ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Alma é Imortal
Gabriel
Delanne
(3ª
Parte)
Damos
continuidade ao estudo
do clássico A Alma é
Imortal, de Gabriel
Delanne, conforme
tradução de Guillon
Ribeiro, publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Que idéias
apresentaram os
primeiros cristãos a
respeito do corpo
espiritual?
R.: Entre os cristãos é
conhecida a descrição
que Paulo de Tarso faz
do corpo espiritual,
imponderável e
incorruptível. Orígenes,
em seus Comentários
sobre o Novo Testamento,
afirma que esse
corpo, dotado de uma
virtude plástica,
acompanha a alma em
todas as suas
existências e em todas
as suas peregrinações,
para penetrar e enformar
os corpos mais ou menos
grosseiros que ela
reveste. Orígenes e os
Pais alexandrinos
propunham a si mesmos a
questão de saber qual o
corpo que ressuscitaria
no juízo final e
resolveram-na,
atribuindo a
ressurreição apenas ao
corpo espiritual, como o
fizeram Paulo e mais
tarde o próprio Santo
Agostinho, figurando
como incorruptíveis,
finos, tênues e ágeis os
corpos dos eleitos.
(A Alma é Imortal, pág.
29.)
B. A existência do
perispírito é, segundo
Delanne, uma teoria
filosófica ou um fato
científico?
R.: É um fato
científico, não uma
teoria filosófica.
Segundo Delanne, o
perispírito é uma
realidade física tão
certa quanto a do
organismo material: ele
é visto, tocado,
fotografado. Numa
palavra: o que não
passava de teoria
filosófica, grandiosa e
consoladora, mas sempre
negável, é exato,
tornou-se um fato
científico, que oferece
àqueles remígios do
espírito a consagração
inatacável da
experiência. (Obra
citada, pp. 33 a 38.)
C. Qual foi a
contribuição do
magnetismo à
investigação dos
fenômenos estudados pelo
Espiritismo?
R.: Embora não sejam
novos os fenômenos
estudados pelo
Espiritismo, o
magnetismo foi o
primeiro a fornecer os
meios de penetrar-se no
domínio inacessível do
amanhã da morte. O
sonambulismo, descoberto
por de Puységur,
constituiu o instrumento
de investigação do mundo
novo que se apresentava.
Submetidos a esse estado
nervoso, puderam os
sonâmbulos pôr-se em
comunicação com as almas
desencarnadas e
descrevê-las
minuciosamente. (Obra
citada, pp. 40 e 41.)
Texto para leitura
22. Entre os primeiros
cristãos é conhecida a
descrição que Paulo de
Tarso faz do corpo
espiritual, imponderável
e incorruptível.
Orígenes, em seus
Comentários sobre o Novo
Testamento, afirma
que esse corpo, dotado
de uma virtude plástica,
acompanha a alma em
todas as suas
existências e em todas
as suas peregrinações,
para penetrar e enformar
os corpos mais ou menos
grosseiros que ela
reveste. (Pág. 29)
23. Orígenes e os Pais
alexandrinos propunham a
si mesmos a questão de
saber qual o corpo que
ressuscitaria no juízo
final e resolveram-na,
atribuindo a
ressurreição apenas ao
corpo espiritual, como o
fizeram Paulo e mais
tarde o próprio Santo
Agostinho, figurando
como incorruptíveis,
finos, tênues e ágeis os
corpos dos eleitos.
(Pág. 29)
24. A escola
neoplatônica de
Alexandria foi notável
de mais de um ponto de
vista. As vidas
sucessivas e o
perispírito faziam parte
do seu ensino e Plotino
afirma claramente a
reencarnação, como meio
de progresso do
espírito. (Págs. 31 e
32)
25. Após referir, de
modo ligeiro, o que
Dante, Milton e Leibnitz
disseram sobre o corpo
fluídico da alma,
Delanne transcreve parte
das idéias que Charles
Bonnet inseriu em seu
livro Ensaio
analítico. Segundo
Bonnet, uma vez que o
homem é chamado a
habitar sucessivamente
dois mundos diferentes,
sua constituição
originária tem de conter
coisas relativas a esses
dois mundos. “O corpo
animal - diz Bonnet
- tinha que estar em
relação direta com o
primeiro mundo, o corpo
espiritual com o
segundo.” (Págs. 33 a
35)
26. Comentando o
assunto, Delanne diz que
no organismo humano
existe o corpo destinado
a uma vida superior e é
graças a ele que podemos
conservar o tesouro das
nossas aquisições
intelectuais. “Mais
adiante - acrescenta
ele - comprovaremos
que o perispírito é uma
realidade física tão
certa quanto a do
organismo material: ele
é visto, tocado,
fotografado. Numa
palavra: o que não
passava de teoria
filosófica, grandiosa e
consoladora, mas sempre
negável, é exato,
tornou-se um fato
científico, que oferece
àqueles remígios do
espírito a consagração
inatacável da
experiência.”
(Pág. 38)
27. Não são novos os
fenômenos estudados pelo
Espiritismo. Eles
produziram-se em todos
os tempos e sempre houve
casas mal-assombradas e
aparições. O magnetismo
foi, contudo, o primeiro
a fornecer os meios de
penetrar-se no domínio
inacessível do amanhã da
morte. (Pág. 40)
28. O sonambulismo,
descoberto por de
Puységur, constituiu o
instrumento de
investigação do mundo
novo que se apresentava.
Submetidos a esse estado
nervoso, puderam os
sonâmbulos pôr-se em
comunicação com as almas
desencarnadas e
descrevê-las
minuciosamente. (Pág.
41)
29. Segundo a biografia
que o dr. Kerner
escreveu sobre a Sra.
Hauffe, mais conhecida
sob a designação de A
vidente de Prévorst,
ela não precisava
adormecer para ver os
Espíritos. Quando a
interrogavam, a vidente
dizia ter sempre junto
de si um anjo ou
daimon que a
advertia dos perigos a
serem evitados por ela e
por outras pessoas. Era
o Espírito de sua avó,
Schmidt Gall. (Pág.
41)
30. A avó apresentava-se
revestida, como todos os
Espíritos femininos que
lhe apareciam, de uma
túnica branca com cinto
e um grande véu
igualmente branco.
“As almas - dizia
ela - não produzem
sombra. Têm forma
acinzentada. Suas vestes
são as que usavam na
Terra, mas também
acinzentadas, quais elas
próprias. As melhores
trazem apenas grandes
túnicas brancas e
parecem voejar, enquanto
as más caminham
penosamente. São
brilhantes os seus
olhos. Elas podem, além
de falar, produzir sons,
tais como suspiros,
ruge-ruge de seda ou
papel, pancadas nas
paredes e nos móveis,
ruídos de areia, de
seixos, ou de sapatos a
roçar o solo. São também
capazes de mover os mais
pesados objetos e de
abrir e fechar as
portas.” (Pág.
41)
(Continua no próximo
número.)