R.: A identidade dos
Espíritos aí se verifica
pela forma dos
caracteres traçados,
pela analogia das
assinaturas, pelo estilo
e até pelos erros de
grafia habituais a esses
Espíritos, tornando-se
ainda mais evidente essa
identidade nos fenômenos
de incorporação.
(Obra citada, cap. IX,
pp. 190.)
Texto para leitura
141. Mais comum que o
precedente, é o fenômeno
da escrita mediúnica. O
sensitivo, sob um
impulso oculto, traça no
papel comunicações,
mensagens em cuja
redação o seu pensamento
e vontade tiveram parte
mínima. Puramente
mecânica em certos
médiuns, no maior número
é ela semimecânica;
neste caso o braço e o
cérebro são igualmente
influenciados. (P. 179)
142. O autor apresenta 6
exemplos de mensagens
obtidas pela escrita
mediúnica. Numa delas,
assinada pelo Espírito
de Jerônimo de Praga,
este aconselha: “Ensinai
a prece à criança, desde
o berço! Todo ser, mesmo
no extravio das paixões,
conserva a lembrança da
impressão recebida no
limiar da vida...” (P.
181)
143. Falando sobre a
reencarnação, o Espírito
de um ex-pastor afirma
que o progresso social
dará um passo imenso
quando a idéia da
reencarnação se houver
novamente senhoreado da
mentalidade humana. “As
misérias e provações do
homem lhe parecerão
menos dolorosas, porque
terão para ele um
sentido positivo.” (P.
185)
144. Oliver Lodge
descreveu numa reunião
realizada em 30 de
janeiro de 1908, na
Sociedade de
Investigações Psíquicas,
de Londres, um novo
processo de comunicação
com os Espíritos, sob o
nome de “cross-correspondence”,
isto é, o recebimento
por um médium de parte
da comunicação, sendo a
outra parte recebida por
outro médium, não
podendo cada uma dessas
partes ser compreendida
sem a adjunção da outra.
(PP. 187 e 188)
145. Os ingleses
fundaram um escritório
de comunicações
regulares com o outro
mundo, organizado pelo
escritor W. Stead, em
Londres, a pedido de uma
amiga desaparecida,
srta. Júlia Ames, que se
propôs vir em auxílio
não só dos desencarnados
que procuram contatos
com seus familiares, mas
dos encarnados
acabrunhados com a perda
de um ente caro. (P.
188)
146. Foi com
comunicações
extraordinárias,
animadas de um sopro
vigoroso e que trazem o
cunho de Espíritos
verdadeiramente
superiores, que se
constituiu a doutrina do
Espiritismo. (P. 190)
147. Os fenômenos de
escrita direta ou
automática são
completados e
confirmados pelos fatos
de incorporação. Nestes,
os Espíritos já não se
contentam com órgãos de
um médium adormecido.
Este, mergulhado por
eles em um sono
magnético, abandona o
seu invólucro a
entidades invisíveis,
que dele se apoderam
para conversar com os
assistentes. (P. 190)
148. Por esse meio,
sugestivas conversações
são entabuladas entre os
Espíritos e seus
parentes e amigos
deixados na Terra, e a
identidade aí se
verifica pela forma dos
caracteres traçados,
pela analogia das
assinaturas, pelo estilo
e até pelos erros de
grafia habituais a esses
Espíritos, tornando-se
ainda mais evidente essa
identidade nos fenômenos
de incorporação. (P.
190)
149. Falando sobre sua
própria experiência no
campo da mediunidade,
onde contou por muito
tempo com dois médiuns
de incorporação, o autor
diz que essa íntima
comunhão com o mundo
invisível descerrou-lhe
infinitas perspectivas
ao pensamento, influiu
em todos os seus atos,
esclareceu com uma luz
intensa a trilha de sua
existência. (PP. 192 e
193)
150. As provas da
realidade das
manifestações não se
obtêm em poucos dias.
Crookes, Zöllner,
Lombroso, Myers e outros
sábios estudaram a
questão longos anos e
não se contentaram em
assistir a algumas
poucas sessões. (P. 194)
151. Entre as teorias
lançadas à circulação
para explicar os
fenômenos espíritas, a
da alucinação ocupa
sempre o maior lugar.
Perdeu, entretanto, toda
a razão de ser, à vista
das fotografias de
Espíritos obtidas por
Aksakof, Crookes e
outros. (P. 194)
152. Os médiuns,
escrevendo de forma
automática, não são
mergulhados em sono
hipnótico. É no estado
de vigília, na plenitude
de suas faculdades e do
seu “eu” consciente, que
os médiuns escrevem, sob
o impulso dos Espíritos.
(P. 198)
153. Nas experiências de
Pierre Janet, há sempre
um hipnotizador em
ligação magnética com o
sensitivo. Não é isso
que se dá nas sessões
espíritas; nem o
evocador, nem os
assistentes atuam sobre
o médium. (P. 198)
154. Não se conseguiria,
mediante a sugestão,
fazer que analfabetos
escrevam, nem se poderia
provocar a aparição de
mãos e formas humanas,
nem ainda a escrita em
ardósias trazidas por
observadores que não as
largam um só momento.
(P. 198)
(Continua na próxima
edição.)