O uso do idioma
português, se
quisermos errar
menos, requer
leitura
constante e
muita atenção.
Caso contrário,
podemos
tropeçar, como
ocorreu conosco
no texto aqui
publicado na
edição 67, de 3
de agosto
último, em que
escrevemos esta
frase:
“Eis aqui,
então, uma regra
prática...”
Em vez de “eis
aqui”, bastaria
ter escrito:
“Eis, então, uma
regra
prática...”,
evitando a
redundância,
visto que o
vocábulo “eis”
significa “aqui
está”.
Exemplos:
- Eis o vencedor
da Copa (Aqui
está o vencedor
da Copa)
- Eis o que
tenho de
falar-lhes
(Aqui está o que
tenho de
falar-lhes)
- Eis o filme de
que lhe falei
(Aqui está o
filme de que lhe
falei).
*
Três outras
observações
sobre o uso do
vocábulo “eis”:
1) A
expressão “eis
por que”
escreve-se assim
mesmo, com os
vocábulos “por”
e “que”
separados.
Exemplos:
- Eis por que me
afastei daquele
grupo.
- Eis por que
começou o
conflito.
2)
Devemos evitar o
uso de “eis
que”, quando for
substituível por
“uma vez que”.
Exemplos:
- Ele deve
vencer o
campeonato, uma
vez que é o
melhor time. (E
não:
Ele deve vencer
o campeonato,
eis que é o
melhor time.)
- O recurso será
rejeitado, uma
vez que é
inepto. (E não:
O recurso
será rejeitado,
eis que é
inepto.)
3) Se não
for substituível
pela locução
“uma vez que”, é
válido usar “eis
que”:
Exemplos:
- Quando menos
esperávamos, eis
que se iniciou a
confusão.
- Eis que surgiu
finalmente a
noiva tão
esperada.