113. Durante uma
sessão com o Sr.
Home, Crookes
viu agitarem-se
as cortinas de
uma janela. Uma
forma sombria,
obscura,
semitransparente,
semelhante a uma
forma humana,
foi vista então
por todos os
assistentes
perto da janela,
em pé, e essa
forma agitava
a cortina com a
mão. (P. 138)
114. Chama-se
materialização
ao fenômeno pelo
qual um Espírito
se mostra com um
corpo físico,
tendo todas as
aparências da
vida normal. As
experiências
feitas por
Crookes,
valendo-se da
médium Florence
Cook, uma jovem
de quinze anos,
foi publicada em
diferentes
jornais
espiritualistas
no ano de 1874.
(P. 139)
115. Trata-se
das famosas
materializações
do Espírito que
se intitulava
Katie King, que
durante três
anos pôde ser
observada e até
fotografada pelo
célebre químico
inglês. (PP. 139
a 146)
116. Katie King
conversava com
as pessoas,
passeava pela
sala, chegando a
postar-se ao
lado da médium
Florence. Um
dia, quando
chegou o momento
da sua
despedida,
inclinou-se
sobre a jovem
médium e
tocou-a,
dizendo:
“Desperta,
Florence;
desperta! É
preciso que eu
te deixe”.
Florence Cook
acordou, banhada
em lágrimas, e
suplicou a Katie
que permanecesse
ainda por algum
tempo, mas a
jovem
materializada
informou que sua
missão estava
cumprida. (PP.
141 a 146)
117. Delanne diz
que existem
muitas outras
experiências de
materializações
de Espíritos,
rigorosas como
as descritas por
William Crookes,
e relata um fato
ocorrido em
1885, tendo como
médium o Sr.
Eglinton. A
narrativa desse
caso foi
publicada no
“Light” e
confirmada pelo
Sr. Oxon, que
viu muitas
sessões
absolutamente
semelhantes.
(PP. 147 e 148)
118. A
fotografia dos
Espíritos é, sem
dúvida, uma das
melhores provas
da sua
existência e
nenhuma teoria
pode explicá-la
sem o recurso da
ciência
espírita. Além
de Crookes,
muitos outros
experimentadores
conseguiram
fotografá-los,
embora o
descrédito que
cercou esse fato
depois do
processo movido
contra o
fotógrafo
Buguet, em 1875.
(P. 149)
119. Buguet, que
não era
espírita, após
haver obtido,
acidentalmente,
fotografias de
Espíritos
rigorosamente
autênticas,
buscou lançar
mão da fraude
para aumentar os
seus lucros.
Processado e
condenado,
imenso
descrédito
estendeu-se
sobre os
espíritas, sendo
eles, desse
modo,
injustamente
envolvidos nessa
reprovação. (P.
149)
120. Por causa
desse processo,
e a fim de se
ter certeza da
realidade do
fenômeno, o Sr.
Alfred Russell
Wallace elaborou
uma lista com
cinco
recomendações a
serem observadas
pelo
experimentador
consciencioso.
(PP. 149 e 150)
121. Delanne
relata alguns
casos de
fotografias
obtidas
observando-se as
indicações de
Wallace. (PP.
150 a 152)
122. Após
descrever os
procedimentos
adotados para a
obtenção das
fotografias,
Delanne afirma
que tais
experiências
constituem a
prova da
mediunidade de
vidência, além
da realidade
objetiva das
aparições, e que
nenhuma negação
pode prevalecer
contra tais
fatos. (P. 152)
123. Não foi
isso, porém, que
pensava o
filósofo Von
Hartmann. Este
filósofo não
negava as provas
fotográficas,
mas dizia que
aquilo que
chamamos
Espírito nada
mais era que o
desdobramento do
próprio médium.
Foram divulgadas
então as
experiências do
Sr. Aksakof, que
revelaram um
fenômeno até
então
desconhecido: o
da fotografia na
mais absoluta
obscuridade.
(PP. 152 e 153)
124. A propósito
das experiências
de Aksakof ,
Delanne observa
que, para uma
fotografia de
Espírito ser
admitida como
prova, é
preciso: I) que
nenhum fotógrafo
de profissão e
nenhum médium
sejam admitidos
nas manipulações
ou no
manuseamento do
aparelho
fotográfico e
das placas; II)
que a imagem
fotográfica se
diferencie da do
médium. (P. 153)
125. Na
seqüência,
Delanne descreve
as experiências
realizadas pelo
sábio russo, que
se efetuaram em
Londres, no ano
de 1886, em uma
casa
absolutamente ao
abrigo de
qualquer
suspeita, tendo
por médium o Sr.
Eglinton. (PP.
154 a 158)
126. É digno de
nota, diz
Delanne, que o
Sr. Aksakof
conseguiu
fotografar
Espíritos tanto
à luz do dia
como em total
obscuridade.
Este último fato
foi relatado
pelo “Light”, de
Londres, a 23 de
abril de 1887.
(N.R.: Foi só
depois da
publicação deste
livro, que é de
1893, que
apareceu a obra
“Animismo e
Espiritismo”, de
autoria do Sr.
Aksakof, onde os
fatos citados
encontram-se
reproduzidos.)
(PP. 158 a 163)
127. A teoria do
Sr. Von Hartmann
mostraria sua
insuficiência
quando se viu
que Aksakof
obteve, numa
mesma
fotografia, a
forma do médium
Eglinton
juntamente com a
de um Espírito.
Os detalhes da
experiência são
relatados por
Delanne. (PP.
163 a 170)
128. Comentando
o sucesso de
suas
experiências,
Aksakof afirmou:
“Eu sabia que a
primeira
condição para
obter-se bons
fenômenos
mediúnicos é o
grupo; sabia que
tudo depende
dele, porém
ainda não tinha
tido a ocasião
de convencer-me
dessa verdade e
de um modo tão
seguro. A
facilidade, a
pontualidade, a
força e a
exatidão com que
se deram os
fenômenos
excederam tudo o
que havíamos
visto em S.
Petersburgo”.
(P. 170)
129. Aludindo
aos que duvidam
e insistem em
negar os fatos
espíritas,
Aksakof disse
que a
incredulidade
não o surpreende
nem o confunde:
“Ela é
inteiramente
natural e
escusável. As
convicções não
são devidas ao
acaso, e, sim,
ao resultado do
trabalho de uma
vida, de uma
época inteira. A
crença nos
fenômenos da
natureza não se
adquire com a
razão e a
lógica, mas pela
força do hábito,
e a força desse
hábito faz que o
maravilhoso
deixe de ser
maravilha”. (P.
172)
130. Concluindo
a descrição
desses fatos,
Delanne afirma
que os trabalhos
de Aksakof não
apenas confirmam
todas as
investigações
anteriores sobre
o assunto, mas
oferecem ainda a
prova absoluta
da possibilidade
de se fotografar
os Espíritos em
plena
obscuridade. (P.
174)
131. As
fotografias de
Espíritos
obtidas em
diversos países
comprovaram que
a alma, depois
da morte do
corpo, não é
somente uma
sombra, mas
um ser real,
envolvido por um
corpo sutil, que
o Espiritismo
chama de
perispírito.
(P. 174)
(Continua na
próxima edição.)