WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)
Você sabe o que
seu filho
faz na
internet?
A advogada
Patrícia
Pinheiro,
especialista em
Direito Digital,
concedeu notável
entrevista à TV
Senado,
abordando
questões
pertinentes à
internet e aos
crimes cometidos
na rede de
computadores.
O advento da
internet quebrou
barreiras
geográficas e
culturais
simbolizando
novos rumos
sociais,
econômicos,
atingindo também
os meios
jurídicos.
Muitas pessoas,
porém, ignoram
que há crimes na
internet e agem
de forma
imatura,
diríamos até que
irresponsável,
ao presentear
seus filhos com
os novos
equipamentos sem
orientá-los na
forma coerente e
ética de se
portar
digitalmente.
Os benefícios
ofertados pela
tecnologia devem
servir para
facilitar a
vida, jamais
complicar, no
entanto, o uso
indiscriminado
dessas novas
formas de
comunicação,
baseado pelo
desconhecimento
e pela falta de
instrução e
esclarecimento,
pode trazer
grandes
dissabores.
Significativo exemplo narrado
pela advogada
ilustra com
propriedade essa
realidade:
Em cidade do
interior de
nosso Brasil,
uma criança de 9
anos foi
presenteada
pelos pais com
polpudo aparelho
celular, com
todas as
parafernálias
que a tecnologia
proporciona.
O garoto, sem
instrução e
esclarecimento,
levou seu
aparelho celular
na escola.
Enquanto a
professora
explicava a
matéria ele e
mais alguns
amigos utilizam
o aparelho para
tirar fotos das
roupas íntimas
das colegas de
classe mais
desatentas.
Depois da aula
os garotos
reuniram-se na
casa de um amigo
mais velho e
disponibilizaram
as fotos das
roupas íntimas
das garotas em
conhecido
site de
relacionamentos,
expondo-as ao
ridículo não
apenas no
Brasil, mas em
todo o mundo,
porquanto a
internet tem
esse poder de
quebrar as
barreiras
geográficas.
Obviamente que
as vítimas e
seus pais não
ficaram nada
contentes com
tal invasão,
tomaram atitude
drástica que
envolveu também
a direção da
escola, enfim,
estava
estabelecida uma
briga infindável
por pura falta
de informação e
esclarecimento
por parte dos
pais, que
deveriam ser os
responsáveis em
orientar os
filhos nessas
questões que
envolvem,
sobretudo, a
educação digital
de seus
rebentos.
Diante do relato
da advogada,
ficam-nos alguns
pontos a
considerar:
Com as novas
tecnologias, que
imprimem novos
costumes, os
pais devem estar
atentos e
conectados ao
mundo virtual.
Antes dizíamos a
nossos filhos:
Não aceite nada
de estranhos.
Hoje é preciso
dizer também:
Não aceite
e-mail de
estranhos.
Antes dizíamos a
nossos filhos:
Cuidado com suas
amizades. Hoje
temos que
acrescentar:
Cuidado com suas
comunidades.
Antes dizíamos a
nossos filhos:
Você deve ter
uma vida pautada
em valores
éticos. Hoje não
podemos esquecer
de afirmar: Você
deve ter uma
vida pautada em
valores éticos,
morais e
digitais.
As novidades que
apresentam o
mundo moderno
não podem estar
ao alcance
apenas dos
filhos. Os pais
também
necessitam se
modernizar,
antenando-se com
a realidade de
evolução ditada
pelo mundo
contemporâneo,
de modo a
facilitar as
formas de
comunicação com
os filhos, para
que assim possam
esclarecer a
maneira correta
de proceder
diante da
enxurrada de
novidades
advindas da
evolução humana.
Ora, se
compramos a
nossos filhos
celulares para
controlar seus
passos, de bom
alvitre que os
ensinemos as
formas coerentes
e sensatas de
utilizar esse
celular, de modo
a não causar
constrangimentos
aos outros e
dores de cabeça
a nós mesmos.
Em todas as
instâncias da
vida, a educação
recebida no seio
familiar será
sempre a bússola
que orienta o
caminho dos
filhos. Se
cedemos aos
apelos da
tecnologia,
importante
também darmos
aos filhos os
subsídios da
educação para
que a tecnologia
se transforme em
ferramenta de
inclusão e
transformação, e
não em aguda dor
de cabeça que
pode se estender
anos a fio por
culpa de nossa
negligência.
Pensemos nisso.