Luís Antônio nos pergunta: –
Se você reencarna para
ajudar outra pessoa a
evoluir, mas esta não
aproveita a oportunidade e
você fracassa, terá você na
próxima existência a mesma
missão até conseguir
sucesso?
Na questão 583 d´O Livro
dos Espíritos, no mesmo
capítulo em que é tratada a
missão da paternidade,
aprendemos que os pais não
são considerados
responsáveis pelo fracasso
dos filhos quando fizeram
tudo o que estava ao seu
alcance para encaminhá-los
na senda do bem.
É evidente que o amor sempre
fala mais alto e é
perfeitamente razoável
admitir que aquele que ama
voltará sempre a ajudar o
ser que estima, ainda que
não esteja a isso obrigado.
Na literatura espírita há
relatos de dois casos de
pessoas que vieram à Terra
com tarefa específica de
auxílio a determinada
criatura – o caso Quinto
Varro, que teve a permissão
de ajudar seu filho Taciano,
assunto central do romance
“Ave, Cristo”, de Emmanuel,
e o de Alcíone, que retornou
especificamente para ajudar
Pólux, uma história narrada
no romance “Renúncia”, do
mesmo autor.
Segundo o que aprendemos na
Doutrina Espírita, as
famílias costumam repetir no
plano corpóreo as
experiências vividas no
passado, muitas vezes sob o
mesmo título e outras sob
títulos diferentes, o que
implica dizer que uma mulher
pode vir como mãe de uma
mesma pessoa em sucessivas
existências.
É o amor e a necessidade
evolutiva que definem tais
situações. E não é difícil
entender que a repetição
dessas experiências acaba
fortalecendo os laços de
família, dando origem assim
ao que Kardec chama de
famílias espirituais.
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