Em 1990,
representantes
dos oito
países
que falam
português
(Portugal,
Brasil, Angola,
Moçambique,
Guiné-Bissau,
São Tomé e
Príncipe, Cabo
Verde e Timor
Leste) decidiram
simplificar a
grafia e
unificar as
regras.
A implementação,
no entanto, é
lenta. É preciso
que os países
ratifiquem as
mudanças, como
fez o Congresso
Nacional
brasileiro. Os
portugueses
ratificaram o
acordo em maio
de 2008.
Veja quais as
principais
mudanças que
ocorrerão na
ortografia,
provavelmente a
partir de 2009:
Fim do trema
A palavra
freqüente
passará a ser
escrita
frequente.
Eliminação de
acentos em
ditongos
Não haverá mais
acento nos
ditongos “ei”
paroxítonas.
Assim, idéia
vira ideia. O
acento
circunflexo
quando dois “os”
ficam juntos
também some.
Assim, vôo vira
voo.
Cai o
acento
diferencial
Assim, pára do
verbo parar vai
ficar apenas
para.
Mudanças nos
hifens
Sairá a maioria
dos hifens em
palavras
compostas. Assim
pára-quedas vira
paraquedas.
Quanto houver
necessidade,
será dobrada a
consoante. Assim
contra-regra
virará
contrarregra.
Será mantido o
hífen em
palavras
compostas cuja
segunda palavra
começa com h,
como
pré-história.
Em substantivos
compostos cuja
última letra da
primeira palavra
e a primeira
letra da palavra
seguinte forem a
mesma, será
feita a
introdução do
hífen. Assim
microondas deve
virar
micro-ondas.
Inclusão de
letras
As letras antes
suprimidas do
alfabeto
português (k, y
e w) voltam, mas
só valem para
manter as
grafias de
palavras
estrangeiras.
Fim das letras
mudas
Em Portugal, é
comum a grafia
de letras que
não são
pronunciadas,
como facto, cuja
pronúncia é
fato. Essas
letras sumirão
com a reforma.
Dupla acentuação
Há algumas
diferenças de
acentuação entre
o Brasil e
Portugal
principalmente
quando se trata
dos acentos
circunflexo e
agudo. Assim, os
brasileiros
escrevem
econômico e os
portugueses,
económico. Essa
diferença será
mantida.