LUIS ROBERTO
SCHOLL
robertoscholl@terra.com.br
Santo Ângelo,
Rio Grande do
Sul (Brasil)
O
pensamento e a
mediunidade
involuntária
Apesar de muitos
não acreditarem
na interferência
dos Espíritos
sobre os
“vivos”, ao
procurar-se um
aprofundamento
do estudo,
ver-se-á ser
isso um fato
incontestável.
Constantemente
sofre-se
influência e
influencia-se os
outros, seja
quando da
emissão de uma
opinião, da
exemplificação
em ações ou na
vivência de
experiências.
Essa influência
ocorre com muito
mais intensidade
entre a dimensão
espiritual e a
material.
O pensamento ou
fluxo
energético do
campo espiritual
gradua-se nos
mais diversos
tipos de ondas,
desde os raios
supra-ultra-curtos,
em que se
exprimem as
regiões
angélicas,
passando pelas
oscilações
curtas, médias e
longas em que se
exterioriza a
mente humana,
até as ondas
fragmentadas dos
animais.
Acerca dessa
matéria, André
Luiz (1) assim
apregoa:
“Sempre que
pensamos,
expressando o
campo íntimo na
ideação e na
palavra, na
atitude e no
exemplo, criamos
formas-pensamentos
ou
imagens-moldes
que arrojamos
para fora de
nós, pela
atmosfera
psíquica que nos
caracteriza a
presença”.
Esses quadros
mentais angariam
a atenção das
inteligências
desencarnadas
que com ela se
afinam,
potencializando
as tendências e
inclinações que
o sujeito
possui.
Na vida diária
estamos
sintonizados na
freqüência
vibratória que
externamos pelo
pensamento,
ações e
intenções. Por
exemplo: quando
a pessoa, em um
grupo de
discussão sobre
a violência,
exalta-se na
defesa da pena
de morte, na
punição
intransigente
dos criminosos,
do livre uso das
armas, está
agindo, sem
perceber, como
médium
involuntário
de Espíritos
encarnados e
desencarnados
que procuram
instigar a
violência e o
mal entre os
homens. Ao mesmo
tempo, está
influenciando
tenazmente a
mente dos outros
para que
concordem com
seu ponto de
vista
pernicioso.
Consciente, ou
inconscientemente,
está
contribuindo
para o
agravamento da
barbárie na
sociedade. Se
não perceber e
podar essas
idéias, estará
entrando em um
círculo vicioso
em que violência
gera mais
violência.
Para
conquistarmos as
boas companhias
espirituais é
evidente a
necessidade de
um
autopoliciamento
em todos os
interesses de
nossa vida
mental. A
escolha de
nossos
objetivos, o
alvo de nossa
atenção se
converte em
fator indutivo,
compelindo-nos a
emitir valores
do pensamento
contínuo na
direção
desejada.
O ser humano,
ainda que do
ponto de vista
físico se
encontre em
regime de prisão
absoluta, no
campo do
pensamento é
livre para
eleger o bem ou
o mal para as
rotas do
Espírito.
Estando a vida
espiritual e
mental imersa em
um oceano de
correntes
mentais,
torna-se
imprescindível
saber procurar a
companhia de
Espíritos
nobres, capazes
de auxiliar na
sustentação do
bem, que eleva à
vida superior.
Para tornar-se
médium
involuntário do
bem, a
propósito de
todos serem
médiuns, a
conversação
saudável, a
leitura
edificante, a
música suave, a
observação de um
belo quadro da
natureza, a
prática do bem,
a oração sincera
representam
agentes de
persuasão que
auxiliam na
modificação do
campo mental,
elevando a faixa
vibratória e
nobilitando as
companhias
espirituais.
Quanto mais
vontade se
coloca nesses
ideais, mais
amplos se tornam
os resultados
positivos
conquistados.
(1) XAVIER,
Francisco C.,
VIEIRA, Waldo.
Mecanismos da
Mediunidade.
Pelo Espírito
André Luiz. 23
ed. Rio de
Janeiro:
Federação
Espírita
Brasileira,
2004. p.92.