ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Cristianismo e
Espiritismo
Léon
Denis
(2a
parte)
Damos
seguimento ao estudo do
clássico Cristianismo
e Espiritismo, de
Léon Denis, conforme a 6a
edição publicada pela
Federação Espírita
Brasileira com base em
tradução
de Leopoldo Cirne.
Questões
preliminares
A. Como surgiu a versão
latina das Escrituras, a
que se deu o nome de
Vulgata?
R.: A Vulgata surgiu por
iniciativa do papa
Damaso, que confiou a
São Jerônimo, em 384, a
missão de redigir uma
tradução latina das
Escrituras, que seria
daí por diante a única
reputada ortodoxa e
adotada como base das
doutrinas da Igreja.
(Cristianismo e
Espiritismo, cap. II, p.
31.)
B. A Vulgata, tal como a
concebeu São Jerônimo,
permanece de pé até
hoje?
R.: Em parte, sim. A
tradução feita por São
Jerônimo foi objeto das
mais vivas críticas
ainda em sua época e,
por isso, acabou
retocada em diversas
ocasiões, por ordem dos
pontífices romanos. O
que fora considerado bom
de 386 a 1586 foi
modificado por Sixto V
em 1590 e, mais tarde,
por Clemente VIII em uma
nova edição, que é a que
hoje está em uso.
(Obra citada, cap. II,
pp. 32 e 33.)
C. Podemos dizer que a
Doutrina Espírita nada
mais é que a volta ao
Cristianismo primitivo?
R.: Sim. O Espiritismo é
a volta ao Cristianismo
primitivo, sob mais
precisas formas, com um
imponente cortejo de
provas experimentais, o
que fará se torne
impossível a
reincidência nas causas
que desnaturaram as
idéias de Jesus.
(Obra citada, cap. II,
p. 35.)
Texto para leitura
22. Jesus, espírito
poderoso, divino
missionário, médium
inspirado, encarnou-se
entre os humildes, a fim
de dar a todos os
exemplos de uma vida
simples e, no entanto,
cheia de grandeza – vida
de abnegação e
sacrifício, que devia
deixar na Terra
inapagáveis traços. (P.
29)
23. A grande figura de
Jesus ultrapassa todas
as concepções do
pensamento. Nessa alma,
de uma serenidade
celeste, não se nota
mácula nenhuma, nenhuma
sombra, e todas as
perfeições nela se
fundem. (P. 30)
24. A fim de pôr fim às
divergências de opinião
que agitavam o mundo
cristão, o papa Damaso
confiou a São Jerônimo,
em 384, a missão de
redigir uma tradução
latina das Escrituras,
que seria daí por diante
a única reputada
ortodoxa e base das
doutrinas da Igreja: foi
o que se denominou a
“Vulgata”. (P. 31)
25. A obra de São
Jerônimo foi objeto das
mais vivas críticas,
mesmo em sua época, e
foi retocada em diversas
ocasiões, por ordem dos
pontífices romanos. O
que fora considerado bom
de 386 a 1586 foi
modificado por Sixto V
em 1590 e, mais tarde,
por Clemente VIII em uma
nova edição, que é a que
hoje está em uso. (PP.
32 e 33)
26. O Espiritismo é a
volta ao Cristianismo
primitivo, sob mais
precisas formas, com um
imponente cortejo de
provas experimentais,
que tornará impossível a
reincidência nas causas
que desnaturaram as
idéias de Jesus. (P. 35)
27. Só a verdade pode
desafiar a ação do tempo
e conservar sua força.
Eis por que o
Cristianismo perdura até
hoje. Jesus é,
positivamente, sua pedra
angular e, também, a
alma da nova revelação.
(P. 37)
28. Embora muitos
duvidem da existência de
Jesus, não faltam
testemunhos históricos
sobre ele. Suetônio,
Tácito e o próprio
Talmude referem-se de
modo explícito a ele e à
sua doutrina. (P. 37)
29. As obscuridades do
Evangelho são
calculadas,
intencionais. As
verdades superiores nele
se ocultam sob véus
simbólicos. Aí se ensina
ao homem o que lhe é
necessário para se
conduzir moralmente na
prática da vida. (P. 39)
30. Em resumo, a
doutrina do Cristo, em
sua forma popular,
propõe a obtenção da
vida eterna mediante o
sacrifício do presente.
Religião de salvação, de
elevação da alma pela
subjugação da matéria, o
Cristianismo constituiu
uma reação necessária
contra o politeísmo
grego e romano, saturado
de sensualismo e
corrupção. (P. 41)
31. Para Jesus, numa só
palavra, toda a
religião, toda a
filosofia consiste no
amor. O que Jesus quer
não é o culto faustoso,
mas um culto simples e
puro, todo de
sentimento, consistindo
na relação direta, sem
intermediário, da
consciência humana com
Deus, nosso Pai. (PP. 43
e 44)
32. O ascetismo é coisa
vã. Aos que imaginam
salvar-se por meio do
jejum e da abstinência,
diz: “Não é o que entra
pela boca o que macula o
homem, mas o que por ela
sai”. (P. 44)
33. A doutrina secreta,
ensinada aos discípulos
diretos, ia mais longe.
Assim é que Jesus
afirmou a sucessão das
existências terrestres,
a pluralidade dos mundos
habitados e a
comunicação entre os
homens e os mortos. (PP.
45 e 46)
(Continua na próxima
edição.)
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