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Clássicos do Espiritismo
Ano 2 - N° 75 - 28 de Setembro de 2008

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Cristianismo e Espiritismo

 Léon Denis

(Parte 12)

Damos continuidade ao estudo do clássico Cristianismo e Espiritismo, de Léon Denis, conforme a 6a edição publicada pela Federação Espírita Brasileira com base em tradução de Leopoldo Cirne.

Questões preliminares  

A. É certo dizer que o homem possui muitas consciências?

R.: Não. O homem não possui muitas consciências. Nele, o que há são estados de consciência. À medida que o Espírito se desprende da matéria e se emancipa de seu invólucro carnal, suas faculdades, suas percepções se ampliam, despertam as recordações, dilata-se a irradiação da personalidade, seja no “transe”, seja no sono magnético. (Cristianismo e Espiritismo, cap. IX, pp. 202 e 203.)

B. Por que constitui uma tolice atribuir aos demônios as manifestações espíritas?

R.: Atribuir aos demônios essas manifestações constitui argumento cediço, porque, como diz a Escritura, deve julgar-se a árvore por seus frutos. Ora, se ponderarmos todo o bem moral que já realizou o Espiritismo, se considerarmos quantos céticos, indiferentes, sensuais, têm sido por ele encaminhados, teremos de concluir que tal demônio trabalha contra seus próprios interesses. Além disso, é preciso entender que Satanás não passa de um mito. Não existe ser algum votado eternamente ao mal. (Obra citada, cap. IX, p. 203.)

C. Cite um dos perigos que pode apresentar a prática espírita.

R.: Um dos perigos para quem faz do Espiritismo uma frívola diversão é atrair Espíritos inferiores e levianos, que não têm escrúpulo em mistificar e travar com tais pessoas relações que podem conduzi-las até à obsessão. (Obra citada, cap. IX, pp. 204 e 205.) 

Texto para leitura

155. É preciso recordar que a doutrina dos Espíritos foi constituída mediante numerosas comunicações, obtidas por médiuns escreventes, aos quais eram absolutamente estranhos tais ensinos. Quase todos haviam sido embalados em sua infância pelos ensinos das igrejas, pelas idéias de inferno e paraíso. (P. 199)

156. Conforme demonstrou Charles Richet, o que se denomina a dupla personalidade representa, simplesmente, os diversos estados de uma única e mesma personalidade. O inconsciente não é, pois, mais que uma forma da memória, o despertar em nós de lembranças, de faculdades, de capacidades adormecidas. (P. 200)

157. Temos podido verificar nas inúmeras experiências em que temos tomado parte durante mais de 30 anos que em lugar nenhum os seres invisíveis se apresentam como “inconscientes”, ou “egos” superiores dos médiuns, mas sempre como personalidades diferentes, na plenitude de sua consciência, como individualidades livres que viveram na Terra. (P. 201)

158. Do estudo constante e do exame atento do ser humano, resulta uma coisa: a existência em nós de 3 elementos: o corpo físico, o corpo fluídico ou perispírito, e  a alma ou Espírito. O que se chama o inconsciente, a segunda pessoa, o “eu” superior, a policonsciência etc., é simplesmente o Espírito que, em certas condições de desprendimento e de clarividência, sente em si mesmo produzir-se uma como manifestação de potências ocultas. (P. 202)

159. Entendamos: o homem não possui muitas consciências. Nele, porém, há muitos estados de consciência. À medida que o Espírito se desprende da matéria e se emancipa de seu invólucro carnal, suas faculdades, suas percepções se ampliam, despertam as recordações, dilata-se a irradiação da personalidade, seja no “transe”, seja no sono magnético. (P. 202)

160. Evidentemente, isso não basta para explicar os fenômenos espíritas: na maioria dos casos, a intervenção de Inteligências estranhas, de vontades livres e autônomas, impõe-se como a única explicação racional. (P. 203)

161. Atribuir aos demônios essas manifestações constitui argumento cediço. “Deve julgar-se a árvore pelos frutos”, diz a Escritura. Ora, se ponderarmos todo o bem moral que já realizou o Espiritismo, se considerarmos quantos céticos, indiferentes, sensuais, têm sido por ele encaminhados, teremos de concluir que  tal demônio trabalha contra seus próprios interesses. (P. 203)

162. O que noutro lugar dissemos do inferno e dos demônios nos dispensa de insistir neste ponto. Satanás não passa de um mito. Não existe ser algum votado eternamente ao mal. (P. 203)

163. Há muitas pessoas que fazem do Espiritismo frívola diversão e atraem Espíritos inferiores e levianos, que não têm escrúpulo em mistificá-las e travar com elas relações que podem conduzir até à obsessão. Tais perigos podem ser facilmente conjurados, abstendo-se as pessoas, nas sessões, de todo pensamento frívolo, de todo objetivo interesseiro. (P. 204)

164. É perigoso trabalhar sozinho, sem inspeção, sem proteção eficaz; é perigoso entregar-se insuladamente às evocações espíritas. Para evitar as más influências e afastar os riscos, deve-se procurar o concurso de pequeno número de pessoas esclarecidas, votadas ao bem, sob a direção de um espiritista experimentado. (P. 205)

165. As manifestações ocultas se produzem sob todas as formas, desde as mais banais às mais transcendentes, conforme o grau de elevação das Inteligências que intervêm, e seu intuito não é outro senão mostrar ao homem que ele não é apenas matéria perecível, mas que tem dentro de si uma essência que sobrevive ao corpo. (PP. 206 e 207)

166. Há, pois, na observação desses fatos o germe de uma revolução que abrangerá progressivamente todo o domínio dos conhecimentos humanos. A vida aparece-nos agora sob um duplo aspecto: corporal e fluídica. (P. 207)

167. Devido à existência de falsos profetas no mundo invisível é que a nova revelação reveste um caráter inteiramente diferente. Não é mais uma obra individual, nem se produz num meio circunscrito. É dada em todos os pontos do globo, aos que a procuram, por intermédio de pessoas de todas as idades, condições e nacionalidades. (P. 210)

168. Os adversários fizeram da questão da divergência de opiniões no ensino dos Espíritos uma arma contra o Espiritismo, porque certos Espíritos, em países anglo-saxônios, parecem negar a reencarnação das almas na Terra. Em toda parte, porém, excetuados os aludidos países, os Espíritos afirmam a realidade do princípio das existências sucessivas. (P. 212)

169. O número de espiritualistas anti-reencarnacionistas, na América do Norte como na Inglaterra, tem diminuído dia a dia, ao passo que o dos partidários da reencarnação não cessa de aumentar. (P. 213) (Continua na próxima edição.) 
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita