Homossexualismo
– considerações
espíritas
O homossexualismo não
foi tratado diretamente
por Allan Kardec nas
obras básicas do
Espiritismo. Em O
Livro dos Espíritos,
temos que o Espírito
pode reencarnar ora em
corpo masculino, ora em
corpo feminino. No
espaço, os Espíritos não
possuem gênero. Os
órgãos da sexualidade
fazem parte do plano de
manifestação material,
onde nos encontramos
atualmente encarnados, e
se prestam à reprodução
do corpo físico.
Contudo, sendo homem ou
mulher em várias vidas,
tal preponderância faz
com que o Espírito
conserve o caráter que
nele ficou impresso,
fruto da influência que
o organismo imprime no
perispírito. É por essa
razão que o Espírito,
voltando à Terra, terá
as características do
gênero que mais
longamente viveu e
exibirá as inclinações
correspondentes.
A neutralidade sexual
ainda é prerrogativa
somente dos Espíritos de
primeira ordem, os
chamados Espíritos
puros. Nestes, as
diferenças sexuais foram
se apagando juntamente
com a redução da
influência da matéria.
De nossa parte, ou somos
Espíritos de polaridade
masculina ou de
polaridade feminina,
resultado de
reencarnações
majoritariamente num ou
noutro sexo. Somente
após superarmos nossas
deficiências associadas
ao apego à matéria e ao
egoísmo (orgulho,
vaidade, ciúme) é que as
nossas características
sexuais desaparecerão,
espontânea e
gradualmente, em seguida
à aquisição de
“qualidades nobres
inerentes à
masculinidade e à
feminilidade” (André
Luiz).
É habitual, no entanto,
que esporadicamente, e
por necessidade
evolutiva, um Espírito
reencarne com o sexo
oposto àquele que é o
seu usual. A esse tipo
de encarnação é dado o
nome de “encarnação
inversiva”. Tal
encarnação, todavia, não
determina
necessariamente que, no
corpo físico, o Espírito
se torne homossexual.
Nem todo homossexual é
Espírito vindo de uma
encarnação inversiva.
Vários podem ser os
motivos que levam à
prática homossexual.
Como espíritas, cremos
que nossa alma, além de
sobreviver à carne, a
esta retorna, num
processo de aprendizagem
e progresso cujo fim é a
evolução. Todas as
situações que
vivenciamos no corpo
físico se caracterizam
pela transitoriedade.
Tudo passa e, se bem
aceito como lição
proveitosa, será causa
de maior bem futuro. O
que importa, de fato, é
o que fazemos de bem,
por meio de ações em
favor do próximo e de
nós mesmos, como
aceitamos e
compreendemos os atos
alheios.
Muita paz.