A. Que é que faz a força
do Espiritismo?
R.:.É sobretudo para os
miseráveis e os
deserdados deste mundo
que a sublime prova da
imortalidade é doce e
consoladora, pois a
certeza de vida melhor
anima o trabalhador na
luta que diariamente
trava contra a
necessidade. O tempo da
fé cega passou e é
necessário, hoje, para
que uma teoria
filosófica moral ou
religiosa seja aceita,
que ela repouse no
fundamento inabalável da
demonstração científica.
É isso, a demonstração
científica da
imortalidade, que faz a
força do Espiritismo e
explica sua enorme
aceitação. (O
Fenômeno Espírita, págs.
211 e 212.)
B. De que depende, na
vida de além-túmulo, a
situação dos que deixam
a Terra?
R.: Segundo a Doutrina
Espírita, os Espíritos
são os construtores do
seu próprio futuro e sua
situação, na vida de
além-túmulo, é o
resultado do seu estado
moral e dos esforços
feitos para se elevar no
caminho do bem. (Obra
citada, págs. 213 a
218.)
C. Que ensina Delanne
sobre a reencarnação e
suas provas?
R.: Delanne afirma que a
lei das vidas sucessivas
é-nos ensinada pelos
Espíritos instruídos e
testemunhada por
milhares de almas que se
comunicam, o que dá a
essa crença a autoridade
dos fatos. A pluralidade
das existências tem,
ainda, a seu favor a
autoridade da tradição,
da razão e da
experiência, e é lógico
que seja aceita com
entusiasmo por todos os
que já sentiram o vácuo
das outras teorias.
(Obra citada, págs. 218
a 223.)
D. Que considerações
finais faz Delanne a
respeito do Espiritismo?
R.: Segundo Delanne, o
Espiritismo é, antes de
tudo, uma ciência
experimental, não foi
constituído sobre idéias
preconcebidas, não é
obra de um homem nem de
uma seita, mas sim
produto direto da
observação. A filosofia
espírita, diz ele,
alenta o coração,
considera os infelizes,
os deserdados deste
mundo como irmãos a quem
devemos apoiar, e ensina
que ninguém pode ser
feliz se não amar seus
irmãos e se não os
ajudar a progredir moral
e intelectualmente.
(Obra citada, págs. 225
a 227.)
Texto para leitura
176. A experiência
demonstra que, assim
como a borboleta sai da
crisálida, assim a alma
deixa o seu vestuário
grosseiro para
atirar-se, radiante, no
éter, sua pátria eterna.
Nada morre neste mundo,
porque nada se perde.
(P. 211)
177. É sobretudo para os
miseráveis e os
deserdados deste mundo
que esta sublime prova
da imortalidade é doce e
consoladora, pois a
certeza de vida melhor
anima o trabalhador na
luta que diariamente
trava contra a
necessidade. (P. 211)
178. Com efeito, ninguém
se iluda: o tempo da fé
cega passou; hoje é
necessário, para que uma
teoria filosófica moral
ou religiosa seja
aceita, que ela repouse
no fundamento inabalável
da demonstração
científica. (P. 212)
179. É isso que faz a
força do Espiritismo e
explica a sua enorme
aceitação. Não devemos,
contudo, crer que seja
ele inimigo das
religiões, pois o
Espiritismo não combate
senão os seus abusos e
dirige-se mais
particularmente aos
materialistas e àqueles
que, sem serem
completamente ateus,
permanecem indecisos
acerca da vida futura.
(P. 212)
180. O Espírito está
revestido no espaço de
um invólucro a que
chamamos perispírito,
formado pelo fluido
universal terrestre,
isto é, pela matéria sob
a sua forma primordial.
Liberto das cadeias do
corpo físico, não tem
mais necessidade de
alimentar-se, nem se
arrasta mais pelo solo,
pois a matéria
imponderável de que é
formado permite-lhe
transportar-se para os
mais longínquos lugares
com a rapidez do
relâmpago. (P. 213)
181. Tomando por ponto
de partida os atributos
de Deus e a natureza do
homem, Kardec mostrou
qual devia ser o nosso
futuro espiritual.
