LEONARDO MACHADO
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Recife, Pernambuco (Brasil)
Somos antigos,
por isso
hoje
estamos
A humanidade vem
passando por um
momento,
realmente,
singular. Nunca
fora tão grande
o seu
desenvolvimento
intelectual. E,
mesmo,
analisando-se o
aspecto moral,
vemos que se,
por um lado,
existe a guerra,
produto do
egoísmo humano,
pelo outro, há
um intenso
movimento de
busca pela paz,
resultado de um
amor latente que
já começa a
despertar no
ser. Porém, é de
se questionar
como se deu esse
processo de
transmissão do
saber e do
sentir, entre as
gerações.
A ciência,
especialmente a
genética, com as
suas heranças
monogênicas e
multifatoriais,
não encontrou,
até o presente
momento, um gene
específico
responsável pela
transmissão do
intelecto, muito
menos do moral.
Eis por que é
difícil
entender, sob a
ótica
materialista,
como pais
simplórios podem
ter filhos
geniais.
Os
espiritualistas,
os que, de
diversas
religiões, vêem
além da matéria
grosseira
admitem a
existência de
uma causa maior
para a
existência.
Contudo, muitas
vezes, não
conseguem
compreender ao
certo o porquê
de questões como
essas levantadas
acima, pois que
consideram o
início da
existência do
ser como sendo o
começar da vida
terrena.
Nesse sentido,
como entender a
diferença dos
homens de hoje
para os homens
de outrora? Se o
gene da
intelectualidade
e da moralidade
não existe; e se
somos criados
todos, Espíritos
imortais, no
momento da
concepção
material; porque
nós somos
diferentes de
nossos
ancestrais;
deveríamos,
segundo essas
óticas, ser
iguais,
começando de um
mesmo patamar, e
não mais
sapientes que
eles?
Esclarecendo
essas perguntas,
encontramos, de
forma iluminada
e sábia, as
palavras de
Allan Kardec, em
A Gênese,
um dos livros do
Pentateuco
Espírita, no
cap. XI,
dizendo-nos, com
outra pergunta,
que “Sem a
reencarnação,
como se
explicaria a
diferença que
existe entre o
presente estado
social e o dos
tempos da
barbárie? Se as
almas são
criadas ao mesmo
tempo em que os
corpos, as que
nascem hoje são
tão novas, tão
primitivas,
quanto as que
viviam há mil
anos”.
E, dessa
maneira, se são
tão novas, todos
os progressos
que uma geração
atingira teriam
que ser refeitos
pela geração
subseqüente, a
não ser que
esses mesmos
progressos, de
inteligência e
de moralidade,
fossem
transmitidos de
gerações para
gerações pelos
genes.
Entretanto, tais
genes não
existem.
Sendo assim,
nós, Espíritos
que estamos em
tempos mais
civilizados não
fomos criados
mais perfeitos
do que os nossos
antepassados,
pois que Deus é
justo e a todos
cria de forma
igual, nem, tão
pouco, recebemos
tais conquistas
em nossos
genótipos. Na
realidade, nós
somos antigos e
por isso hoje
estamos mais
aperfeiçoados,
pois que
adquirimos
conhecimentos e
aprendemos a
amar em diversas
reencarnações.
Eis por que
Kardec, mais à
frente, na mesma
parte do mesmo
livro, conclui “eis
aí a única
explicação
plausível da
causa do
progresso social”.
Pitágoras já
sabia da
reencarnação.
Sócrates e
Platão, também.
Orígenes,
igualmente. E
Allan Kardec vem
relembrá-la,
pois que a mesma
se encontra
explícita em
Jesus, quando o
Mestre dissera “eu
vos declaro que
Elias já veio, e
não o
reconheceram;
então os
discípulos
entenderam que
lhes falara de
João Batista”.
(Mt. 17:12 e
13).