R.: Sim. A ciência e a
religião um dia irão
fusionar-se, unificar-se
em uma síntese, em uma
concepção da vida e do
Universo, que há de
abranger o presente e o
futuro e fixar as leis
eternas do destino. O
moderno Espiritualismo
será o terreno em que se
há de efetuar essa
aproximação. (Obra
citada, cap. XI, pp. 250
e 251.)
C. A doutrina da
Trindade possui algum
fundamento bíblico?
R.: Não. A Bíblia
estabelece como
princípio bastante claro
o mais absoluto
monoteísmo. Nela não se
trata da Trindade. Javé
reina sozinho no céu,
zeloso e solitário.
(Obra citada, Nota
complementar n. 1, p.
266.)
Texto para leitura
200. Com o Espiritismo
aprendemos que: (1) só
possuímos os direitos
que nos conferem o nosso
valor moral, o nosso
grau de adiantamento;
(2) a riqueza impõe
grandes deveres e
onerosas
responsabilidades; (3) a
situação do homem no
mundo é a que para si
mesmo preparou; (4) a
dor é um meio de
elevação; (5) o
sofrimento do presente
repara os erros do
passado. (P. 248)
201. A existência
terrestre – ensina o
Espiritismo – não é mais
que uma página do grande
livro da vida, uma breve
passagem que liga duas
imensidades: a do
passado e a do futuro. É
preciso compreender que
a Justiça eterna não é a
justiça dos homens, e
não pode ser apreciada
senão em suas relações
no conjunto de nossas
existências. (P. 249)
202. Trabalhai com
intrepidez – pede-nos a
Doutrina – em melhorar a
vossa sorte e a dos
vossos semelhantes;
esclarecei a
inteligência;
desenvolvei a razão,
porque, quanto mais
árdua vos for a tarefa,
mais rápido será o vosso
adiantamento. (P. 249)
203. Deste mundo não se
levam bens nem honras,
mas unicamente as
aptidões adquiridas e os
aperfeiçoamentos
realizados. A única
felicidade, a única
harmonia possível neste
mundo, não é realizável
senão pela união com os
nossos semelhantes,
enquanto da divisão
procedem todos os
males. (P. 249)
204. A ciência e a
religião um dia irão
fusionar-se, unificar-se
em uma síntese, em uma
concepção da vida e do
Universo, que há de
abranger o presente e o
futuro e fixar as leis
eternas do destino. O
moderno Espiritualismo
será o terreno em que se
há de efetuar essa
aproximação. (P. 250)
205. O misticismo e o
materialismo tiveram sua
época. O futuro pertence
à nova ciência, à
ciência psíquica, que
estuda todos os
fenômenos e lhes
pesquisa as causas. (P.
252)
206. É sob a influência
do Espiritismo
experimental que essa
evolução científica já
se vai efetuando. O
Espiritismo traz a cada
ciência elementos de uma
verdadeira renovação.
Pela comprovação dos
fenômenos, conduz a
Física à descoberta das
formas sutilíssimas da
matéria. Esclarece os
problemas da Fisiologia
pelo conhecimento do
corpo fluídico. Fornece
à Patologia os meios de
curar a obsessão e os
inúmeros casos de
loucura que com ela se
relacionam. A prática do
magnetismo e a
utilização dos fluidos
curativos revolucionam e
transformam a
Terapêutica. E do mesmo
modo auxilia grandemente
a Psicologia. (P. 252)
207. Uma religião mais
vasta, que a todos
abrangerá, sem ritos,
dogmas ou barreiras, se
delineia. Tal será a
religião do futuro, a
religião universal. O
moderno Espiritualismo,
com as idéias que
provoca, prepara o seu
advento. (P. 255)
208. As igrejas cristãs
não têm razão de se
alarmarem com esse
movimento. A nova
revelação não as vem
destruir, mas
esclarecê-las,
regenerá-las,
fecundá-las. (P. 255)
209. Foi dito por um dos
profetas: “Quando
chegarem os tempos, eu
derramarei o meu
espírito sobre toda a
carne; vossos filhos e
vossas filhas
profetizarão; os
mancebos terão visões e
os velhos sonharão
sonhos”. É chegada essa
época. (P. 256)
210. As potências do
espaço estão em
atividade, por toda
parte sua ação se faz
sentir. Lá, muito acima
da Terra, nos campos
vastíssimos do espaço
vive, pensa, trabalha
uma Igreja invisível
que vela pela
Humanidade. Ela se
compõe dos apóstolos,
dos discípulos do Cristo
e de todos os gênios dos
tempos cristãos. (P.
257)
211. É a Igreja
universal; não é
restrita como as igrejas
da Terra; abrange os
Espíritos de todos os
que sofrem pela verdade.
São suas decisões,
inspiradas por Deus, que
regem o mundo e a marcha
do moderno
Espiritualismo. (P. 257)
212. Jesus não instituiu
nenhum dogma, nenhum
símbolo. Ele é o
iniciador do mundo no
culto do sentimento, na
religião do amor, porque
a justiça não basta; são
precisos o amor, a
caridade, a paciência, a
simplicidade e a
mansidão. (P. 259)
213. Por sobre as ruínas
dos templos, das
civilizações extintas e
dos impérios derrocados;
por sobre o fluxo e
refluxo das marés
humanas, uma grande voz
se eleva dizendo: São
vindos os tempos; os
tempos são chegados!
(P. 261)
214. Para a maior parte
das igrejas cristãs a
Bíblia é a suprema
autoridade, sendo os 66
livros que compõem o
Antigo e o Novo
Testamento a expressão
da “palavra de Deus”.
Nós, filhos curiosos do
século XX, perguntamos:
por que exatamente 66
livros? Por que nem
mais, nem menos?
(P. 263)
215. A Bíblia apresenta,
porém, contradições
curiosas, como no cap.
IV do Gênesis: Caim após
matar Abel se retira
para um país distante,
no qual encontra homens,
casa-se e funda uma
cidade. Isso afeta
gravemente a narrativa
da Criação e a teoria da
unidade de origem das
raças humanas. (P. 265)
216. A Bíblia estabelece
como princípio o mais
absoluto monoteísmo.
Nela não se trata da
Trindade. Javé reina
sozinho no céu, zeloso e
solitário. (P. 266)
217. Mas Deus é
apresentado na Bíblia
sob aspectos múltiplos e
contraditórios. Em dado
momento é ele o melhor
dos pais; em seguida, é
mostrado sem piedade
para com os filhos
culpados. Atribuem-lhe a
onipotência, a infinita
bondade, a soberana
justiça, e rebaixam-no
até ao nível das paixões
humanas, mostrando-o
terrível, parcial e
implacável. (P. 266)
(Continua na próxima
edição.)
A Igreja católica
aceita 72 livros,
sendo 27 do Novo
Testamento e 45 do
Antigo.