ORSON PETER
CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo
(Brasil)
Simplicidade
e grandeza
do
Espiritismo
A Doutrina
Espírita, por
seus fundamentos
e desdobramentos
próprios de seu
conteúdo
doutrinário, é
grandiosa por
várias razões.
Entre elas,
destacam-se os
benefícios
diretos do
esclarecimento à
mente humana,
embasados na
mais perfeita
lógica e bom
senso, além do
conforto ao
coração pelo
consolo próprio
da mensagem
totalmente
estruturada no
Evangelho de
Jesus.
Suas respostas
aos extensos
questionamentos
humanos, todas
construídas nas
bases da
ciência, da
filosofia e da
religião, aliás,
tríplice aspecto
de seus
fundamentos,
atendem a todos
os estágios do
intelecto
humano, desde
que a pessoa se
liberte de
preconceitos e
aceite estudar
para conhecer ao
menos, ainda que
a título
cultural, pois
que a Doutrina
Espírita deseja
apenas ser
conhecida, nunca
imposta.
Suas bases
inspiram o amor
ao próximo, no
amplo sentido da
caridade,
dispensam
quaisquer
formalismos ou
rituais,
convidam à fé
racional e
estimulam o
auto-aprimoramento
e o trabalho no
bem como
ferramentas de
conquista do
mérito da
felicidade
acessível a
qualquer
pessoa.
Por isso, estão
distantes da
prática espírita
as manifestações
de vaidade, da
autopromoção, da
imposição de
idéias, dos
abusos de
qualquer
espécie, da
exploração da fé
e mesmo a
obtenção de
quaisquer
vantagens. E
como agora a
idéia espírita
já encontra
ampla aceitação
no meio popular,
surgem os
perigos da
infiltração de
idéias e
posicionamentos
estranhos à
simplicidade e
grandeza da
mensagem
espírita.
É onde surge o
exibicionismo ou
a publicação de
obras estranhas,
com ideologias
conflitantes com
a pureza dos
princípios
espíritas,
comprometendo a
lógica e o bom
senso tão bem
expressos na
genuína
literatura
espírita. É onde
surgem o uso de
termos exóticos,
de difícil
compreensão para
o grande
público,
complicando a
simplicidade dos
ensinos; eventos
ou promoções
inacessíveis à
grande massa
popular,
distanciando o
pensamento
confortador de
Jesus das
angústias do
povo... e mais
os festivais de
vaidades que
humilham, ou
exigências
descabidas,
totalmente
incoerentes com
a simplicidade
dos ensinos do
amor trazidos
pelo Mestre de
Humanidade.
Mas é na
literatura e na
tribuna, talvez,
sem contar as
alfinetadas
próprias do
difícil
relacionamento
humano, que
estamos nos
comprometendo
mais. É quando
não
simplificamos os
ensinos e
desejamos dar
demonstrações
intelectuais ao
invés de nos
preocuparmos com
a clareza
própria do
Espiritismo.
Temos que
“mastigar” os
ensinos para a
mente popular,
temos que fazer
chegar a
grandeza do
Espiritismo no
cotidiano das
dificuldades que
a pessoa está
enfrentando para
que possa
superar seus
dramas e
angústias.
Ninguém nega,
todavia, que há
eventos, estudos
e literatura
específica que
exigem mais
qualificação e
direcionamento
específico.
Mas complicar
algo tão simples
e ao mesmo tempo
grandioso,
inventar
teorias,
preocupar-se com
opiniões
pessoais,
desejar
projetar-se
através de
teorias
esdrúxulas,
estranhas e
incoerentes, já
é outra coisa
que se situa
muito distante
da proposta de
renovação e
aprimoramento
trazida pelo
Espiritismo.
Que possamos
despertar dessa
letargia de uma
concorrência que
tenta
sobrepor-se ao
próprio
Espiritismo para
voltarmos a
atenção devida e
merecida à
tarefa que
mutuamente
assumimos de
honrar o
conhecimento
libertador da
extraordinária
Doutrina
Espírita.
Livros ou
teorias
estranhas ao
Espiritismo, que
tentam impor
idéias
esdrúxulas?
Basta seguir o
conselho de
Erasto em O
Livro dos
Médiuns (*):
“(...) Desde
que uma opinião
nova se
apresenta, por
pouco que nos
pareça duvidosa,
passai-a pelo
crivo da razão e
da lógica; o que
a razão e o bom
senso reprovam,
rejeitai
ousadamente;
vale mais
repelir dez
verdades do que
admitir uma só
mentira
(...)”.
(*) Capítulo XX,
item 230.