Repara a melodia
do silêncio nas
criações
divinas.
No Céu, tudo é
harmonia sem
ostentação de
força.
O Sol brilhando
sem ruído...
Os mundos em
movimento sem
desordem...
As constelações
refulgindo sem
ofuscar-nos...
E, na Terra,
tudo assinala a
música do
silêncio,
exaltando o amor
infinito de
Deus.
A semente
germinando sem
bulício...
A árvore ferida
preparando sem
revolta o fruto
que te
alimenta...
A água que hoje
se oculta no
coração da
fonte, para
dessedentar-te
amanhã...
O metal que se
deixa plasmar no
fogo vivo, para
ser-te mais
útil.
O vaso que te
obedece sem
refutar-te as
ordens...
Que palavras
articuladas lhes
definiriam a
grandeza?
É por isso que o
Senhor também
nos socorre,
através das
circunstâncias
que não falam,
por intermédio
do tempo, o
sábio mudo.
Não quebres a
melodia do
silêncio, onde
tua frase soaria
em desacordo com
a Lei de Amor
que nos governa
o caminho!
Admira cada
estrela na luz
que lhe é
própria...
Aproveita cada
ribeiro em seu
nível...
Estende os
braços a cada
criatura dentro
da verdade que
lhe corresponda
à compreensão...
Discute
aprendendo, mas,
porque desejes
aprender, não
precisas ferir.
Fala auxiliando,
mas não te
antecipes ao
juízo superior,
veiculando o
verbo à maneira
do azorrague
inconsciente e
impiedoso.
«Não saiba tua
mão esquerda o
que deu a
direita» —
disse-nos o
Senhor.
Auxilia sem
barulho onde
passes.
Recorda a
ilimitada
paciência do Pai
Celestial para
com as nossas
próprias faltas
e ajudemos, sem
alarde, ao
companheiro da
romagem
terrestre que,
muitas vezes,
apenas aguarda o
socorro de nosso
silêncio, a fim
de elevar-se à
comunhão com
Deus.
Mensagem
psicofônica
recebida pelo
médium Francisco
Cândido Xavier
na noite de 10
de junho de
1954, em Pedro
Leopoldo (MG),
constante do
cap. 14 do livro
Instruções
Psicofônicas.