Avançando em
nossos ligeiros
apontamentos
acerca da
obsessão, cremos
seja de nosso
interesse
apreciar o
vampirismo,
ainda mesmo
superficialmente,
para figurá-lo
como sendo
inquietante
fenômeno de
parasitose
mental.
Sabemos que a
parasitogenia
abarca em si
todas as
ocorrências
fisiopatológicas,
dentro das quais
os organismos
vivos, quando
negligenciados
ou desnutridos,
se habilitam à
hospedagem e à
reprodução dos
helmintos e dos
ácaros que
escravizam
homens e
animais.
Não ignoramos
também que o
parasitismo pode
ser externo ou
interno.
Nas
manifestações do
primeiro, temos
o assalto de
elementos
carnívoros, como
por exemplo as
variadas
espécies do
aracnídeo
acarino sobre o
campo epidérmico
e, nas
expressões do
segundo,
encontramos a
infestação de
elementos
saprófagos,
como, por
exemplo, as
diversas classes
de
platielmíntios,
em que se
destacam os
cestóides no
equipamento
intestinal.
E, para evitar
as múltiplas
formas de
degradação
orgânica, que o
parasitismo
impõe às suas
vítimas,
mobiliza o homem
largamente os
vermífugos, as
pastas
sulfuradas, as
loções
mercuriais, o pó
de estafiságria
e recursos
outros,
suscetíveis de
atenuar-lhe os
efeitos e
extinguir-lhe as
causas.
No vampirismo,
devemos
considerar
igualmente os
fatores externos
e internos,
compreendendo,
porém, que, na
esfera da alma,
os primeiros
dependem dos
segundos,
porquanto não há
influenciação
exterior
deprimente para
a criatura,
quando a própria
criatura não se
deprime.
É que pelo ímã
do pensamento
doentio e
descontrolado,
o homem provoca
sobre si a
contaminação
fluídica de
entidades em
desequilíbrio,
capazes de
conduzi-lo à
escabiose e à
ulceração, à
dipsomania e à
loucura, à
cirrose e aos
tumores benignos
ou malignos de
variada
procedência,
tanto quanto aos
vícios que
corroem a vida
moral, e,
através do
próprio
pensamento
desgovernado,
pode fabricar
para si mesmo as
mais graves
eclosões de
alienação
mental, como
sejam as
psicoses de
angústia e ódio,
vaidade e
orgulho, usura e
delinqüência,
desânimo e
egocentrismo,
impondo ao
veículo orgânico
processos
patogênicos
indefiníveis,
que lhe
favorecem a
derrocada ou a
morte.
Imprescindível,
assim, viver em
guarda contra as
idéias fixas,
opressivas ou
aviltantes, que
estabelecem, ao
redor de nós,
maiores ou
menores
perturbações,
sentenciando-nos
à vala comum da
frustração.
Toda forma de
vampirismo está
vinculada à
mente
deficitária,
ociosa ou
inerte, que se
rende,
desajustada, às
sugestões
inferiores que a
exploram sem
defensiva.
Usemos, desse
modo, na
garantia de
nossa higiene
mento-psíquica,
os antissépticos
do Evangelho.
Bondade para com
todos, trabalho
incansável no
bem, otimismo
operante, dever
irrepreensivelmente
cumprido,
sinceridade,
boa-vontade,
esquecimento
integral das
ofensas
recebidas e
fraternidade
simples e pura,
constituem
sustentáculo de
nossa saúde
espiritual.
— «Amai-vos uns
aos outros como
eu vos amei»,
recomendou o
Divino Mestre.
— «Caminhai
como filhos da
luz» — ensinou o
apóstolo da
gentilidade.
Procurando,
pois, o Senhor e
aqueles que o
seguem
valorosamente,
pela reta
conduta de
cristãos leais
ao Cristo,
vacinemos nossas
almas contra as
flagelações
externas ou
internas da
parasitose
mental.
Mensagem
psicofônica
transmitida pelo
instrutor
espiritual Dr.
Francisco de
Menezes Dias da
Cruz, por
intermédio do
médium Francisco
Cândido Xavier,
em 28 de outubro
de 1954,
constante do
cap. 34 do livro
Instruções
Psicofônicas.