ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
Vigorosas
terapêuticas da
vida
“Não necessitam
de médico os
sãos, mas sim os
doentes.”
-
Jesus
(Mt., 9:12.)
No parecer de
Joanna de
Ângelis (1), as
criaturas, de um
modo geral,
“(...) educadas
por técnicas de
condicionamento
para colimar
resultados
utilitaristas,
não obstante as
vinculações
religiosas que
se permitem, os
seus agitados
passos as levam
quase sempre aos
interesses
materialistas,
fazendo-as
atormentadas,
aflitas e
infelizes...
O santo e o
apóstolo, o anjo
e o missionário,
são trabalhados
na forja ardente
do sofrimento
purificador,
tomando forma na
bigorna e no
malho das
aflições que
suportam e
vencem.
Do ponto de
vista humano,
infortúnio ou
desgraça
significa tudo
que perturba a
comodidade e
contraria as
ambições em que
se compraz a
criatura humana.
Observado, no
entanto, do
ponto de vista
espiritual, o
infortúnio que
poderia
significar
verdadeira
desdita para os
desarmados
morais faculta,
aos que sabem
entregar-se a
Deus, conquistas
que trasladam
para a Vida
Imortal, a
verdadeira.
Ao Espiritismo
está reservada a
tarefa
sacrossanta de
preparar as
criaturas para
enfrentar as
circunstâncias
nem sempre
agradáveis que
hão de defrontar
pelo caminho
redentor”.
Devedores da
Lei, que somos
todos nós, não
podemos esperar
facilidades nos
caminhos que –
despreocupada e
levianamente –
preparamos para
nós mesmos em
pretérito
infeliz. Somos
os artífices do
próprio destino
e, como tais,
não podemos
fugir das
responsabilidades
atreladas aos
nossos atos.
Assim, conforme
afiança a
Mentora Amiga,
“a dor e o
agravo, a
angústia e o
desespero, são
vigorosas
terapêuticas da
Vida para que
nós, enfermos
espirituais
inveterados, nos
preocupemos com
a cura geral e
nos voltemos em
definitivo para
os elevados
objetivos da
Vida Maior, em
cujo rumo nos
encontramos
desde agora”.
Lembremo-nos de
que a felicidade
imarcescível só
a lograremos
após o resgate
dos compromissos
atrasados, e
como “a
felicidade não é
deste mundo”,
lancemos nossa
vista para os
ilimitados
horizontes
espirituais,
acalentados
pelos suaves
influxos da
esperança,
aguardando,
confiantes,
“o auxílio da
Divina
Misericórdia,
sem rebeldia nem
recriminação,
exalçando o amor
e agradecendo os
sofrimentos
lapidadores”,
que, na
verdade, são os
sinalizadores de
nossa almejada
alforria
espiritual e a
garantia de
nossa felicidade
plena, no
futuro, quando,
então, teremos
acesso
definitivo aos
“remansosos
pastos
espirituais”
só acessados
após a travessia
da “porta
estreita” da
referência
evangélica.
Bibliografia:
(1) FRANCO,
Divaldo. Após
a Tempestade.
3 ed., Salvador:
LEAL, 1985,
capítulo 11.