GERSON SIMÕES
MONTEIRO
gerson@radioriodejaneiro.am.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Oremos pelas
vítimas de
Mianmar e da
China
Como entender a
Justiça de Deus
diante das
catástrofes
ocorridas no dia
12 de maio,
próximo passado,
com a passagem
do ciclone
Nargis por
Mianmar e do
terremoto
registrado na
China,
provocando a
morte e ferindo
milhares de
pessoas de todas
as idades e de
todas as
condições?
Como conciliar a
causa das mortes
e sofrimentos
coletivos, com o
ensinamento de
Jesus: “a cada
um será dado
segundo as suas
obras”, baseado
na Lei de Ação e
Reação?
É bem verdade
que, por força
dessa lei, cada
um de nós sofre
individualmente
as conseqüências
dos erros
praticados,
nesta vida, ou
em encarnações
passadas. É a
chamada “lei de
retorno”, ou
melhor, o carma
dos indianos.
Acontece, porém,
que essa Lei
incide
simultaneamente
tanto sobre o
indivíduo, que
recebe de volta
o mesmo mal
praticado,
quanto sobre uma
“individualidade
coletiva”, isto
é, um grupo de
pessoas que
erraram juntas.
No caso, os
membros de uma
família, de uma
nação, de um
povo, através
dos resgates
coletivos.
Explicando
melhor:
imaginemos
guerreiros do
passado
destruindo
casas, matando
mulheres e
crianças; sob os
seus escombros
fazendo milhares
de vítimas. E
piratas, que
afundaram
criminosamente
embarcações no
dorso do mar,
matando inúmeras
pessoas sem dó
nem piedade. É
lógico que os
Espíritos desses
guerreiros e
desses piratas,
ao reencarnarem
na Terra,
atraídos por uma
força magnética
pelos crimes
praticados
coletivamente,
se reúnem em
determinadas
circunstâncias,
e sofrem “na
pele”, por meio
de catástrofes
como as que
ocorreram em
Mianmar e na
China, o mesmo
mal que fizeram
às suas vítimas
indefesas de
ontem. Não
podemos esquecer
que “a semeadura
é livre, mas a
colheita é
obrigatória!”
Porém, diante de
tanta dor,
lembramos do
convite de Jesus
a todos os
sofredores:
“Vinde a mim
todos vós que
estais aflitos e
sobrecarregados,
que Eu vos
aliviarei”. Esta
é a certeza de
os desencarnados
terem sido
amparados por
Jesus, como Ele
continua
amparando os
sobreviventes,
inspirando
solidariedade
aos que podem
ajudá-los
materialmente, e
através das
orações. Afinal
de contas, a dor
deles é a do
Cristo, e nossa
também, pois
todos somos
irmãos!
Gerson Simões
Monteiro,
diretor da Rádio
Rio de Janeiro,
é presidente da
Fundação
Cristã-Espírita
Cultural Paulo
de Tarso, do Rio
de Janeiro (RJ).