Trabalho além da
Terra
Além da morte, a
alma continua
naquilo que
começou a fazer
na existência
física.
*
E em razão de
cada criatura
transportar
consigo a
experiência a
que se afeiçoa,
a Sabedoria
Divina concede a
cada espírito
encarnado
determinada
tarefa, que, na
essência, vale
por ensaio
precioso, à
frente do
serviço que lhe
competirá no
amanhã eterno.
*
Vemos, na Terra,
diversificar-se
o trabalho...
Esse ensina.
Aquele dirige.
Aquele outro
obedece.
Aqui, possuímos
quem edifique.
Além, há quem
cure.
Adiante, há quem
esclareça.
*
Entretanto, se o
professor apenas
faz jus à
remuneração
financeira, não
terá conquistado
o santuário da
educação.
Se o dirigente
foge à
exemplificação e
à nobreza
íntima, não terá
conhecido a
verdadeira
autoridade.
Se o cooperador
subalterno
menoscaba a
atenção para com
o bem comum,
viverá muito
longe do prazer
de servir.
Se quem levanta
paredes e
monumentos
cinge-se apenas
ao interesse
particular, não
terá percebido a
beleza da
construção.
Se quem alivia
as dores humanas
procura
simplesmente o
lucro fácil,
decerto
desconhecerá o
divino templo da
cura.
E se quem
esclarece foge
ao devotamento
e à serenidade,
preferindo
localizar-se
entre a
exigência e a
aspereza, não
acenderá no
caminho a luz do
amor.
*
Não olvides que
as tuas
atividades, fora
do corpo denso,
serão sempre a
continuação
daquilo que
fazes por dentro
de ti,
obedecendo ao
próprio coração.
*
Não basta erguer
braços ágeis,
deitar
fraseologia
preciosa ou
provocar
excessivo
movimento em
torno de teus
dias, porque há
muitas mãos
operosas na
extensão da
sombra, muito
verbo faustoso
na exploração
menos digna e
muito ruído vão,
provocando, onde
existe,
tão-somente
amargura e
cansaço.
*
Ama o serviço
que o Senhor te
confiou, por
mais humilde que
seja, e
oferece-lhe as
tuas melhores
forças, porque
do que hoje
fazes bem, no
proveito de
todos, retirarás
amanhã o justo
alimento, para a
obra que te
erguerá do
insignificante
esforço
terrestre para o
trabalho
espiritual.
Página
psicografada
pelo
médium
Francisco
Cândido
Xavier,
constante
do cap.
13 do
livro
Mediunidade
e
Sintonia.
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