JOSÉ ANTÔNIO V.
DE PAULA
depaulajose@hotmail.com
Cambé, Paraná
(Brasil)
O
segredo para
melhor orar
Quando adentrei
a Casa Espírita
pela primeira
vez, no ano de
1983, logo
compreendi a
importância da
oração e resolvi
começar o dia
quinze minutos
mais cedo para
colocar em
execução essa
nova prática em
minha vida.
O que eu não
sabia é quão
difícil seria
manter o
pensamento
elevado enquanto
se ora.
Por mais que eu
tentasse, poucos
minutos se
passavam e minha
mente já estava
seqüestrada
pelas
preocupações do
dia-a-dia.
Então, comprei
um livro de
mensagens, que
passei a abrir
ao acaso, para
melhor me
concentrar. A
idéia foi muito
boa, pois passei
a receber muitas
orientações,
vindas dos
textos
escolhidos,
ajudando muito
no meu viver. No
entanto, na hora
da prece, lá se
iam meus
pensamentos
atrás dos
afazeres do
cotidiano.
Nunca desisti da
oração, mas esse
problema só foi
resolvido anos
mais tarde,
quando da visita
do inesquecível
orador espírita
Jerônimo
Mendonça, o
Gigante Deitado,
como era
conhecido por
causa de sua
tetraplegia que
o mantinha vinte
e quatro horas
sobre uma cama
especial, além
de ser cardíaco
e cego.
Ele era o
otimismo em
pessoa.
Percorria todas
as regiões do
Brasil pregando
a mensagem
consoladora do
Espiritismo.
Afeiçoei-me
muito a ele,
quando passou
por nossa
região, no Norte
do Paraná. E
quando soube que
ele estaria na
cidade onde até
hoje moram meus
familiares, no
interior de São
Paulo, segui
para lá, para
acompanhá-lo em
suas
conferências. E
foi ali, na casa
de meus pais,
que aprendi o
segredo para
melhor orar.
Eram 18h30, e
Jerônimo se
preparava para
seguir rumo a
Tatuí, uma
cidade vizinha,
onde proferiria
palestra naquela
noite.
Nesse momento,
ele pediu a
alguém da sala
que lesse um
trecho da vida
de Chico Xavier,
ainda encarnado
naquele tempo
(1988).
O livro adotado
foi Mandato
de Amor.
Assim que
começaram a
leitura, nossos
pensamentos
foram
arrebatados para
a vida ímpar do
médium de Pedro
Leopoldo e, em
poucos minutos,
estávamos todos
enlevados. Foi
quando ele,
Jerônimo, pediu
que alguém então
fizesse uma
prece.
Desde então,
todos os dias de
manhã, leio um
pequeno trecho
sobre a vida de
nosso querido
Chico, para só
depois orar e
abrir uma
mensagem, “ao
acaso”, para a
reflexão do dia.