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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 56 - 18 de Maio de 2008

EDUARDO BATISTA DE OLIVEIRA
ebatistadeoliveira@ig.com.br

Juiz de Fora, Minas Gerais (Brasil)


Buscando a perfeição


Somos muito mais observadores (e críticos) das falhas alheias do que das nossas próprias. Vira e mexe, escutamos: “Puxa vida, fulano nem parece que é espírita. Fora do Centro, age igual a qualquer um”. Ou, ainda: “Fiquei decepcionado com sicrano. E ele ainda se diz espírita, heim?”. Tantas vezes escutamos isso, não é mesmo? 

Não há como negar que, em ambientes diferentes, nos portamos de formas diferentes. Mas qual será a causa disso? Para explicar, vamos nos ater ao agir sincero das pessoas, porque há as que agem assim, de modos diferenciados, por falsidade, dissimulação.  

Então, no caso das ações verdadeiras, sinceras, uma forte razão para a mudança do nosso comportamento é a SINTONIA com o ambiente. Nos Centros Espíritas (ou em outros locais) harmonizados com o bem, nos encontramos imersos em vibrações elevadas. É por isso que nesses locais parecemos ser melhores do que na verdade somos. Nos sentimos mais leves. Nos estranhamos, positivamente. Somos mais gentis, mais educados. Chegamos até a fazer planos para uma vivência mais elevada, mais participativa nas atividades fraternas. Pena que, na maioria das vezes, esses planos não se concretizem por “falta de tempo”. 

Desta constatação, podemos e devemos tirar algumas lições. A primeira é que não nos cabe cobrar de ninguém, nem de nós próprios, que sejamos “os mesmos” dentro e fora do Centro Espírita. Outra lição, mais importante, é que quanto mais nos ocuparmos com atividades elevadas, voltadas para o bem, em especial dos mais necessitados, mais tempo estaremos imersos em boas vibrações, exercitando a nossa própria educação espiritual e contribuindo para a nossa evolução. Reservar um pouco de tempo para atividades de assistência aos mais carentes nos ajuda a entrar em sintonia com as boas vibrações trazidas pela atmosfera de fraternidade. 

O tema é complexo e comportaria muitas observações. Todavia, em um único artigo, não seria possível esgotar o assunto. Queremos deixar claro que nossa intenção não é justificar aqueles que, fora dos Centros Espíritas, agem em desacordo com os ensinamentos da Doutrina. De forma alguma. O texto visa, primordialmente, discutir mecanismos que nos conduzam ao tão desejado preceito evangélico “Sede perfeitos”. Não podemos nos esquecer, porém, de que a INDULGÊNCIA também faz parte desse caminho. 

Muita paz.


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita