ARÍSIO ANTONIO
FONSECA JUNIOR
arisiojunior@yahoo.com.br
Juiz de Fora,
Minas Gerais
(Brasil)
Paulo e a Lei do
Progresso
“A esse respeito
temos muitas
coisas que dizer
e difíceis de
explicar,
porquanto vos
tendes tornado
tardios em
ouvir. Pois, com
efeito, quando
devíeis ser
mestres,
atendendo ao
tempo decorrido,
tendes,
novamente,
necessidade de
alguém que vos
ensine, de novo,
quais são os
princípios
elementares dos
oráculos de
Deus; assim, vos
tornastes como
necessitados de
leite e não de
alimento sólido.
Ora, todo aquele
que se alimenta
de leite é
inexperiente na
palavra da
justiça, porque
é criança. Mas o
alimento sólido
é para os
adultos, para
aqueles que,
pela prática,
têm as suas
faculdades
exercitadas para
discernir não
somente o bem,
mas também
o mal.” (Hb
5.11-14)
Este artigo
apresenta a
preocupação, já
antiga no meio
espírita, de
evidenciar a
conexão
necessária entre
a Bíblia e a
Terceira
Revelação.
Aquele livro,
cujo conteúdo
traz a mensagem
mosaica, da
justiça, e
cristã, do amor,
vem tornar-se
completo com a
Doutrina
Espírita, de
ensinamentos
sobre a verdade.
Dessa
indispensável
leitura da
Bíblia, com
olhos críticos,
como advertiu
Allan Kardec em
A Gênese,
o diálogo entre
as Revelações
nos dá lições do
verdadeiro Deus
e Sua Justiça e
de tudo que Dele
promana.
Com o aviso
ponderado de J.
Herculano Pires,
na obra Visão
Espírita da
Bíblia: “O
Espiritismo
nasceu cristão,
fundamentado nos
Evangelhos, como
vemos desde O
Livro dos
Espíritos, e
tendo a Bíblia
como o seu mais
profundo
fundamento, como
a pedra mais
funda do seu
alicerce. Está
claro que a
pedra do
alicerce deve
ficar ali, como
base. Mas, que
podemos esperar,
se começarmos a
cavar a terra e
ferir a pedra,
com a intenção
de destruí-la?”.
Assim, dentro da
harmonia que
transborda da
comunicação
entre as
Revelações,
vê-se na
passagem acima
transcrita, da
epístola aos
Hebreus, Paulo,
o Apóstolo dos
Gentios,
trazer-nos
orientação sobre
o Progresso,
necessário e
inexorável, por
que toda a
humanidade deve
passar.
Ele nos chama a
atenção para a
nossa tardia
evolução, mesmo
quando já
existiam leis
tão verdadeiras
quanto as que o
Cristo veio nos
concitar a
cumprir. Afirma
que já
estaríamos em
condições de
sermos mestres,
pelo tempo
transcorrido
desde nossa
criação até o
momento, caso
tivéssemos
recebido os
ensinamentos
vindos do Mais
Alto. Contudo,
ele mesmo
informa que nos
encontramos como
crianças,
inexperientes na
palavra da
justiça,
carentes de,
novamente,
receber
instruções,
porquanto as
anteriores foram
perdidas, devido
à nossa
infantilidade
espiritual.
No passo lento e
regular da
evolução, O
Livro dos
Espíritos, na
questão 801 e
sua respectiva
resposta, vem
avisar que os
tempos são
outros, por isso
a exigência de
completar-se o
entendimento das
palavras de
Paulo, para os
adeptos do
Espiritismo. O
Espírito de
Verdade responde
a Allan Kardec
“(...) Eles
ensinaram muitas
coisas que os
homens não
compreenderam ou
desfiguraram,
mas que podem
compreender
agora”.
Os ensinos
contidos no
decálogo mosaico
e as maravilhas
lecionadas por
Jesus Cristo não
foram
suficientes para
despertar-nos,
naquelas épocas,
para a
verdadeira vida
e comunhão com
Deus. O Mestre
sabia de nossa
condição, por
isso afirmou que
enviaria o
Consolador
Prometido, “que
o mundo não pode
receber, porque
não o vê, nem o
conhece” (Jo
14.17).
A
Espiritualidade
Maior,
cumpridora dos
desígnios do Pai
Celestial, para
que
evoluíssemos,
trouxe, então, a
sabedoria da
Doutrina
Espírita.
Agora não somos
mais crianças;
já engatinhamos
algum espaço,
distante um
pouco da nossa
simplicidade e
ignorância.
Podemos consumir
alimento sólido,
capazes que
somos de digerir
os ensinamentos
do Mundo Maior.
Esse alimento,
continuação que
é do
Cristianismo
puro, cujo Autor
é o “Pão da
Vida”, chama-nos
a provar o sabor
da fé. A fé com
obras, aquela
que eleva o
Espírito até os
céus, com
serviço e
caridade.
Já é tempo de
começarmos a
andar, a
progredir pelo
Caminho da porta
estreita. Seguir
o Cristo, eis a
missão de todo
espírita
verdadeiro,
homem velho na
noite dos
tempos, jovem no
aprendizado do
amor.