FRANCISCO
REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de
Janeiro (Brasil)
A
melhor religião!
Quase que
diariamente
somos abordados
por pessoas que
se apresentam
como
representantes
de Jesus Cristo
na Terra, que se
identificam
apenas como
“cristãos”, “como
se os outros não
o fossem também”’,
que de
estratégias
bastante ousadas
e até
desrespeitosas
nos querem
modificar as
convicções
religiosas de
forma
instantânea,
como se não
tivéssemos
convicção na
eficiência dos
postulados
espíritas que
abraçamos.
Não procuram
saber se somos
ou não felizes
com a fé que
esposamos, se
queremos ou não
mudar de
filosofia
religiosa, se
pretendemos
deixar a fé
raciocinada,
pela qual
optamos, para
seguir as
convicções e
interpretações
de pseudo-sábios
que pregam antes
de tudo a
discriminação, a
intolerância e a
divisão entre os
próprios filhos
de Deus, seus
irmãos em
humanidade.
Resta-nos
exercitar a
disciplina
imposta pela
proposta
espírita, onde o
respeito, a
compreensão e a
caridade para
com o próximo
devem ter
importância
capital em
nossas atitudes,
e, de forma bem
cristã, falar de
nossa escolha
pela filosofia
espírita da qual
não pretendemos
nos afastar,
dando exemplo de
tolerância e
humildade mesmo
que a atitude
desses irmãos
não tenha sido a
mesma para
conosco, pois
foi o que o
Mestre de Nazaré
nos propôs há
mais de dois mil
anos atrás,
“vencer o mal
com o bem”.
Os Espíritos
Superiores nos
esclarecem sobre
a maneira mais
agradável de
seguir o nosso
Modelo e Guia
que é Jesus, sem
dar importância
às formalidades
e às aparências
exteriores, e a
Doutrina
Espírita é tão
sublime que não
nos apresenta o
Espiritismo como
sendo a melhor
das religiões,
visto que não é
a religião que
salva este ou
aquele
indivíduo, e,
sim, seus atos e
seus
procedimentos,
conforme segue:
654. Tem Deus
preferência
pelos que O
adoram desta ou
daquela maneira?
“Deus prefere os
que O adoram do
fundo do
coração, com
sinceridade,
fazendo o bem e
evitando o mal,
aos que julgam
honrá-Lo com
cerimônias que
os não tornam
melhores para
com os seus
semelhantes.
“Todos os homens
são irmãos e
filhos de Deus.
Ele atrai a Si
todos os que lhe
obedecem às
leis, qualquer
que seja a forma
sob que as
exprimam.
“É hipócrita
aquele cuja
piedade se cifra
nos atos
exteriores. Mau
exemplo dá todo
aquele cuja
adoração é
afetada e
contradiz o seu
procedimento.
“Declaro-vos
que somente nos
lábios e não na
alma tem
religião aquele
que professa
adorar o Cristo,
mas que é
orgulhoso,
invejoso e
cioso, duro e
implacável para
com outrem, ou
ambicioso dos
bens deste mundo.
Deus, que tudo
vê, dirá: o que
conhece a
verdade é cem
vezes mais
culpado do mal
que faz, do que
o selvagem
ignorante que
vive no deserto.
E como tal será
tratado no dia
da justiça. Se
um cego, ao
passar, vos
derriba,
perdoá-lo-eis;
se for um homem
que enxerga
perfeitamente
bem,
queixar-vos-eis
e com razão.
“Não
pergunteis,
pois, se alguma
forma de
adoração há que
mais convenha,
porque
equivaleria a
perguntardes se
mais agrada a
Deus ser adorado
num idioma do
que noutro.
Ainda uma vez
vos digo: até
Ele não chegam
os cânticos,
senão quando
passam pela
porta do
coração.”
A verdadeira
religião, aquela
que
verdadeiramente
espelha os
ensinos de seu
Mestre, é a que
mais obra em
conformidade com
seus ensinos e
exemplos e não
está
circunscrita a
esta ou aquela
filosofia, e,
sim, na postura
e vivência de
seus seguidores
em consonância
com os exemplos
deixados por
Jesus, quando
resumiu as Leis
e os profetas
em, “amar a
Deus sobre todas
as coisas e ao
próximo como a
si mesmo”, e
quem ama seu
próximo respeita
suas convicções,
seu modo de
viver, sua forma
de seguir a
Jesus. Na
questão
seguinte,
podemos
perfeitamente
aquilatar a
importância da
filosofia que
estamos
seguindo.
