WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Servindo somos
servidos
“Quando você
age em favor de
alguém, você
está induzindo
outros a agir em
seu benefício”.
(André Luiz,
psicografia de
Francisco C.
Xavier, “Respostas
da Vida”.)
A vida dá a cada
um de nós aquilo
que oferecemos a
ela. Da forma
que tratamos o
próximo estamos
dizendo como
devemos ser
tratados. Tais
assertivas são
inquestionáveis
e merecem
acurada e
profunda
reflexão, pois,
a não
observância
delas tem feito
correr, nos
corações
humanos, rios de
lágrimas e
aberto abismos
de intensos
sofrimentos.
Quando Jesus, em
toda a Sua
monumental
sabedoria,
informou que
devíamos amar
até mesmo aos
inimigos, não
estava apenas
falando de uma
bela filosofia
de vida, mas,
naquele momento,
entregou à
humanidade um
manual de boa
convivência, de
respeito mútuo,
de
sociabilidade.
Quem não
consegue viver
pacificamente
com seus irmãos
carrega um
tanque de guerra
no peito.
Na oportunidade
em que Francisco
de Assis, em sua
tarefa
missionária de
atender aos mais
oprimidos,
pronunciou em
sua oração: “é
dando que se
recebe”, deixou
bem nítido que,
dentro da lei de
ação e reação,
teremos em nós
mesmos aquilo
que fazemos aos
outros. Aquele
que age
impensadamente
ferindo pessoas
cultiva um
vulcão de
desequilíbrios
na mente.
Os ensinamentos
evangélicos
estão no mundo
há muito tempo.
A humanidade
jamais poderá
ignorá-los, no
entanto, eles
ainda
permanecem, em
grande parte,
apenas guardados
na mente do povo
e pouco, muito
pouco, abrigados
nos corações e
vivenciados na
prática. Assim,
por não
exercitá-los com
freqüência,
segue o homem a
colher os
espinhos da dor
e o fel das
decepções.
Em realidade, o
bem que fazemos
a qualquer
criatura, em
qualquer
circunstância e
em qualquer
época, será
sempre o nosso
advogado de
defesa em todos
os quadrantes do
universo, pois
momento chegará
em que
precisaremos da
piedade alheia.
Nossa fortuna,
fama, poder,
prestígio e
autoridade não
conseguirão
evitar as
tormentas que
nascerão das
ações
intempestivas
perpetradas
contra o
próximo, pois
que a dor que
causamos ao
irmão, mais cedo
ou mais tarde,
será a dor que
vamos sentir em
nós mesmos, pois
assim funciona a
lei de causa e
efeito.
Portanto, quando
cuidamos com
carinho dos
idosos que moram
conosco,
educamos as
crianças que
vivem em nossos
lares,
exemplificamos a
dignidade aos
jovens,
amparamos
famílias em
penúria, ouvimos
as lamentações
dos que sofrem
dores morais,
socorremos a
infância
abandonada,
instruímos os
menos dotados
intelectualmente,
caminhamos com
os solitários,
abraçamos os
criminosos,
assistimos os
desesperados,
estamos
informando à
sociedade a que
pertencemos,
além da vivência
prática dos
ensinamentos do
Cristo, a forma
como queremos
ser tratados.
Como podemos
perceber, não
existe nenhuma
novidade neste
aspecto
enfocado, tudo é
muito antigo, já
por demais
propalado,
apenas a
criatura humana
ainda insiste em
seguir seus
passos na
contramão do
óbvio, do lógico
e do racional.
Claro, as
conseqüências
nefastas dessa
decisão estão
pululando ao
redor dos
desavisados.
Não é difícil
concluir, então,
que as sábias
leis de Deus não
punem e nem
castigam
ninguém, antes
são de muito
amor e justiça,
apenas não
aprendemos ainda
a vivenciá-las
em sua
totalidade, e
nessa
inobservância
está,
inquestionavelmente,
o nascedouro das
dores e
sofrimentos que
atormentam tanto
a humanidade
inteira.