenas das nossas próprias realizações. Já é, pois, ultrapassada a hora de nos libertar-nos das formas infantis de dependência espiritual e psíquica, para assimilarmos com amadurecimento e eficiência esta máxima, assumindo os nossos mais preciosos valores: Como ninguém disse que era impossível, foi lá e fez!

Façamos do planeta Terra aquilo que sonhamos que seja. E assim como o forjarmos, com o cinzel dos nossos pensamentos e atitudes, assim o será!


Mensagem psicografada pela médium Christina Nunes, do Rio de Janeiro (RJ).
 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita