GERSON SIMÕES
MONTEIRO
gerson@radioriodejaneiro.am.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Reencarnação de
Santos Dumont
O leitor Gilson
Machado me
perguntou o
seguinte: se o
Espírito Santos
Dumont já havia
se comunicado
por algum
médium; se já
estaria
reencarnado; ou
se estava no
mundo espiritual
assistindo às
comemorações do
centenário do
primeiro vôo do
seu avião 14 BIS
em torno da
Torre Eifel, em
Paris. Bem
respondendo à
sua primeira
pergunta,
informo-lhe que
em julho de
1948, Santos
Dumont enviou
pelo médium
Chico Xavier uma
oportuna
mensagem,
na qual diz em
certo trecho:
“Não há vôo mais
divino que o da
alma. Não existe
mundo mais nobre
a conquistar,
além do que se
localiza na
própria
consciência,
quando
deliberarmos
converter-nos ao
bem supremo.
Alcemos corações
e pensamentos ao
Cristo”. O texto
na íntegra está
publicado no
livro Trinta
Anos com Chico
Xavier.
Com relação à
sua segunda
pergunta,
esclareço-lhe
que ele
reencarnou na
cidade de
Campos, em março
de 1956, como
filho de Clovis
Tavares e de
Hilda Mussa
Tavares, com o
nome de Carlos
Vitor, segundo
revelação de
Chico Xavier.
Aos nove meses
de idade ele
caiu de um
carrinho de
bebê, e com o
tombo deslocou a
vértebra
cervical,
ficando
tetraplégico.
Esse fato foi
narrado por seu
irmão Dr. Flavio
Mussa Tavares,
médico
homeopata, ao
ser entrevistado
pelo jornal
Folha Espírita
de abril desse
ano.
Dr. Flávio
disse, também,
que seu irmão,
Carlos Vitor, a
partir daí
passou a
depender
totalmente de
seus pais, dele
e de sua irmã,
vindo a
desencarnar aos
17 anos de
idade, em
fevereiro de
1973. Como se
sabe, Santos
Dumont
enforcou-se no
dia 23 de julho
de 1931, no
Guarujá, em São
Paulo, ao ficar
deprimido
durante a
revolta
constitucionalista,
quando
presenciou
mineiros e
paulistas a
digladiarem-se
pelo céu, usando
o avião como
arma de guerra.
Não suportando
ver o seu
invento sendo
usado para
matar, cometeu o
suicídio.
Foi por isso,
diz Chico
Xavier, que o
Espírito Santos
Dumont, antes de
reencarnar,
decidiu expiar a
sua morte pelo
suicídio, por
meio de uma vida
curta como
paraplégico. Eis
por que a queda
acidental
sofrida por
Carlos Vitor,
aos nove meses
de idade,
deslocou a sua
vértebra
cervical. Chico
Xavier disse,
também, num
programa de TV,
que a vértebra
já estava
deslocada no seu
perispírito,
isto é, no corpo
semimaterial que
envolve o
Espírito, lesada
ao se enforcar.
Esse depoimento,
aliás,
encontra-se
registrado no
livro Jesus e
Nós.
GERSON SIMÕES
MONTEIRO é
presidente da
Fundação
Cristã-Espírita
Paulo de Tarso,
do Rio de
Janeiro, RJ, e
diretor da Rádio
Rio de Janeiro.