R.: Para essas almas, a
vida no espaço é cheia
de privações e misérias.
Depois de um estágio de
repouso no espaço, elas
renascem na condição
humana, trazendo as
reservas e aquisições
das vidas pregressas. É
desse modo que se
explicam as
desigualdades morais e
intelectuais que
diferenciam os
habitantes do nosso
mundo. (Obra citada,
cap. X, pp. 220 e 221.)
C. Por que, na condição
de encarnado, o Espírito
esquece suas existências
passadas?
R.: Há nisso uma
necessidade física e uma
necessidade moral, visto
que a recordação das
vidas precedentes
causaria, neste mundo,
as mais graves
perturbações. Os
criminosos seriam
reconhecidos,
repudiados, desprezados
e ficariam, eles
próprios, aterrados e
como que hipnotizados
por suas recordações. O
conhecimento do passado
perpetuaria em nós não
somente a sucessão dos
fatos, como também os
hábitos rotineiros, as
opiniões acanhadas, as
manias pueris,
obstinadas, peculiares
às diversas épocas e que
estorvam o progresso.
(Obra citada, cap. X,
pp. 222 e 223.)
Texto para leitura
179. A evolução se
efetua, alternadamente,
no espaço e na
superfície dos mundos,
através de inúmeras
etapas, ligadas entre si
pela lei de causa e
efeito. A vida presente
é, para cada qual, a
herança do passado e a
gestação do futuro. É
uma escola e um campo de
trabalho; a vida no
espaço que lhe sucede é
a sua resultante. (P.
220)
180. Para as almas
inclinadas à
materialidade, a vida no
espaço é uma vida de
privações e misérias.
Depois de um estágio de
repouso no espaço, a
alma renasce na condição
humana, trazendo as
reservas e aquisições
das vidas pregressas.
Desse modo se explicam
as desigualdades morais
e intelectuais que
diferenciam os
habitantes do nosso
mundo. (PP. 220 e 221)
181. Cada ser humano,
regressando a este
mundo, perde a lembrança
do passado; este, fixado
no perispírito,
desaparece
momentaneamente sob o
invólucro carnal. Há
nisso uma necessidade
física e uma necessidade
moral, porque a
recordação das vidas
precedentes causaria,
neste mundo, as mais
graves perturbações. Os
criminosos seriam
reconhecidos,
repudiados, desprezados
e ficariam, eles
próprios, aterrados e
como que hipnotizados
por suas recordações.
(PP. 222 e 223)
182. O conhecimento do
passado perpetuaria em
nós não somente a
sucessão dos fatos, como
também os hábitos
rotineiros, as opiniões
acanhadas, as manias
pueris, obstinadas,
peculiares às diversas
épocas e que estorvam o
progresso. (P. 223)
183. O mal não é mais
que um efeito de
contraste; não tem
existência própria. O
mal é, para o bem, o que
a sombra é para a luz,
que só apreciamos depois
de havermos sido dela
privados. (P. 227)
184. Deus, em sua pura
essência, dizem os
Espíritos, é qual oceano
de chamas. Deus não tem
forma, mas pode revestir
uma para aparecer às
almas elevadas. É a
recompensa concedida às
grandes dedicações, mas
a sua majestade é de tal
ordem, que os Espíritos
mais puros mal lhe podem
suportar o brilho. (P.
233)
185. O ensino espírita
pode satisfazer a todos,
aos mais aprimorados
Espíritos, como aos mais
modestos, mas dirige-se
principalmente aos que
sofrem, aos que vergam
ao peso de rude labor ou
de dolorosas provações.
(P. 236)
186. “A crença na
imortalidade – disse
Platão – é o laço de
toda a sociedade;
despedaçai esse laço e a
sociedade se
dissolverá.” (P. 238)
(Continua na próxima
edição.)