– Na educação
dos filhos, a
figura do pai é
importante? E
quando ocorre a
sua falta, por
variados
motivos,
inclusive pelo
divórcio e pela
desencarnação?
Raul Teixeira:
A figura do pai
é sempre
importante na
educação dos
filhos, como em
sua vida
generalizadamente.
Há, porém,
situações
expiatórias em
que indivíduos
que
menosprezaram
seu lar e seus
genitores no
pretérito, em
níveis graves,
renascem
sabendo que
terão que facear
a orfandade, às
vezes de pai, às
vezes de mãe,
outras vezes de
pai e mãe. Em
casos que tais,
a Divindade
dispõe dos
recursos para
fazer com que a
orfandade se
torne em lição
de vida, em
amadurecimento,
em crescimento,
pelos
sacrifícios e
frustrações
sofridos pelo
órfão.
No caso de
orfandade “com
pais vivos”, em
razão de
abandonos ou de
divórcios, a
situação é
nitidamente
outra, porque
não constava na
lei divina tal
ocorrência
concreta, embora
estivessem
previstas as
dificuldades de
caráter, de
temperamento dos
cônjuges, a
serem
devidamente
trabalhadas e
superadas pelo
casal. Em razão
disto, toda a
agrura material,
social ou moral
que venham os
filhos mais
frágeis a
sofrer, pesará
na conta moral
daquele ou
daqueles que se
inscreveram no
rol dos que
cometeram o
crime de lesa-confiança,
pelo que darão
conta no longo
do tempo.
Do livro
Desafios da
Educação, 1a
edição, questão
84, de Camilo,
psicografado por
J. Raul Teixeira
e publicado pela
Editora Fráter
Livros
Espíritas, de
Niterói-RJ.