Maria Luísa pergunta-nos que
diferença existe entre
metempsicose e reencarnação.
A reencarnação é a volta de
um Espírito a uma nova
encarnação, processo que o
Criador nos concede para
atingirmos a meta de nossa
evolução, de nosso progresso
individual e do mundo em que
vivemos. Não se deve
confundi-la com
metempsicose, porque a
reencarnação dos Espíritos
só se dá na espécie humana,
enquanto a doutrina da
metempsicose, que o
Espiritismo não admite em
nenhuma hipótese, admite a
retrogradação, ou seja, a
reencarnação de uma alma
humana em corpos de animais
e vice-versa.
A Doutrina Espírita é, no
tocante a esse assunto,
bastante precisa: o homem
pode estacionar, mas nunca
retroceder na sua caminhada
rumo à perfeição. A doutrina
da reencarnação, tal como
ensinada pelo Espiritismo,
se funda na marcha
ascendente da Natureza e no
progresso do homem, dentro
de sua própria espécie. Ele
pode, numa existência
futura, renascer em um meio
mais humilde, mais singelo,
menos dotado de recursos
materiais, mas será sempre
ele mesmo, com a
inteligência e as virtudes
adquiridas ao longo do tempo
por seu Espírito.
A doutrina da metempsicose
constitui um equívoco, mas é
provável que sua origem
repouse num fato verdadeiro,
ou seja, a passagem do
princípio espiritual, em seu
processo evolutivo, pelos
reinos inferiores da
Natureza.
Chegado, porém,
ao chamado reino hominal,
não existe nenhuma
possibilidade de reencarnar
em corpos de criaturas
pertencentes aos reinos
inferiores à humanidade.
O Espírito só chega ao
período de humanização
depois de se haver elaborado
e individualizado nos
diversos graus dos seres
inferiores da Criação, como
é ensinado na obra de
Kardec, de Delanne e de
André Luiz.
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