Um amigo de Curitiba nos
pergunta como interpretar
corretamente a lição contida
na questão 551 d´O Livro dos
Espíritos.
A mencionada questão está
assim redigida:
551. Pode um homem mau, com
o auxílio de um mau Espírito
que lhe seja dedicado, fazer
mal ao seu próximo? “Não;
Deus não o permitiria.”
Apesar dessa resposta, tão
peremptória, sabemos que há
pessoas que sofrem
influências espirituais
negativas e mesmo processos
obsessivos graves.
Como explicar esse fato?
A explicação pode ser
deduzida do que os Espíritos
ensinaram numa questão
próxima, a de número 557,
assim redigida:
557. Podem a bênção e a
maldição atrair o bem e o
mal para aquele sobre quem
são lançadas? “Deus não
escuta a maldição injusta e
culpado perante ele se torna
o que a profere. Como temos
os dois gênios opostos, o
bem e o mal, pode a maldição
exercer momentaneamente
influência, mesmo sobre a
matéria. Tal influência,
porém, só se verifica por
vontade de Deus como aumento
de prova para aquele que é
dela objeto. Demais, o que é
comum é serem amaldiçoados
os maus e abençoados os
bons. Jamais a bênção e a
maldição podem desviar da
senda da justiça a
Providência, que nunca fere
o maldito, senão quando mau,
e cuja proteção não acoberta
senão aquele que a merece.”
De forma resumida, podemos
então concluir que apenas em
caso de expiação ou de
acréscimo de prova é que
alguém pode vir a ser
atingido por uma ação
maléfica produzida por um
indivíduo mau, ajudado por
um Espírito de igual
natureza.
Desse modo, se o indivíduo
não estiver, de acordo com a
lei, incurso na necessidade
de expiação ou de suportar
semelhante prova, Deus não permitirá que tal se dê, e é aí que se torna patente a
intervenção espiritual em
benefício do indivíduo
injustamente visado pelas
forças do mal, de que tantos
exemplos temos visto na
literatura mediúnica,
especialmente nas obras de
André Luiz e Manoel P. de
Miranda.
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