Tranças da minha
infância
Martha Rios Guimarães
As tranças de minha
infância enroscam-se em
minha memória
Trazendo de volta
lembranças amareladas
adornadas com
Odores, sussurros,
toques ...
Um flash-back mágico da
época do riso farto, do
amor latente,
Das cirandas encantadas,
da primeira lambida de
onda, dos batizados de
bonecas.
As tranças de minha
infância enroscam-se em
minh’alma
Despertando a criança
que ainda sou,
Secando lágrimas que às
vezes teimam em escorrer
pelas retinas,
Mostrando que o perdão
não tem razão de ser
para pessoas que se
recusam a ser ofendidas,
Lembrando que a alegria
pode ser plena em todos
os seres
E que a maior riqueza
ainda é um abraço forte
e sincero:
Estremece, preenche,
extasia ...
As tranças de minha
infância trazem de volta
uma época
Que escoou pela
ampulheta do tempo,
Enroscando meus passos
com todo amor que na
vida há.
O poema acima foi
apresentado e laureado
no concurso “Sementes de
Amor”, promovido pela
USE Vila Maria, e
exposto durante a
3ª FEICULTE – Feira
Cultural Espírita 2005,
realizada pela mesma
instituição na
Biblioteca Pública da
Vila Maria, na capital
paulista. Martha Rios
Guimarães reside em São
Paulo (SP).