Em tarefa
espírita
Abraçando na
Doutrina
Espírita o clima
da própria fé,
lembra-te de
Jesus, à frente
do povo a que se
propunha
servir.
Não se localiza
o Divino Mestre
em tribuna
garantida por
assessores
plenamente
identificados
com os seus
princípios.
Ele é alguém que
caminha diante
da multidão.
Chama açoitada
pela ventania
das
circunstâncias
adversas...
Árvore sublime
batida pelas
varas da
exigência
incessante...
Ninguém o vê
rodeado de
colaboradores
completos, mas
de problemas a
resolver.
E, renteando com
os doentes e
aflitos que lhe
solicitam
apoio, todas as
personalidades
que lhe cruzam a
senda
representam
atitudes
diversas,
reclamando-lhe
paciência.
João Batista
duvida.
Natanael
questiona.
Nicodemos
indaga.
Zaqueu observa.
Caifás conspira.
Judas deserta.
Pedro nega.
Pilatos finge.
Antipas
escarnece.
Tomé desconfia.
Apesar de tudo,
Ele passa,
sozinho e
imperturbável,
como sendo o
amor não-amado,
ensinando e
ajudando
sempre.
*
Assim também, na
instituição em
que transitas,
encontrarás em
quase todos os
companheiros
oportunidades de
aprender ou de
auxiliar.
A cada passo,
encontrarás os
que te pedem
amparo...
Os que te rogam
alívio...
Os que te
suplicam
consolo...
Os que esperam
entendimento...
Não te faltarão,
contudo,
igualmente, os
que te desafiam
a calma...
Os que te zombam
dos ideais...
Os que te
complicam as
horas...
Os que te criam
dificuldades...
Os que te ferem
o coração...
Entretanto, se
conheces o
caminho exato, é
preciso ajudes
aos que se
transviam; se te
equilibras, é
preciso socorras
os que se
perturbam; se te
manténs firme, é
preciso
sustentar os que
caem, e, se já
entesouraste
leve migalha de
luz, é preciso
auxilies os que
se debatem nas
trevas.
Desse modo, não
te faças
distraído quanto
à orientação
que nos é comum,
porquanto o
espírita
verdadeiro,
diante do mal, é
invariavelmente
chamado a fazer
o bem.
Página
psicografada
pelo
médium
Francisco
Cândido
Xavier,
constante
do cap.
10 do
livro
Seara
dos
Médiuns.
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