87. A
mediunidade pela
pena abrevia e
simplifica as
comunicações com
os Espíritos;
mas há outro
modo ainda mais
expedito, por
meio do qual o
Espírito se
apodera dos
órgãos do médium
e conversa por
sua boca. Os
ingleses e
norte-americanos
dizem que, nesse
caso, o médium
se encontra em
transe.
(P. 105)
88. Delanne
relata diversos
casos, dentre
eles um contado
pelo
jurisconsulto
Sergent Cox, no
qual um caixeiro
sem educação
sustentou,
quando em
transe,
conversação com
uma plêiade de
filósofos sobre
temas abstratos
como a razão, a
vontade, a
presciência, e
fez-lhes frente
com vantagem.
(PP. 105 e 106)
89. A própria
filha do juiz
Edmonds
tornou-se médium
e pôs-se a falar
em línguas –
cerca de nove ou
dez – que lhe
eram totalmente
desconhecidas. O
depoimento é do
seu próprio pai.
(PP. 106 e 107)
90. Dr. Paul
Gibier revela
que certa vez
operou o médium
Slade, que,
entrando em
transe, nenhuma
dor sentiu, como
se ele tivesse
sido
anestesiado,
fato que, na
realidade, não
se deu. Slade,
ao contrário de
manifestar
qualquer dor,
entreteve-se
alegremente com
o cirurgião
durante o
atendimento que
lhe era
prestado. (P.
108)
91. Delanne
comenta as
objeções feitas
à tese espírita,
no tocante às
mesas girantes,
pelo Sr. Binet,
mostrando que os
fatos
comprovaram a
insuficiência
das explicações
aventadas pelo
crítico. Aliás,
toda vez que
surgiam teorias
tentando
explicar os
fatos, os
fenômenos
assumiam uma
faceta nova que
as derrubava por
completo. O
mesmo se deu com
a tese do Sr.
Pierre Janet,
que estabeleceu
um paralelo
entre os médiuns
e os histéricos.
(PP. 109 a 111)
92. As
experiências do
Sr. Pierre Janet
são relatadas e
comentadas por
Delanne. (PP.
112 a 115)
93. Assevera
Delanne que é
preciso estar
evidentemente
sob o domínio de
idéias
preconcebidas
para igualar uma
escrita
automática feita
por uma pessoa
histérica
sugestionada, a
uma comunicação
obtida por um
médium, pois os
espíritas não
reconhecem o
caráter
mediúnico senão
nas pessoas que,
escrevendo,
revelam coisas
que lhes são
desconhecidas.
(P. 115)
94. Os sábios
que não
observaram senão
ínfima parte dos
fenômenos
espíritas – diz
Delanne – são
verdadeiramente
extravagantes em
suas críticas.
Afigura-se-lhes
que seus colegas
não tiveram
provavelmente as
mesmas dúvidas e
não recorreram a
todas as causas
possíveis antes
de chegarem à
crença nos
Espíritos. (P.
115)
95. Foi, no
entanto,
exatamente isso
que se deu com
Varley, com
Oxon, com Robert
Hare e tantos
outros, como o
juiz Edmonds,
que confessa ter
também pensado
que os ditados
pudessem ser
efeito do
reflexo da
inteligência de
alguma das
pessoas
presentes. (P.
116)
96. A resposta a
essa dúvida –
diz o juiz
Edmonds – pode
ser colhida em
grande número de
fatos, como o
que se segue.
Havia ele
partido em
viagem para a
América Central,
e seus amigos,
durante sua
ausência,
receberam
diversas
informações
espirituais
sobre as cidades
em que ele se
achava, assim
como sobre o seu
estado de saúde.
Ao retornar,
comparando ditas
informações com
suas notas de
viagem, o juiz
Edmonds viu que
aquelas eram
invariavelmente
verdadeiras.
(P. 116)
97. Até aqui, os
agentes das
manifestações –
os Espíritos –
mantiveram-se
invisíveis. A
“Society for
Psychical
Research”
reuniu, porém,
considerável
documentação
atestando a
aparições
espirituais,
relatadas tanto
nos
“Proceedings”
como no livro
“Phantasms of
the Living”.
(PP. 116 e 117)
98. Num desses
casos, o Sr.
Boston achava-se
em seu gabinete
de trabalho,
quando viu o
fantasma de sua
única irmã,
falecida nove
anos antes. Era
meio-dia e o Sr.
Boston pôde
examinar-lhe
todos os
detalhes do
vestuário e do
porte, notando,
particularmente,
uma espécie de
arranhadura, de
um vermelho
vivo, no lado
direito do rosto
da irmã. Ao
relatar para
seus pais a
visão que
tivera, sua mãe
quase desmaiou,
porque fora ela
quem, depois da
morte da filha,
por um descuido,
fizera aquele
arranhão, fato
que ocultara de
todas as
pessoas,
passando um pó
no rosto da
falecida. (P.
117)
(Continua na
próxima edição.)