ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
O
contraceptivo da
ociosidade
“Meu Pai
trabalha até
agora, e eu
também trabalho”
–
Jesus. (João,
5:17)
São terríveis e
danosas as
fecundações da
ociosidade que
se traduzem em
obsessão,
loucura,
delinqüência,
depressão,
enfermidade,
pessimismo.
Portanto, não é
sem motivo que a
nobre Mentora
Joanna de
Ângelis avisa
(1):
“Hora vazia,
nunca!
– Grandes
males são
maquinados
quando se dispõe
de espaço mental
em aberto.
Cabeça ociosa é
perigo à vista.
Mãos desocupadas
facultam o
desequilíbrio
que se instala”.
Em seu outro
livro:
“Convites da
Vida”, cap.
57, a Mentora
expõe:
“(...) Todo
trabalho é
sempre veículo
de renovação,
processo
dignificante, em
cujo exercício o
homem se eleva,
elevando a
Humanidade com
ele. Sejam quais
forem as tuas
possibilidades
sociais ou
econômicas,
trabalha! Se
necessitas
armazenar
moedas, com
finalidade
previdenciária,
trabalha sem
desânimo; se
projetas a
aquisição
honrosa da paz e
do pão, trabalha
com
proficiência; se
és independente,
trabalha pelo
bem comum,
convertendo a
hora da
ociosidade em
bênção para os
outros.
“Trabalhando,
estarás menos
vulnerável à
agressão dos
males ou à
leviandade dos
maus. O trabalho
é mensagem de
vida, colocada
na direção da
criatura para
construir a
felicidade que
todos
perseguimos.
“Recorda o apelo
do Mestre:
‘Trabalhai não
pela comida que
perece, mas pela
comida que
permanece para a
vida eterna, a
qual o Filho do
Homem vos
dará’, e não
desfaleças,
porque o
trabalho
contínuo e nobre
falará pelos
teus pensamentos
e palavras em
atos que te
seguirão até
além das
fronteiras da
vida
orgânica”.
Segundo Emmanuel
(2),
“(...) a
preguiça
conserva a
cabeça
desocupada e as
mãos ociosas; a
cabeça
desocupada e as
mãos ociosas
encontram a
desordem; a
desordem cai no
tempo da
indisciplina; o
tempo sem
disciplina vai
para a
invigilância; a
invigilância
patrocina a
conversação sem
proveito; a
conversação sem
proveito
entretece as
sombras da
cegueira do
Espírito; a
cegueira do
Espírito promove
o desequilíbrio;
o desequilíbrio
atrai o orgulho;
o orgulho
alimenta a
vaidade; a
vaidade agrava a
preguiça.
“Como é fácil de
perceber, a
preguiça é
suscetível de
desencadear
todos os males,
assim como a
treva é capaz de
induzir a todos
os erros. O
primeiro passo
para
libertar-nos da
inércia será
sempre
trabalhar”.
O trabalho é,
portanto, o mais
eficaz
contraceptivo da
ociosidade. Por
isso os
Espíritos
superiores
responderam (3)
a Kardec que o
trabalho é lei
da Natureza e
que o seu limite
é o das forças.
Deus deseja que
cada um seja
útil de acordo
com as próprias
faculdades.
Casimiro Cunha,
inspiradamente,
diz:
“Não olvides que
o trabalho
É fonte de paz e
luz.
Jamais te
esqueças, meu
filho,
Que teu modelo é
Jesus”.
Fontes:
(1)
FRANCO, Divaldo.
Episódios
diários.
Salvador: LEAL,
1986, cap. 8, p.
32.
(2)
XAVIER,
Francisco.
Coragem, 4ª.
ed., Uberaba:
CEC, 2007, p.p.
110-111.
(3)
KARDEC, Allan.
O Livro dos
Espíritos.
83ª. ed., Rio
[de Janeiro]:
FEB, 2002,
questões 674,
680 e 683.