Delanne resume, então, a
teoria exposta na
Doutrina Espírita,
segundo a qual os
Espíritos são os
construtores do seu
futuro e sua situação,
na vida de além-túmulo,
é o resultado do seu
estado moral e dos
esforços feitos para se
elevar no caminho do
bem. (PP. 215 a 218)
182. Falando sobre a
reencarnação, Delanne
diz que a lei das vidas
sucessivas é-nos
ensinada pelos Espíritos
instruídos e
testemunhada por
milhares de almas que se
comunicam, o que dá a
essa crença a autoridade
dos fatos. (P. 218)
183. Na seqüência,
Delanne reproduz o
estudo feito por Kardec
no item 222 d’O Livro
dos Espíritos, acerca da
pluralidade das
existências corporais,
que foi ensinada na
antigüidade por Platão,
Plotino, Porfírio,
Orígenes e, nos tempos
modernos, é defendida
por Charles Bonnet,
Dupont de Nemours, Savy,
Ballanche, Jean Reynaud,
Henri Martin, Esquiros,
Flammarion e tantos
outros. (PP. 218 a 221)
184. A pluralidade das
existências, assevera
Delanne, tem pois a seu
favor a autoridade da
tradição, da razão e da
experiência, e é lógico
que seja aceita com
entusiasmo por todos os
que já sentiram o vácuo
das outras teorias. (P.
221)
185. Com a reencarnação,
o Universo aparece-nos
povoado de seres que já
percorreram em todos os
sentidos o infinito da
imensidade. E, no
sentido oposto, quão
pequena e mesquinha é a
teoria que circunscreve
a Humanidade a um
imperceptível ponto do
espaço e no-la mostra
começando em dado
instante para acabar
igualmente com o mundo
que a sustenta, não
abraçando assim senão um
minuto na eternidade!
(PP. 221 e 222)
186. Alguns por certo
perguntarão: Se tal
ponto de vista for
correto, por que o Poder
Criador não revelou
desde o princípio a
verdadeira natureza do
homem e seus destinos? A
resposta é simples. Deus
não revelou isso desde
logo, pelo mesmo motivo
que não se ensina à
criança o que é próprio
da idade madura. A
revelação limitada foi
suficiente durante certo
período da Humanidade,
mas Deus a concede
proporcionalmente às
forças do Espírito. (P.
223)
187. Aqueles que recebem
hoje uma revelação mais
completa são os
mesmos Espíritos que
já a receberam de modo
parcial em outras
épocas, mas que, desde
então, aumentaram sua
inteligência. (P. 223)
188. De todo o exposto,
assevera Delanne,
resulta que o
Espiritismo é, antes de
tudo, uma ciência
experimental; que não
foi constituído sobre
idéias preconcebidas;
que não é obra de um
homem nem de uma seita,
mas sim produto direto
da observação. (P. 225)
189. A filosofia
espírita alenta o
coração. Considera os
infelizes, os deserdados
deste mundo como irmãos
a quem devemos apoiar.
Deixa claro que é uma
simples questão de tempo
a distância que separa o
selvagem mais
embrutecido e o homem de
gênio. No domínio moral,
dá-se ainda o mesmo
fato: monstros
como Nero e Calígula
podem, no futuro,
elevar-se ao grau
sublime de um São
Vicente de Paulo. (P.
226)
190. O egoísmo é
inteiramente destruído
pelo Espiritismo, que
proclama que ninguém
pode ser feliz se não
amar seus irmãos e se
não os ajudar a
progredir moral e
intelectualmente. (PP.
226 e 227)
191. Nenhuma filosofia
se elevou a tão
grandiosa concepção da
vida universal; nenhuma
pregou moral tão pura! É
por isso que nos
apresentamos audazmente
ao mundo, apoiados nas
bases inabaláveis da
certeza científica. (P.
227)
192. O Espiritismo é uma
ciência progressiva.
Baseia-se na revelação
dos Espíritos e na
análise minuciosa dos
fatos. Não tem dogmas
nem doutrina cuja
discussão seja
interdita. (P. 227)