ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
A
difícil passagem
pela
porta
estreita
“Sede perfeitos
como perfeito é
o Pai
Celestial.”
- Jesus.
(Mt, 5:48.)
Pelos
noticiários
escabrosos
propalados pela
mídia, vemos com
muita tristeza
que o egoísmo
medra cada vez
com maior vigor.
São tantas as
desgraças
evitáveis que
ficamos pensando
por que a
Humanidade não
acorda do seu
marasmo
espiritual!?...
Por que prefere
sempre atender
aos impositivos
do “homem
velho”
limitado ao
terra-a-terra
dos interesses
imediatistas e
materiais,
esquecida de sua
destinação
espiritual?
Quando o homem
ajustar-se aos
caminhos de
Jesus, Nova Era
despontará para
esta Humanidade
ignorante e
sofredora.
Deve ser o atual
estado de coisas
que inspirou
estas palavras a
Rabindranath
Tagore:
“Como hoje está
triste o meu
pobre coração!
“Deixei que a
Vida me fosse,
até aqui, um
barco deslizando
num rio sob
sebes frondosas,
onde busquei
colher versos,
contemplando a
crista das
pequenas ondas.
“Outras vezes
saí, entre as
árvores da
terra, a catar
frutos de
encantamento em
suas copas
verdejantes...
“E, apesar disso
tudo, trago um
coração
triste...
“Talvez porque o
mundo, cheio de
crianças sem
rumo, representa
uma grande noite
de tristeza
imensa na
civilização
religiosa, mas
que não tem
Deus!”
S. Vicente de
Paulo afirmou
(1):
“Nosso mundo
material e o
mundo
espiritual, que
bem poucos ainda
conhecem, formam
como que os dois
pratos da
balança
perpétua. Até
aqui, as nossas
religiões, as
nossas leis, os
nossos costumes
e as nossas
paixões têm
feito de tal
modo descer o
prato do mal e
subir o do bem,
que se há visto
o mal reinar
soberanamente na
Terra. Desde
séculos, é
sempre a mesma a
queixa que se
desprende da
boca do homem e
a conclusão
fatal é a
injustiça de
Deus. Alguns há
mesmo que vão
até à negação da
existência de
Deus. Vedes tudo
aqui e nada lá;
vedes o
supérfluo que
choca a
necessidade, o
ouro que brilha
junto da lama;
todos os mais
chocantes
contrastes que
vos deveriam
provar a vossa
dupla natureza.
Donde vem isto?
De quem a falta?
Eis o que é
preciso
pesquisar com
tranqüilidade e
com
imparcialidade.
“Quando
sinceramente se
deseja achar um
bom remédio,
acha-se. Pois
bem! Malgrado a
essa dominação
do mal sobre o
bem, por culpa
vossa, por que
não vedes o
resto ir direito
pela linha
traçada por
Deus? Vedes as
estações se
desarranjarem?
Os calores e os
frios se
chocarem
inconsideradamente?
A luz do Sol
esquecer-se de
iluminar a
Terra? A terra
esquecer em seu
seio as sementes
que o homem aí
depositou? Vedes
a cessação dos
mil milagres
perpétuos que se
produzem sob
nossos olhos,
desde o
nascimento do
arbusto até o
nascimento da
criança, o homem
futuro? Mas, se
tudo vai bem do
lado de Deus,
tudo vai mal do
lado do homem.
Qual o remédio
para isto? É
muito simples:
Aproximar-se
de Deus,
amar-se,
unir-se,
entender-se e
seguir
tranqüilamente a
estrada
cujos marcos se
vêem com os
olhos da fé e da
consciência”.
Quando
ajustarmos
nossos passos no
caminho
assinalado por
Deus, veremos em
pouco tempo os
acerados
espinhos e
pedras se
transformando em
floridas veredas
de luz, onde os
pés não mais se
ferirão na
caminhada,
encontrando
apoio e estímulo
para a grande
marcha até aos
alteados e
sublimes planos
da glória
estelar...
Não podemos
olvidar que
Jesus afirmou
ser Ele próprio
o caminho.
Os Espíritos
Superiores
confirmaram (2)
ser Ele o nosso
Modelo e Guia
mais perfeito
oferecido por
Deus. É,
portanto,
absolutamente
necessário que
sigamos esse
Caminho, esse
Modelo e
Guia...
Emmanuel (3)
considera ser
“(...)
desarrazoado
exigir de
qualquer de nós
transformações
intempestivas.
Por mais
formosas e
edificantes as
lições de
aperfeiçoamento
moral, é forçoso
acomodar-nos com
o espírito de
seqüência, na
marcha do tempo,
a fim de que nos
afaçamos a elas,
adaptando-nos
gradativamente
aos princípios
que nos
preceituem.
“Ser-nos-á,
porém,
claramente
possível
melhorar-nos com
mais urgência e
segurança se
adotarmos a
prática de
permanecer um
tanto mais com
Jesus, cada dia.
“Que não nos
atemorizem os
programas de
reajuste,
corrigenda,
sublimação ou
burilamento.
“Ante as normas
que nos indiquem
elevação para a
Vida Superior,
recebamo-las
respeitosamente,
afeiçoando-nos a
elas e, seguindo
adiante, na base
do dever
retamente
executado e da
consciência
tranqüila,
pratiquemos a
regra de
ascensão
espiritual
segura e
verdadeira:
sempre um tanto
menos com os
nossos pontos de
vista pessoais
e, a cada dia
que surja,
sempre um tanto
mais com Jesus”,
a ponto de
podermos afirmar
com Paulo, o
singular e
inolvidável
Apóstolo dos
Gentios:
“Já não vivo eu,
mas o Cristo
vive em mim”.
Referências:
(1)
Kardec, A. O
Livro dos
Médiuns –
Capítulo XXXI,
item XXX.
(2)
Kardec, A. O
Livro dos
Espíritos –
Pergunta nº.
625.
(3)
Emmanuel/Xavier,
F.C. Encontro
de Paz –
Capítulo 14.