842. Por que
indícios se
poderá
reconhecer,
entre todas as
doutrinas que
alimentam a
pretensão de ser
a expressão
única da
verdade, a que
tem o direito de
se apresentar
como tal?
“Será
aquela que mais
homens de bem e
menos hipócritas
fizer, isto é,
pela prática da
lei de amor na
sua maior pureza
e na sua mais
ampla aplicação.
Esse, o sinal
por que
reconhecereis
que uma doutrina
é boa, visto que
toda doutrina
que tiver por
efeito semear a
desunião e
estabelecer uma
linha de
separação entre
os filhos de
Deus não pode
deixar de ser
falsa e
perniciosa.”
Dessa forma,
precisamos todos
ter o
discernimento de
não entrarmos em
combate ou
discussões
improdutivas e
descabidas,
contra esta ou
aquela forma de
se buscar a
Deus, e
seguirmos firmes
os ensinos da
Doutrina
Espírita, “o
Consolador”
prometido por
Jesus,
entendendo que
nem todos estão
no mesmo patamar
de compreensão
para entender o
que já nos é tão
natural e, por
isso mesmo, não
nos esquecermos
nunca de que a
quem mais foi
dado mais será
cobrado.
Nas questões
seguintes, temos
as explicações
convincentes de
como devemos nos
comportar diante
de tantos
ensinos que
recebemos da
espiritualidade
Maior, para
nosso
crescimento e
benefício diante
da nossa
necessidade de
progresso e
evolução em
direção à
perfeição e à
felicidade a que
estamos
destinados.
918. Por que
indícios se pode
reconhecer em um
homem o
progresso real
que lhe elevará
o Espírito na
hierarquia
espírita?
“O Espírito
prova a sua
elevação quando
todos os atos de
sua vida
corporal
representam a
prática da lei
de Deus e
quando,
antecipadamente,
compreende a
vida
espiritual.”
Verdadeiramente,
homem de bem é o
que pratica a
lei de justiça,
amor e caridade,
na sua maior
pureza. Se
interrogar a
própria
consciência
sobre os atos
que praticou,
perguntará se
não transgrediu
essa lei, se não
fez o mal, se
fez todo o bem
que podia,
se ninguém tem
motivos para
dele se queixar,
enfim, se fez
aos outros o que
desejara que lhe
fizessem.
Possuído do
sentimento de
caridade e de
amor ao próximo,
faz o bem pelo
bem, sem contar
com qualquer
retribuição, e
sacrifica seus
interesses à
justiça.
É bondoso,
humanitário e
benevolente para
com todos,
porque vê irmãos
em todos os
homens, sem
distinção de
raças, nem de
crenças.
Se Deus lhe
outorgou o poder
e a riqueza,
considera essas
coisas como UM
DEPÓSITO, de que
lhe cumpre usar
para o bem.
Delas não se
envaidece, por
saber que Deus,
que lhas deu,
também lhas pode
retirar.
Se sob a sua
dependência a
ordem social
colocou outros
homens, trata-os
com bondade e
complacência,
porque são seus
iguais perante
Deus. Usa da sua
autoridade para
lhes levantar o
moral e não para
esmagá-los com
seu orgulho.
É indulgente
para com as
fraquezas
alheias, porque
sabe que também
precisa da
indulgência dos
outros e se
lembra destas
palavras do
Cristo: Atire
a primeira pedra
aquele que
estiver sem
pecado.
Não é vingativo.
A exemplo de
Jesus, perdoa as
ofensas, para só
se lembrar dos
benefícios, pois
não ignora que,
como houver
perdoado, assim
perdoado lhe
será.
Respeita, enfim,
em seus
semelhantes,
todos os
direitos que as
leis da Natureza
lhe concedem,
como quer que os
mesmos direitos
lhe sejam
respeitados.
919. Qual o
meio prático
mais eficaz que
tem o homem de
se melhorar
nesta vida e de
resistir à
atração do mal?
“Um sábio da
antiguidade já
vo-lo disse:
Conhece-te a ti
mesmo.”
Bibliografia:
(1) Kardec,
Allan – O
Livro dos
Espíritos –
FEB, 77ª edição.
(2) Grifos
nossos.