Buscando
a perfeição
Somos muito mais
observadores (e
críticos) das falhas
alheias do que das
nossas próprias. Vira e
mexe, escutamos: “Puxa
vida, fulano nem parece
que é espírita. Fora do
Centro, age igual a
qualquer um”. Ou, ainda:
“Fiquei decepcionado com
sicrano. E ele ainda se
diz espírita, heim?”.
Tantas vezes escutamos
isso, não é mesmo?
Não há como negar que,
em ambientes diferentes,
nos portamos de formas
diferentes. Mas qual
será a causa disso? Para
explicar, vamos nos ater
ao agir sincero das
pessoas, porque há as
que agem assim, de modos
diferenciados, por
falsidade, dissimulação.
Então, no caso das ações
verdadeiras, sinceras,
uma forte razão para a
mudança do nosso
comportamento é a
SINTONIA com o ambiente.
Nos Centros Espíritas
(ou em outros locais)
harmonizados com o bem,
nos encontramos imersos
em vibrações elevadas. É
por isso que nesses
locais parecemos ser
melhores do que na
verdade somos. Nos
sentimos mais leves. Nos
estranhamos,
positivamente. Somos
mais gentis, mais
educados. Chegamos até a
fazer planos para uma
vivência mais elevada,
mais participativa nas
atividades fraternas.
Pena que, na maioria das
vezes, esses planos não
se concretizem por
“falta de tempo”.
Desta constatação,
podemos e devemos tirar
algumas lições. A
primeira é que não nos
cabe cobrar de ninguém,
nem de nós próprios, que
sejamos “os mesmos”
dentro e fora do Centro
Espírita. Outra lição,
mais importante, é que
quanto mais nos
ocuparmos com atividades
elevadas, voltadas para
o bem, em especial dos
mais necessitados, mais
tempo estaremos imersos
em boas vibrações,
exercitando a nossa
própria educação
espiritual e
contribuindo para a
nossa evolução. Reservar
um pouco de tempo para
atividades de
assistência aos mais
carentes nos ajuda a
entrar em sintonia com
as boas vibrações
trazidas pela atmosfera
de fraternidade.
O tema é complexo e
comportaria muitas
observações. Todavia, em
um único artigo, não
seria possível esgotar o
assunto. Queremos deixar
claro que nossa intenção
não é justificar aqueles
que, fora dos Centros
Espíritas, agem em
desacordo com os
ensinamentos da
Doutrina. De forma
alguma. O texto visa,
primordialmente,
discutir mecanismos que
nos conduzam ao tão
desejado preceito
evangélico “Sede
perfeitos”. Não podemos
nos esquecer, porém, de
que a INDULGÊNCIA também
faz parte desse
caminho.
Muita paz.